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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

AULAS DE I A IV – GEOGRAFIA MÓDULO III – AS INDÚSTRIAS

AS INDÚSTRIAS

Tópicos:

- A origem das indústrias;
- A primeira Revolução Industrial;
- A segunda Revolução Industrial;
- A industrialização no Brasil;
- As indústrias no século XXI.

INDÚSTRIAS
A atividade industrial é à base do desenvolvimento econômico mundial desde o século XVIII. As indústrias foram os primeiros estabelecimentos a empregar trabalhadores assalariados em grande número e na atualidade são responsáveis pela automação cada vez maior do processo produtivo em substituição a força da mão de obra.












quinta-feira, 9 de maio de 2013

SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS


SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS

A latitude e a longitude são chamadas de coordenadas geográficas, porque indicam a localização de qualquer ponto da superfície da Terra. A Latitude é a distância do equador a um lugar da Terra, no Hemisfério Norte ou no hemisfério sul. Linhas de Latitude: Trópico de Câncer (23°30'N), Paralelo 20° N, Paralelo 10° N, Equador (0°), Paralelo 10° S, Paralelo 20° S e Trópico de Capricórnio (23°30'S). A Longitude é a distância entre o meridiano de Greenwich e o meridiano do lugar considerado. Medidas em graus, minutos e segundos. Linhas de Longitude: Meridiano de Greenwich (0º) e Linha de Mudança de Data (180°).




projeçÕES cartográficaS


São traçados de linhas numa superfície plana, que representam os paralelos e os meridianos. Para representar a esfericidade em um mapa que é plano, ocorrem certas deformações no desenho. Quanto maior a superfície mapeada, mais a curvatura da Terra apresentará distorções. As principais projeções são:

Projeção de Mercator (Gerard Mercator): inscreve-se num retângulo, com meridianos e paralelos retilíneos e ortogonais. Um aperfeiçoamento consiste em projetar numa esfera que, por sua vez é projetada no cilindro: é o sistema MTU = Mercator transverso universal ou UTM, adotado em inúmeros países, serve para a redação dos mapas de grande ou de média escala, entre os paralelos 80° N e S.

Projeções semelhantes: Os formatos das figuras são mantidos, mas suas dimensões são alteradas;

Projeções equivalentes: As superfícies são preservadas, mas as figuras esféricas são deformadas;

Projeções afiláticas: Nesse tipo de projeção procura-se um equilíbrio de forma a reduzir ao máximo as perdas.

Projeção polar ou equatorial: Toma-se a superfície a ser projetada com centro no pólo ou paralela ao plano do equador;

Projeção transversa ou meridiana: Centrada num ponto do Equador ou paralela a um plano meridiano;

Projeção oblíqua: Centrada num ponto ou círculo qualquer da esfera.

Projeções planas ou azimutais: A construção se organiza em volta de um ponto central chamado "centro de projeção". É uma projeção polar.





quarta-feira, 30 de março de 2011

O verão já se foi, mas as chuvas de março e abril estão chegando

O que um governo sério faria em uma cidade como a do Rio de Janeiro em épocas em que sabemos de cor e salteado que as chuvas faziam, fazem e farão vítimas? A princípio, se faria o que já vem sendo feito há alguns anos, o mapeamento das principais áreas de risco em potencial e as mais massivamente habitadas e com esse estudo se planejaria a construção de moradias dignas e a remoção dessas populações para áreas secas e seguras.



De modo algum sou contra o dispendioso gasto feito pelo governo na construção da moderna central de monitoramento remoto e na aquisição dos supercomputadores Tupãs pelo INPE. Toda ferramenta nessa hora será útil. Precisamos muito de estar atentos aos menores sinais das catástrofes. Mas, além de poder assisti-las de camarote num espetacular telão, para quê mais servirá tudo isso?



O governo Lula deu passos largos em direção a tornar a vida das populações menos favorecidas dignas e seguras nos sentidos elementares da questão. Foram as obras do PAC uma das mais bem sucedidas atitudes, pois a meu ver deram boas casas para as famílias necessitadas e não as tiraram de seu meio, onde estão seus laços de convivência e seu possíveis empregos.





