quarta-feira, 30 de julho de 2008

A GEOPOLÍTICA DA CRISE DOS ALIMENTOS

O QUE HÁ DE VERDADEIRO E O QUE É FALÁCIA NA CRISE DOS ALIMENTOS

A crise de alimentos pelo qual o mundo passa é artificial. Primeiro porque na verdade não há falta de alimentos e sim um desvio do que é produzido, além do já tão propalado desperdício. O que há de verdade é que realmente populações de países pobres estarão sofrendo com a escassez de víveres nos próximos anos, devido a ruína de suas agriculturas, aos subsídios que os países hegemônicos dão a agricultura de seus filhos e pela situação de guerra e crises naturais ou epidemiológicas pelas quais passam.
Em relação ao Brasil, estamos passando por período de entressafra de alguns alimentos, e tendo problemas sérios com a importação de insumos, como é o caso do trigo e aqui, como no mundo em geral, os preços exorbitantes do barril do petróleo acaba encarecendo (por efeito dominó) toda a cadeia de produção e distribuição de tudo inclusive de alimentos (o fertilizante e combustível são baseados no petróleo).
A ONU recentemente acusou os bio-combustíveis de serem os vilões pela crise de alimentos, dizendo que estavam trocando áreas plantadas com comida, por cana-de-açúcar e milho para produção de etanol. Ora, isso é balela, pois no Brasil isso não se aplica (ainda), porque temos uma base canavieira já consolidada e tradicional, e os novos locais de plantio são zonas de pastos e agriculturas esgotados.
Isso muito nos parece mais um lobby da poderosíssima indústria do petróleo, o que seria muito normal, uma vez que ninguém é inocente o suficiente a ponto de imaginar que as grandes empresas transnacionais do petróleo deixariam o óleo de ouro negro escorrer pelas suas mãos e do outro lado uns paisecos da estirpe do Brasil e da Índia dominando o mundo (por pouco tempo, claro) com o seu etanol ecologicamente correto (o CO2 que produz o álcool combustível é capturado pela lavoura de cana).
A alegação da ONU serve apenas para o etanol de milho produzido pelos EUA, esse sim ocupa áreas alimentícias com combustíveis. Mas ai o buraco é bem mais embaixo e a velha senhora sexagenária coloca o rabo entre as cambaleantes pernas.

Veja esses vídeos e entenda melhor essa crise:







2 comentários:

Estrelinha disse...

Certa vez eu lí um artigo que dizia que cerca de 35% do que era produzido perdia-se apenas no transporte. Outras 25% eram desperdiçados. Isso mostra claramente que o mundo é o negócio, e a comida que deveria ser o mínimo que um ser vivo deveria ter virou objeto de troca onde só quem tem algo para fazer um escambo (no caso, dinheiro por comida) tem o direito de se alimentar. Com relação aos biocombustíveis, eu lí que ônibus que adotaram essa medida reduziram em cerca de 25% a emissão de poluentes no ar. Indo pelo lado ambiental é uma ótima alternativa, principalmente se forem utilizados no lugar de pastos, onde deixariam de matar os bois e poderia plantar-se algo para se comer. Conciliando isso com um ótimo investimento em energia elétrica, como mais metros pela cidade, teriamos um lugar não poluído, justo (onde ninguem precisaria morrer ou matar para servir de alimento ou alimentar-se) e muito mais humano.

Estrelinha disse...

Certa vez eu lí um artigo que dizia que cerca de 35% do que era produzido perdia-se apenas no transporte. Outras 25% eram desperdiçados. Isso mostra claramente que o mundo é o negócio, e a comida que deveria ser o mínimo que um ser vivo deveria ter virou objeto de troca onde só quem tem algo para fazer um escambo (no caso, dinheiro por comida) tem o direito de se alimentar. Com relação aos biocombustíveis, eu lí que ônibus que adotaram essa medida reduziram em cerca de 25% a emissão de poluentes no ar. Indo pelo lado ambiental é uma ótima alternativa, principalmente se forem utilizados no lugar de pastos, onde deixariam de matar os bois e poderia plantar-se algo para se comer. Conciliando isso com um ótimo investimento em energia elétrica, como mais metros pela cidade, teriamos um lugar não poluído, justo (onde ninguem precisaria morrer ou matar para servir de alimento ou alimentar-se) e muito mais humano.

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