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sexta-feira, 14 de abril de 2017

Ditadura do proletariado, direita no poder, liberalismo ou um novo golpe militar? Faça a sua aposta... (Parte 5)



Nesta última eleição (2016) já tivemos demonstração clara do cansaço do eleitor e de seu desânimo quanto aos rumos da política nacional.

O negócio é relaxar e aceitar a vontade da maioria que vota. Infelizmente é esse o nosso modelo de democracia. Não há nenhum político de direita, centro ou esquerda que nos represente. Por isso voto nulo desde 1986.



Não me considero de direita, centro ou esquerda. Sou só um sobrevivente. Um outsider. Passei pela tal ditadura militar, por Sarney, Collor, Itamar (para mim o melhor deles), FHC, Lula e Dilma... Acho que sobreviverei ao Temer.

Agora, esperar o quê de 2018? Será que teremos fichas limpas para concorrer? Tá ficando difícil,viu? Já anulava antes por falta de candidato que represente as minhas aspirações, amanhã será por falta de candidato mesmo. O estrago da Lava Jato na política será descomunal.



Os partidos estão enlameados, todos com seus próprios bandidos caseiros. Não adianta mudarem de nome, o cheiro sempre os acompanhará.

A polarização de 2018 será entre uma pseudo direita estatizante na pele do Jair Bolsonaro, contra uma direita sócio-liberal personificada no João Dória. Ambos ascendentes, com muita rejeição e enorme contingente de seguidores cegos.

Será que pela primeira vez na história teremos mais votos inválidos do que válidos?



Novamente a história contará.

Ditadura do proletariado, direita no poder, liberalismo ou um novo golpe militar? Faça a sua aposta... (Parte 4)

Ditadura do proletariado, direita no poder, liberalismo ou um novo golpe militar? Faça a sua aposta... (Parte 4)



 Infelizmente perdemos a chance de ter um país moderno e menos injusto. Jango era moderado. Tanto que agradava até a caserna. Brizola não era stalinista. Tinha uma visão socialista moderna. No Rio Grande do Sul deu mostra do que queria pro Brasil. Aqui no Rio de Janeiro tentou, mas foi traído de novo, por falsos socialistas.

Por que toquei nesse assunto? Devido a toda a roubalheira escancarada pela operação Lava Jato, os militares mesmo sem querer podem retomar o poder, através do bolsonarismo. A conjuntura hoje está idêntica a de 1964.



O coitado do Jango aceitou até ser primeiro ministro num parlamentarismo inconstitucional. Naquele tempo eram a oligarquia e os políticos safados de um lado sabotando o governo, um terço dos militares e políticos decentes apoiando ao Jango e por fim, os grandes vencedores, os empresários, os novos ricos da época, os industriais e dois terços dos militares querendo tomar o doce da mão da criança.



O resto a história conta, ora deturpada à direita, ora à esquerda, mas sempre beneficiando o centro.

Ditadura do proletariado, direita no poder, liberalismo ou um novo golpe militar? Faça a sua aposta... (Parte 3)


Creio que devemos andar para frente. Qualquer ditadura é ruim, seja ela militar, que seja capitalista, ou mesmo comunista... Ditadura não presta. Nenhuma delas.

Vale lembrar que alguns guerrilheiros da época, colocaram Jango e Brizola contra a parede, Brizola pensou em pegar em armas, uma vez que os militares do Sul do país queriam ladear com Jango. Mas, de maneira correta, Jango preferiu abdicar de governar.

A turma de comunistas que queria se apoiar nele veio depois, no fim da década de 60 e início da de 70 tentar tomar o poder através de guerrilhas treinadas nos países alinhados com a URSS, porém não logrou êxito.



Hoje, tem uma turminha composta por historiadores que acham que eles estavam certos e lavam os cérebros de muitos universitários e secundaristas para encamparem nessa guerrilha moderna, mas é só porque não aceitam a democracia como ela é. Esses não são de esquerda, são egoístas e maus perdedores.



Vale lembrar que a esquerda tupiniquim também dava sumiço em seus inimigos, porém acusa a ditadura militar de atrocidades que ela também cometeu pela causa. Mas esse tipo de discussão é inútil e estéril. Temos que andar para frente.

Basta ver que com a esquerda no poder ninguém foi punido por tortura e ocultação de cadáver como acusados. Ou seja, ocorreu um acerto de contas. Cada um com seu prejuízo.

Lamento dizer a vocês que só lhes contaram a metade da história. Em outros lugares a esquerda não pegou em armas e fez revoluções. E a partir do momento em que a nossa matou inocentes, se tornou igual ao outro lado da contenda. Mas você dirá que foi dano colateral. Porém, se for contra alvo à esquerda é crime hediondo.



Hipocrisia é isso, deturpar a história para defender o indefensável. Ou então isso é cegueira.

O projeto da esquerda não era democrático, era igual ao da ditadura militar. Dito isso pelos próprios militantes. Condeno e abomino a ditadura. Mas a esquerda tupiniquim era ditatorial desde o berço. Basta ver como age com quem discordar do ponto de vista deturpado dela.

Tanto que nenhum desses esquerdistas de hoje reagiram ao golpe contra Jango. Eram dos partidos da época e depois do MDB. Mas em contrapartida teve militar tentando apoiar a constituição e não depor João Goulart. Isso os livros costumam esconder.