Um governo que fosse ainda um pouco mais além, faria isto acima exposto mais uma vez e daria o salto quântico, demolindo as favelas encravadas e em seu lugar replantaria as espécies nativas. Além disso, também seria construído ali um observatório simples para monitoramento, o que daria a exata noção do quanto se desmata e do quanto se refloresta naquele local determinado.





Sugiro ao prefeito e ao governador que não deixe pra tomar depois das tragédias essas medidas tão importantes. É impossível que não haja verbas para isso num país que receberá uma Copa do Mundo e numa cidade que recebeu um Pré-Olímpico e receberá uma Olimpíadas. O preço das vidas que se pode salvar é muito importante politicamente, digo politicamente pois é só desse modo que enxergam a população.



Só para efeito de comparação vamos pegar fatos recentes e que ainda estão em nossas memórias de modo que fica nítido o contraste entre maneiras de agir aos desafios da natureza, as enchentes na cidade do Rio de Janeiro foram há um ano atrás e ainda há resquícios da tragédia, enquanto isso na área afetada pelas enxurradas na Região Serrana há cerca de três meses, ainda há o caos total. Ou seja, nada se fez de prático por aqui.







Já do outro lado do planeta, o povo japonês em uma semana já começava a reagir e o seu governo a agir desobstruindo estradas e resgatando humanos vivos ou mortos após um terremoto de pouco mais de nove pontos na escala Richter no Japão, arrasou totalmente as áreas circunvizinhas ao epicentro, com requinte de crueldade da natureza, pois além desse ainda sobreveio sobre aquela região um maremoto que diminuiu ainda mais as chances de sobrevivência da população local.





Não espero que nosso povo se torne cópia do japonês, seria muita pretensão nossa, pois o segundo lida com desafios impensáveis para nós. Mas, bem que nossos governantes poderiam aprender como agir com os deles.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

O CIBERESPAÇO – NOVAS CONSIDERAÇÕES

Século XXI: Mundo eletrônico influenciando a produção e o serviço

O século XXI consolidou de uma nova forma de economia eletrônica e virtual. Ou e-conomi, como a batizaram os norte-americanos, que envolve o e-commerce, e-service, e-business, toda essa tecnologia aplicada ao comércio, aos serviços, às indústrias e aos negócios, tornou plausível a terceira fase da globalização, a técnico-cientifico-informacional (segundo o falecido e inesquecível geógrafo Milton Santos) e o melhor exemplo são os bancos, os primeiros a mergulhar de cabeça na economia eletrônica e suas facilidades e lucratividade. Uma transação feita pela internet custa um terço de uma operação no caixa eletrônico, que sai pela metade de uma por telefone fixo, que também gasta a metade de uma na boca do caixa na própria agência.

As bolsas de valores no mundo todo também se apropriaram dessa riqueza tecnológica para melhorar seus serviços e aperfeiçoar seus ganhos, agora o mercado financeiro funciona vinte e quatro hora diariamente, pois quando uma bolsa de valores fecha na América do Norte, outra estará se abrindo na Ásia, dinamizando o seu processo e mantendo ativos os pregões.

Mas nem tudo são flores, até a bandidagem já reparou que as coisas estão facilitadas ultimamente. Um bom (ou mau) exemplo são os cyber-traficantes que têm obtidos lucros extraordinários com os meios eletrônicos. Eles também utilizam software para codificar mensagens. E em salas virtuais de bate-papo na internet, onde são protegidos por mecanismo contra intruso, eles ficam à vontade para negociar o preço de seus ‘produtos’. Celulares clonados, com números que mudam periodicamente, ou telefones via satélite, completam a rede de comunicação do mal, deixando os meliantes com poderio suficiente para mandar executar rivais, fazer extorsão e organizar quadrilhas, mesmo dentro de presídios.

