sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O FUTURO DO EMPREGO É QUE ESTÁ EM JOGO

A QUESTÃO DO EMPREGO ESTÁ MUITO ALÉM DO QUE OCORRE NO LIMIAR DO SÉCULO XXI

O mundo vive os últimos momentos de um sistema em que tudo se podia em nome do ganho. A fartura é um ato incondicional proporcionado pelos lucros incontroláveis em qualquer atividade. Ora, tinha gente que fazia trabalho pro-bono e ganhava com isso. Pra você ver o absurdo a que chegamos neste inicio de século.

Mas a farra do boi acabou, e certamente muitos sentirão saudades desse tempo de bonança. Mas você há de convir que essa bonança era falsa, baseada em algo que não existia na realidade, em riqueza virtual, e a palavra virtual significa algo que poderia vir a existir segundo determinadas condições pré-estabelecidas.

Essas condições jamais aconteceram, e jamais aconteceriam, e finalmente, para encerrar o assunto jamais acontecerão. Pois o capitalismo é assim mesmo, alguns ganham e muitos perdem. E em alguns países como os africanos e alguns latino-americanos e asiáticos todos só perdem. São lugares que se especializaram em perder.

Só que me preocupa hoje é a criação de empregos para suprir a demanda populacional e social que teremos até o final deste século. Sei que não viverei para ver o que ocorrerá, mas noto que todos estão muito preocupados com o que está acontecendo agora com essa crise criada pela ambição desmedida. Em breve, essa crise estará controlada, pois só depende de firmeza norte-americana, e o Obama parece que tem essa firmeza. E se os Estados Unidos mandarem, os demais países farão o que se pede.

Apesar de a economia americana estar em crise, os americanos conseguiam o que queriam economicamente sempre, somente eles têm a capacidade e o know how para tirar o mundo de novo de uma crise, e se comparar com a crise de trinta, esta crise atual é bem fraquinha. Porém se for comparar este presidente atual com o outro, este também é bem fraquinho, convenhamos.

Daqui há sessenta anos, o mundo terá o maior déficit nos empregos. Se o que há hoje já assusta, imagine colocando-se mais dois bilhões e meio de pessoas, por baixo, nessa equação. E a tendência é de escassearem mais ainda o número de empregos formais e a inflação dos empregos informais. Muito do que hoje é considerado trabalho humano será substituído por formas humanóides de trabalhador. Quando especialista previram isso para as industrias automobilísticas na década de trinta, formam ridicularizados. Sei que muitos riram desta afirmação que fiz. Mas quem viver verá robôs dirigindo ônibus e dando troco, caso ainda exista quem queira pagar com dinheiro.

Compraremos em hipermercados sem sair de casa, pois a internet será em breve mais confiável do que as ruas das cidades, e um auto-dirigido levará as compras e você poderá ficar com a gorjeta. Imagine: só nisso foram-se o emprego da caixa, pois teremos um robô caixa infalível; do entregador; do gerente, pois um softwere dará conta de tudo; dos seguranças; etc. multiplique isso por quase todas as atividades em que o elemento humano seja dispensável.

Isso é o que me preocupa, essa imensa massa de excluídos que nem de mão-de-obra de reserva servirá. Será o caos. Quem fará essas pessoas fazer alguma coisa? Esse mundo que não verei em vida, mas já vislumbrei em sonhos é que mais me assusta. Nossos filhos e netos estarão aí pra ver e participar disso, mas cabe a nossa geração evitar essa robotização do mundo.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

DAS CINZAS DA CRISE ECONÔMICA PODERÁ NASCER UM BRASIL MELHOR

OS BRASILEIROS SOBREVIVERÃO À CRISE ECONÔMICA MUNDIAL

Se existe algo que ninguém duvida, é do poder de superação do povo brasileiro. Porém, não seria muito sensato achar que a crise econômica mundial é só uma marolinha. Também, por outro lado, devemos confiar nas instituições econômicas e financeiras do nosso país, particulares e privadas, bem como nas nossas demais empresas que têm se mostrado bastante sólidas.