Os telefones fixos são outro item em forte expansão, reflexo das privatizações. O índice de lares plugados ao sistema telefônico passou de 19,8% do total, 1993, para 32% em 1998 e nesses dez anos só não cresceu exponencialmente devido ao custo de infra-estrutura sendo mais lucrativos os celulares. Porém, apesar de todos esses avanços, a miséria e a fome ainda resistem, nunca o ser humano criou tanto e mesmo assim não conseguimos debelar as mazelas humanas.

O Brasil figura entre as dez nações de economia mais forte do mundo, dependendo do ponto de observação podemos ficar até na oitava posição. Mas nas grandes cidades brasileiras, como por exemplo, Porto Alegre, ainda existe um bolsão de miséria como a Ilha de Flores do documentário.

Quando o campo entrou em colapso, por excesso de gente e falta de oportunidade, começou uma intensa migração rumo às captais industrializadas, a migração não produziria grandes problemas se as cidades pudessem gerar riqueza suficiente para oferecer condições de vida satisfatória dos que chegam e absorver essa massa de gente. No entanto, nas metrópoles brasileiras se observam hoje manifestações de miséria em diferentes estilos, desde os moradores ruas até as favelas que se alastram.

Conclusão: alguns poucos felizardos desfrutam das tecnologias, da terceira revolução industrial e dirigem carros importados blindados, morando em mansões ou em penthouses de auto-segregação; outras pessoas tentam sobreviver dignamente, trabalhando exaustivamente pagando crediários desde carro popular até financiamento da casa; enquanto isso, uma parcela significativa da humanidade ainda vive numa espécie de pré-história extemporânea, não tendo nem o que comer, nem onde morar. Nos tempos de globalização e tecnologia a miséria e a desigualdade social vêm aumentando demasiadamente e em escala mundial em um mesmo espaço vem aumentando em escala mundial.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

O CIBERESPAÇO – CONSIDERAÇÕES

O conceito do Real e do Virtual

O mundo de hoje nos permite conjecturas em dois ângulos díspares, a saber: o mundo real e o mundo virtual. O Real se refere às expectativas já consolidadas, àquilo que já existe, ou veio a existir, ao concreto, ao palpável, tudo aquilo que necessitamos apenas dos sentidos para interpretar, às possibilidades realizadas.
O mundo Virtual, em contrapartida, é toda expectativa no campo do imaginário, que ainda não se realizou, pois desde o momento em que se realiza – como a própria palavra já define por si só, Real + isa – passa a pertencer ao mundo real ao mensurável, portanto o Virtual é toda possibilidade de realização, que pode vir a existir, mas ainda não se realizou, ficando ainda no campo das sensações intrínsecas, como intenção e probabilidade, semeadas no nível imaterial.
O mundo, para cada um de nós, tem o sentido coletivo e ao mesmo tempo individual, como abstração, o Real é o lugar proximal, por exemplo, quando falamos no nosso bairro, falamos de algo que fora previamente experimentado, de algo que conhecemos e vemos quase diariamente e que dominamos o seu conceito de realidade, já quando falamos de um país que fica distante da nossa percepção, falamos de algo que fora plantado em nosso imaginário, via imagens e noções culturais, algo que não experimentamos com os nossos sentidos e que existe na realidade, mas para nossa concepção, apenas virtualmente existe.

Conceituando Ciberespaço

O ciberespaço é o espaço de fluxos imateriais de imagens e sons transmitidos via rede de computadores interligados, por sistema de cabo, modem ou wire less (tecnologia sem fio). Essa dimensão de espaço em rede informacionais, possibilita a construção de diversas realidades, potencializando as relações que se concretizam no Espaço Geográfico.
No Ciberespaço há a sensação da abolição do espaço-tempo, a ampliação das relações sociais, ampliando a sensação de mundo. Tem-se o local e o global num mesmo espaço de tempo. Entretanto ocorre a marginalização de determinados lugares, por exemplo uma localidade remota, que não dispunha de um computador ligado em rede, ficará alijada da ‘vantagens’ do Ciberespaço, nestes rincões, a sensação de modernidade estará menos presente, para não dizer completamente ausente, caso não seja atrelada à WWW, ou por cabo ou por comunicação remota.
Cerca de dois terços de toda a riqueza produzida mundialmente estão em circulação pelo meio digital: seja nas transações bancárias remotas, via Internet, em depósitos em paraísos fiscais, em aplicações nas Bolsa de Valores mundiais, em qualquer tipo de E-Business (comércio eletrônico), pois neste momento, boa parte dos cidadãos do mundo civilizado, está se utilizando da WEB para tornar realizável suas compras, depósitos e serviços.
O Ciberespaço, apesar de toda esta multi - funcionalidade, não elimina a noção de escala geográfica, por depender da localidade mundial, estará sempre prescindindo de um escalonamento, em termos hierárquicos principalmente, do local. Por exemplo: A rede de computadores norte americanos, levará em conta as dimensões dos estados e cidades daquele país (www.com.us nos Estados Unidos, ou www.com.br para o Brasil), em contrapartida quando se fala em rede mundial de computadores, está se levando em conta a escala mundial.

domingo, 20 de julho de 2008

SENSORIAMENTO REMOTO

ÍNDICE:

-Sensoriamento Remoto e Cartografia;
-Sensoriamento Remoto e Geografia da População;
-Sensoriamento Remoto e Agronomia (agricultura);
-Sensoriamento Remoto e Climatologia;
-Sensoriamento Remoto e Geopolítica (questão de fronteira);
-Sensoriamento Remoto e Geografia Econômica.


Sensoriamento Remoto no estudo da Cartografia

Poderíamos utilizar as imagens geradas por fotografias aéreas ou de satélites na confecção de mapas físicos, políticos, hidrográficos, etc.com melhor precisão, pois as imagens mostram uma visão oblíqua e, ou vertical o que facilitaria a transformações dos dados em mapas, devido as informações facilitadas contidas nas fotos tiradas de um plano superior, proporcionando melhor visualização das áreas em questão.


Sensoriamento Remoto no estudo da Geografia da População

As imagens geradas por satélites, produzidas por diversos tipos de câmeras; sensor de infra-vermelho, sensor de calor, sensor de emissão gás carbônicos, radar, etc... podem facilitar a visualização de áreas densamente povoadas e vazios populacionais, mostram também as atividades industriais e urbana (carros) devido a diferença de cores que cada câmera mostra determinado fato, que pode variar de emissão de gases pelas chaminés, de canos de descargas de veículos e até mesmo da respiração de seres vivos.
Estas técnicas desenvolvidas visando a guerra fria (EUA x URSS), mais precisamente a espionagem e a contra espionagem (foto aérea e radares), podem nos ajudar a conhecer os pontos de maior atividade humana e de concentração urbana e posteriormente mapeá-los conforme as cores que surgem nas fotos do satélite.


Sensoriamento Remoto no estudo da Agronomia

Os mesmos recursos citados acima podem ajudar no mapeamento e controle de solos férteis e sua profundidade para que possa haver o rodízio de culturas com a finalidade de não esgotar os recursos minerais do solo, evitando assim o desgaste excessivo do mesmo. Já existem câmeras, que de sensores de reconhecimento de determinados elementos químicos ou sais minerais (quantidade de potássio, nitrogênio, etc. e salinidade e quantidade de água), indicam a quantidade exata de nutrientes para tornar o solo mais fértil, aumentando, assim, a fertilidade e a produtividade agrícola da região que utiliza do serviço de imagens por satélites.


Sensoriamento Remoto no estudo da Climatologia

As modernas tecnologias com a finalidade de observar imagens do planeta via satélite em tempo real facilitam o estudo do clima e a sua previsibilidade, fazendo com que os meteorologistas tenham importante ferramenta no auxílio da previsão do tempo e tomadas de decisão em tempo hábil, o que possibilita prever as nuances dos microclimas, até mesmo as mais sutis movimentações das camadas atmosféricas na formação de tempestades até o advento de algo em maior escala como um ciclone, o que auxilia a evitar que grande número de pessoas tornem-se vítimas de determinadas catástrofes naturais.