Essa crise nos pegou em um momento de euforia, mal acabávamos de encontrar um Iraque de petróleo, que achamos na camada pré-sal, começávamos a discutir o destino do dinheiro que proviria desta reservada incrível do óleo que move o mundo e planejávamos um fundo soberano para gerir a dinheirama que adviria da exploração dessa riqueza, veio o sinistro. A farra do boi imobiliária nos Estados Unidos acabou com a festa da prosperidade mundial.

Mas a crise não traz só notícia ruim e desgraça. Quem tiver criatividade e força de vontade e não fugir da labuta terá boas oportunidades de se inserir de maneira positiva no mercado mundial. Os ganhos a partir de agora não serão astronômicos como antes, mas compensará e muito o esforço.

Algumas áreas têm se mostrado bastante promissoras, mesmo com a crise. Como por exemplo, a área de energia limpa, da produção consciente e ecológica de víveres através de uma agricultura ecologicamente correta, a produção de bens duráveis de melhor qualidade e segurança, bem como de bens de consumo adequado em preço e qualidade para o novo padrão de consumo.

Para os micro-empresários a situação vai ficar bastante desgastante, pois o lucro minguará quase ao preço de custo em seus negócios, porém, mais uma vez, aquele que tiver perseverança será agraciado com a queda da concorrência que visa o lucro fácil, o que carreará suas cadernetas de cliente para aquele que não desistiu de seu negócio, mesmo contando com pouca gordura para queimar.

Algumas áreas de serviço serão criadas e outras que já existem terão uma turbinagem no seu campo de trabalho, será preciso ensinar o novo consumidor a viver neste admirável mundo novo que vislumbramos. Será preciso mais gente para dar conta da redução de cargas horárias, que é necessário para não se podar mais empregos. Serão necessários muitos trabalhadores informais para serviços que liberem as pessoas para ocupar novos serviços de 4 ou 6 horas diários, pessoas que cozinhem para alimentar essa massa novos trabalhadores, que limpem, que lavem, que passem, etc.

Imagino que o governo atento à isso tudo incentive esses novos trabalhadores autônomos e aos informais que façam da guia de previdência social uma amiga intima. Bastando para isso veicular alguns reclames na televisão e no rádio, de maneira bem didática, que mostre as situações de dois trabalhadores acidentados e suas famílias, um trabalhador que não paga sua GPS e o outro, previdente, que paga. Enquanto o primeiro veria sua família passar necessidades pelo fato de não ser coberto pelo seguro social o outro estaria tranqüilo, esperando se recuperar plenamente enquanto sua família não estaria em maus lençóis.

Quanto às empresas e às instituições econômicas e financeiras não tenho o menor temor, esses já aprenderam a lidar com crises, se é que vocês não se lembrem, aqui no Brasil somos pós-graduados em crises internas, quem já conviveu com hiperinflação e reserva de mercado de informática e restrição à compra de alimentos e produtos importados, não se assusta com qualquer crise, mesmo esta que ocorre no seio do capitalismo.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

A CRISE NA ECONOMIA SERÁ DEFINITIVAMENTE UMA VOLTA AO KEYNESIANISMO (2)

O mundo sepultará de vez o neo-liberalismo?

Ao que tudo indica, a partir de agora o liberalismo econômico será só mais uma utopia. Uma vez que a cada dia fica mais nítido o discurso estatizante dos chefes de estado mundo afora. Como já era esperado o keynesianismo está de volta com força total e não há mais espaço para aqueles que queriam um mercado descontrolado e todo poderoso.

Nos últimos tempos neo-liberalismo era sinônimo de globalização e desenvolvimento, erroneamente, é claro. Todos atribuíam ao mercado um poder milagroso que ele não possuía, o de poder levar estabilidade econômica e social para qualquer parte do mundo, desde que o deixassem se auto-regular.

Não foi o que aconteceu, nos principais berços neo-liberais eclodiu a pior crise econômica jamais vista e imaginada. Foram os Estados Unidos de Bush, e de outros republicanos como o Bush pai e Ronald Regan, a Inglaterra de Tony Blair, e de outros liberais britânicos como Margareth Tatcher (a dama de ferro) que inventaram a idéia de por em prática em nível local e mais tarde global as experiências do mercado solto o neo-liberalismo, seguindo a cartilha de Adam Smith e posteriormente a de Milton Freedman.