Sensoriamento Remoto no estudo da Geopolítica

Com a globalização e o vai-vem de pessoas de todas as partes do mundo tem suscitado questões de ordem territoriais, muitas nações têm se envolvido em guerras por causa de uma melhor demarcação de território, neste contexto a utilização de fotografias aéreas e de satélites poderiam muito bem se inserir, devido a visão privilegiada que a altura oferece.

Seria mais fácil delimitar um espaço conhecendo os rios, montanhas, ou outro acidente geográfico que possam servir de marco para separar países em litígio.
Na atualidade também temos como exemplo de Sensoriamento Remoto usado para a Geopolítica, o acidente envolvendo um avião caça da força aérea chinesa com um avião americano, que possivelmente espionava bases militares chinesas com o intuito de obter uma vantagem através do conhecimento das defesas de um possível inimigo futuro (mesmo que apenas ideológico), usando, assim, fotos aéreas para questões de política internacional.


Sensoriamento Remoto no estudo da Economia

Ao observarmos uma foto tirada de um satélite, utilizando câmeras sensíveis a emissão de gás carbônicos ou infra-vermelha, poderíamos ver claramente as diferentes colorações que indicam locais de maior ou menor aglomeração humana, maior ou menor atividades industriais, portuárias, etc. sendo assim fica muito fácil notar as atividades econômicas e comerciais da região em questão, por exemplo se tirarmos uma foto de Roterdã, na Holanda, notaríamos de imediato que há ali importante porto, por receber mercadorias de vias marítimas e fluviais, através de embarcações modernas, com grande emissão de gás carbônico o que teria uma determinada cor na foto. Através das fotos de satélite também seria possível o conhecimento das riquezas minerais do subsolo que um país possa ter, bem como dos seus recursos hídricos, aqüíferos, aeroportos, portos, jazidas de minérios, emissão de gases da atividade pecuária, suas reservas de biodiversidade, urbanização, etc. o que auxiliaria no estudo e na possibilidade de desenvolvimento econômico desse país.


Resumo

Em síntese em todas as áreas de atuação da Geografia seria possível a utilização do Sensoriamento Remoto, vimos aqui apenas a “ponta do iceberg”, pois a utilidade dessa tecnologia é tamanha que poderíamos escrever um compêndio. Como toda tecnologia, o uso do Sensoriamento Remoto; que nasceu para a guerra (como a Ciência Geográfica e muitas outras, como por exemplo, a física que criou a bomba V2, que inspirou as idas a lua e a invenção do ônibus espacial) vem servindo para fins mais nobres evitando, inclusive, lutas por territórios e favorecendo a paz mundial.
É uma pena que essa tecnologia ainda venha a ser usada com fins bastante sórdidos como a espionagem, como as fotos tiradas por aviões americanos, de mísseis soviéticos instalados em Cuba no auge da guerra fria, o filme “Jogos de Guerra”, mostra com bastante clareza essa tecnologia a serviço da espionagem, o que demonstra as duas faces da tecnologia a serviço da evolução do homem na arte de fazer e aprimorar a Geografia.

Modernidade, capitalismo neo – liberal selvagem e os contrastes sociais e econômicos basileiro

I – Teleomunicações – Breve histórico

Quão delirante foi a evolução das teles, veja só: Em 1844, Samuel Morse inaugura o telégrafo; 1876, Alexander Graham Bell inventa o telefone; 1900, surge o teletipo; Guglielmo Marconi, transmite sinal de rádio; anos 40, primeiros computadores; 1958, Jack Kilby inventa o circuito integrado; 1962, Telstar, comunicações por satélites; 1978, AT & T / Telefonia celular, 1983, 1ª transmissão com fibras óticas; 1991, criação da WWW e navegadores; 1998, estréia do Iridium; 2002, um ano depois da odisséia, muitas previsões se concretizaram.


II – Meu bem... Meu mal – As redes tecnológicas, o Cyber espaço, o Metaverse e seu uso dúbio

"Na atualidade, a Internet pode ser considerada como uma das maiores forças de comunicação já instituída pelo homem, uma rede de milhões de computadores inlerligados, podendo incluir desde super computadores, até um PC antiquado. Na Internet estão interligadas empresas, universidades, instituições públicas de todos os países do mundo. além das residências." (M@RCIO. A Internet e os Hackers. São Paulo. Chentel Editore.2000)
Nestes novos tempos, a vida já não se restringe mais ao espaço físico, ela também está sendo disseminada pelos meios etéreos, aproveitando-se da 3ª Revolução Industrial, a Revolução Tecnológica, o setor quartenário: nas comunicações em tempo real, no cyber espaço, no metaverse, dos ambientes em rede, nas relações on line e em salas de bate papos virtuais, sendo fruto e contribuindo para a Globalização e a “queda do muro de Berlim virtual”.
Mas, temos que falar da utilização danosa da tecnologia: do telefone móvel (celular) pelos criminosos dentro e fora dos presídios, estes ícones do avanço e desenvolvimento técnico, eletrônico e científico, a Internet e os Money cards, também tem se prestado à todo tipo de violência. No caso dos cartões de débitos e créditos, poderíamos nos dar por satisfeitos, vieram para facilitar as nossas vidas, nosso capitalismo tupiniquin, ou seja podemos comprar à vista ou à prazo sem ter dinheiro vivo na mão, seguros de que não tendo dinheiro, não seremos assaltados. Ledo engano, os mal feitores virtuais estão sempre um passo à frente da tecnologia e conseguem produzir todo tipo de violência possível nos meios tecnológicos, seja clonando os cards e os celulares, ou então usam filmes fotográficos para copiar a senha dos desavisados usuários que ficam com os cartões de banco presos nas máquinas de fazer doidos que estão disseminadas pelos estacionamentos de supermercados, quando não acessam, de algum computador nos modernos Cyber Cofees, as contas bancárias de qualquer um, escolhido à sorte, e sacam todo o dinheiro alheio, sabendo que dificilmente serão descobertos.
Se, por um acaso, estiveres desesperado, por uma informação (como eu agora, por exemplo, tentando encontra site sobre o mote desta pesquisa), pode desistir, ou tenha bastante paciência, mas se estiveres querendo ver uma ‘bela’ moça fazendo Streep tease, tirando toda a roupa, já tão sumária, que veste, é só acessar os vários sites pornográficos que proliferam pela WEB. Se teu caso for zoofilia, pedofilia, fetichismo, todo tipo de perversão sexual... o site é rapidamente acessível, caso queira conhecer as armas mais letais, ou então montar uma bomba de fabricação caseira, que os palestinos ou os terroristas do Ira, ou então a do ETA estão usando, tudo bem ... você está no caminho certo. Como uma versão surrealista de ‘A Rede’ ou ‘Matrix’, nos sentimos, mesmo que sitiados, tendo que decorar oito algarismos e mais três letras para termos alguma segurança neste violento embate virtual entre o bem e o mal tecnológico, mesmo sabendo que é inútil tudo isso.
Isso nos leva a crer que a tecnologia que deveria estar à nosso favor, na verdade também vem trazendo prejuízo para o cidadão comum. A quantidade de emprego que vem sendo subtraído devido, a colocação de maquinetas de auto-atendimento, o mesmo também vale para os bancários que perderam suas vaga para as maquinas que antes eram nossos fliperamas, ou a secretária eletrônica, apenas. Não que essas pessoas que nos atendiam do outro lado das linhas telefônicas ou no caixa do banco fossem um primor de educação, mas convenhamos essa tal automatização já passou dos limites, ainda mais num país com tanto desemprego.