Durante muito tempo o novo liberalismo era visto como uma panacéia para todo o mal monetário e financeiro. Mas na verdade foi apenas um paliativo. Em alguns casos de fato houve certa melhora nas condições de vida de alguns países que de pobres passaram a remediados ou que de remediados passaram a enriquecer após migrarem para uma política de livre mercado.

Mas com o tempo e com a acomodação dos resultados houve decréscimo no rendimento da atividade financeira e quase todos retornaram ao status quo ou ficaram bem piores que antes como no caso dos nossos vizinhos Uruguai e Argentina que já gozaram de um bom nível de vida décadas atrás, caíram para uma situação de pobreza, neoliberalizaram suas economias o que os fez crescer economicamente e depois voltaram a cair e hoje tentam se reerguer.

Agora chegou a hora de sepultar esse defunto que está começando a entrar em processo de decomposição. Já não dá para tentar experiências, pois não é só de números que é feita a economia mundial e local. O mercado tem que receber certa liberdade, porém quando esta é demasiada acaba ocorrendo distorções enormes que comprometem o padrão de vida das populações locais e, como bem comprovam os últimos lances dessa crise atual, de toda a população mundial, pois vivemos numa enorme corrente onde cada elo afeta os elos vizinhos.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

A CRISE NA ECONOMIA SERÁ DEFINITIVAMENTE UMA VOLTA AO KEYNESIANISMO

O mundo volta ao modelo econômico do passado recente

O Estado como o motor, monitorador, controlador e o observador da economia. Parece que essa é a próxima lei da economia, pois como tudo indica que os princípios keynesianos serão ressuscitados para, mais uma vez, salvar o capitalismo. Digo mais uma vez porque em 1929, aconteceu a maior crise econômica pela qual o mundo já passou.

Na década seguinte a tão famosa crise de 29, o presidente norte americano Teodhore Roosevelt lançou mão dos princípios propostos por John Maynard Keynes para alavancar o desenvolvimento e a recuperação da economia estadunidense nas bases do estado de bem-estar-social, onde o governo é o grande provedor de financiamentos e fomentador do desenvolvimento.

Outra face desta prática é a total ‘observação’ do governo dos movimentos do mercado, este passa a ser controlado pela iniciativa pública até que possa caminhar com suas próprias pernas sem cair de novo. Sabemos que a curto prazo os resultados aparecem, porém o perigo de deixar o Estado super poderoso é iminente e preocupa no longo prazo, porque o Estado não é muito competente em lidar com questões dos lucros e da alocação dos recursos obtidos pelas empresas, além de ser pouco democrático.

Mas, o que estamos vendo agora é a volta ao estadismo, o presidente dos Estados Unidos Barack Obama já dá mostra de ter lido a cartilha de Keynes e já está praticando o intervencionismo estatal na economia colocando vultosas quantias nas empresas e bancos. Na Europa, que nunca deixou de ser keynesiana em algum sentido, também estamos acompanhando uma volta aos estados fortes e interventores.

Por aqui, o governo brasileiro está dando demonstrações de que já há muito tempo Keynes era referência para o Brasil em termos de desenvolvimento e fomento econômico. Getulio Vargas e Juscelino Kubtischeck fizeram o país crescer muito usando de princípios keynesianos, foi o Estado e não a iniciativa privada que fomentava a construção e a implementação de infra-estrutura portuária e estradas, ampliação de ferrovias e construção de habitações. Depois foram as empresas criadas pelo governo ou encampadas por este.

Mas com o passar do tempo notou-se que as práticas keynesianas passaram a atrapalhar o desenvolvimento do mercado interno desses países e conseqüentemente afetar as importações e dificultar as exportações. Muito mais pelo teor autoritário de alguns governantes que se utilizaram da deturpação da Cartilha Keynes para aumentar seu carisma e manter em alta o populismo.

Reparamos hoje em dia que em época de eleições todos os governates são seduzidos pela idéia de se tornar keynesiano e sair fazendo obras e mais obras para dar uma falsa noção aos futuros eleitores de que devem ser mantidos no poder ad-infinitum, pois só assim teríamos completadas todas as obras do governo que se finda. Lula não é diferente, tenta com o PAC (Programa de Aceleração do Desenvolvimento) emplacar sua sucessora, uma vez que ele não pode se re-eleger de novo. E, convenhamos, não existe nada mais keynesiano do que o PAC.

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