III – Minha breve história citadina contemporânea

É sábado, acordo às 10, como de costumo ligo o computador, um vetusto 486, com um modem Lucent, e acesso a página do Estadão On Line, leio as últimas notícias. Não levo dez minutos e já estou bem informado... abro meu e-mail e depois converso com meu sobrinho, via sala de bate papo virtual, sobre o mais novo game que ele está testando para uma empresa japonesa que usa latino americanos e indianos como beta testing. Este tipo de trabalho proporcionado pelo cyber – espaço veio a calhar para ele, pois é portador de distrofia muscular, é dificil se locomover e jamais poderia trabalhar como office boy.
Depois, ligo para minha mãe em seguida, antigamente teria de ir a casa dela pessoalmente e ainda comer da comidinha sem sal da velha, mas gente idosa adora telefonar, também pudera, eles quase não conheciam o tal do Graham Bell. Sinto-me como um daquelas personagens do filme “Denise chama”, vivendo no melhor dos mundos.
Mas a campainha toca. É uma senhora de aproximadamente 70 anos, ela é negra, está suja, meio inchada, falta-lhe dentes e carrega uma carrocinha feita com uma carcaça de geladeira Cônsul velha, na qual pude avistar muito papelão, garrafas Pet, latusas de alumínio e outros gad gets. Ela não me pediu esmola como eu imaginava, apenas queria um copo d’água para poder molhar a garganta na dura caminhada até o ferro velho que recicla materiais no bairro. Bebeu o conteúdo de dois copos, pegou sua carrocinha e sumiu no horizonte citadino.
Sentei a mesa para o almoço esbravejando, é a patroa ao telefone com os parentes, a menina fofocando no celular... (sabe como é adolescentes!) e o menino no video game, lá em casa era sagrada esta hora! Sentamos todos e meu garoto pergunta: – Será que a velhinha pretinha vai comer alguma coisa hoje?
Nesse momento reparo que não vivo no melhor dos mundos, e que enquanto minha vida está mais para “Denise chama” o daquela pobre senhora abandonada pela Previdência Social, está bem mais próximo de “Ilha das Flores”.
De fato, que contraste! Mas quantos mais não temos, e até piores, neste país que é o campeão em desigualdade social, onde mesmo numa cidade, como Porto Alegre, que está em 1º lugar no IDH brasileiro (em 2002, quando o texto foi escrito)abriga-se um paraíso às avessas como a Ilha das Flores.

IV – Para concluir

A modernidade, introduzida em nosso país pelas grandes potências tecnológicas e econômicas do Norte, através das Revoluções nas telecomunicações e Industriais e pelo capitalismo neo-liberal especulador, vem se impondo em todo “Terceiro Mundo”, trazendo embutida em seu conceito, a noção de hierarquização, sobrepondo o meio urbano sobre o meio rural, o meio etéreo (virtual) ao meio real, num modelo social e econômico inadequado, que inviabiliza nosso desenvolvimento, desempregando, através da modernização da agricultura, um enorme contingente, fazendo com que migrem para as cidades onde causam um inchaço, exaurindo seus recursos já parcos, pela falta de emprego, que nem mesmo para os citadinos existe em número suficiente, devido as privatizações e enxugamentos e de sub-emprego, gerando ainda mais aberrações sociais.
Devido ao superpovoamento humano na Terra e ao capitalismo rural, os homens vem disputando alimentos com animais e saem no prejuízo, pois os animais, como os porcos (do Curta Metragem – Ilha das Flores), que são bem melhores tratados do que os seres (sub?) humanos, tendo até indústrias que se preocupam com a plantação de soja para ração, apesar de comerem sobras, que ainda são bem mais dignas do que as ‘sobras das sobras’ que por final, não servindo nem aos porcos, são atiradas aos seres humanos de ‘segunda categoria’, é, de fato, desalentador. Existe uma solução para tudo isso e não é tão fantasiosa, não é uma quimera social, basta cada um fazer a sua parte e dividir o que possui (Betinho).



V – Fontes de Pesquisa e Inspiração:

COMPUTADOR, A máquina do século. Discovery Comunications, inc, 1994;
Revista Época. “Alô, Alô! Fale mais rápido!”, 15/03/1999 – pág 58 à 63;
Revista Isto é. “Caiu na Rede é lucro”, 05/01/2000 – pág 92 à 99;
Cadernos da Comunicação. Por Eduardo de Carvalho Viana. Prefeitura do Rio, 2001;
CASTELLS, Manuel. A sociedade em Rede. SP. Paz e Terra, 1999;
M@RCIO. A Internet e os Hackers. São Paulo. Chentel Editore, 2000;
NEGROPONTE, Nicholas. A Vida Digital. SP. Companhia das Letras, 1995.

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