Brizola fugiu pro Uruguai e Jango não quis ajuda militar para não haver carnificina. Como eu já havia dito. Foram sábios e não covardes. Ainda mais por saberem que seriam combatidos pela própria esquerda/comunista tupiniquim que nascera do contato com as guerrilhas estrangeiras.

Ditadura do proletariado, direita no poder, liberalismo ou um novo golpe militar? Faça a sua aposta... (Parte 2)

Essa coisificação começou quando colocaram Brizola e Jango no mesmo saco de gatos dos ‘comunistas’ e demais políticos pseudos esquerdistas. Pior é que eles não eram comunistas. Peço contrário, vieram do berçário Getulista.

A indecisão e vitimização do Jango é que fez parecer que ele e o Brizola eram simpáticos ao comunismo, isso tudo devido a sua viagem à China.



Brizola sempre se mostrou como uma pessoa que fazia a ponte entre os dois mundos. No governo do RS e do RJ ele mostrou que tinha projetos para o país através da educação. Jamais foi contra o capitalismo, era sim contra a especulação e o neoliberalismo. Seu ponto de vista ia ao encontro do keynesianismo, mas ao mesmo tempo se cercou de neoliberais, neopopulistas e maus caráter.

Jango quando ministro do trabalho, duas vezes vice e presidente, não demonstrou inclinação comunista e sim social, pois tinha um plano de reformas de base e o principal seria a reforma agrária. Mas foi confundido de propósito pelos oligarcas, ruralistas e puritanos tupiniquins, e como não foi firme em seus propósitos e para evitar uma carnificina, deixou a presidência.




Mas de comunistas eles não tinham muita coisa não. As pessoas (senso comum) acham que quem quer investir no social é comunista. Mas a história é complicada e já foi explorada em vários livros e várias versões. 

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Ditadura do proletariado, direita no poder, liberalismo ou um novo golpe militar? Faça a sua aposta... (Parte 1)



A direita brasileira não existe, jamais existiu e nunca existirá. A esquerda brasileira não sabe fazer conta e muito menos fazer análise. Só olha o próprio umbigo e só aceita quem bate continência para os seus dogmas. Isso não é nenhuma novidade. Somos um imenso e decapitado centrão.

O problema da esquerda brasileira é que ela é natimorta. Mal nasceu e já morreu. A prova disso é que onde ela alcança o poder se torna igual a direita. E quando diz a que veio, como em Santo André, a própria máfia se encarrega de martelar o prego que se destacou. Nesse caso o Celso Daniel.

Em Itaocara teve de pedir arrego para o ex-governador ficha suja Garotinho. Ou seja, não anda com as próprias pernas.

Vou falar uma palavra que a esquerda abomina, mas faz todo sentido para isso tudo: vitimização. Os métodos das feministas e dos grupos LGBT beiram o escárnio, como podem querer crescer como grupos e fortalecer a esquerda agindo com agem?

A esquerda precisa antes de mais nada se despir da arrogância e prepotência desses últimos tempos. É preciso resgatar valores que a aproximavam das populações mais necessitadas, como nos idos anos 70 e 80. Senão, será só uma direita mal criada. 

O discurso é de esquerda, mas a cabecinha da maioria é direita football club.




sábado, 25 de março de 2017

ABORTO E DROGAS, POR QUE NÃO LIBERAR DE UMA VEZ?


Abomino todas as drogas. Se eu fosse mulher e estivesse grávida, jamais abortaria. Mas, quem sou eu para julgar? Como disse certa vez um certo apóstolo de Jesus: "Tudo me é LÍCITO, mas nem tudo me convém"

Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém. Quer dizer que nada é proibido, porém muitas coisas deveriam ser evitadas, apesar de sermos livres para o uso. O Apostolo Paulo quis dizer justamente isso. Quem quiser fazer aborto ou usar drogas terá a licitude para isso, mas quem é a favor da vida e de não se sujar com substâncias podres, que não aborte e não use drogas. É simples assim. Proibir só traz ruína.

Mas aí, entram em cena os xiitas religiosos pseudo defensores da vida. Ora, veja no dicionário e nos livros de biologia o significado de vida. Esses radicais da vida comem carne e cortam plantas e até árvores para se alimentar.


Acabar com a vida de um boi que não cometeu nenhum pecado para servir de comida para nós pode? Ceifar a vida de uma planta para alimentação pode? Então, a vida é seletiva? Tem a nossa e a deles? Creio que não é assim. Vida é vida.

Se for para pensar em colocar a vida em primeiro lugar só poderemos comer algo que caia do pé, ou carniça e despojos ou sobras da refeição de algum carnívoro irracional.

Nós, como dominamos o mundo colocamos como se uma vida valesse mais do que outra. Mas a vida vale igual. Pensar de modo diferente é relativizar puxando a brasa para a sardinha da humanidade.

Só porque os animais são irracionais e as plantas parecem não registrar dor e sofrimento nos dá o direito de matar? Quem nos deu essa prerrogativa? Vida é vida. Nós somos iguais a eles. Somos todos seres vivos iguais. Mas segundo o deus inventado pelos humanos para justificar tudo o que fazemos, nós somos os superiores. A natureza considera vida desde as plantas e os fungos e bactérias, até os animais. Mas inventamos a tal da ética, não é não? Então a ética serve para matarmos os demais seres vivos, menos os de nossa espécie, sem pesar na consciência.

Para a natureza, tudo isso é vida: plantas e animais. Nas aulas de biologia e química tem a receita. Nós é que relativizamos para não ferir nossa ética. Mas quando a fome aperta, até canibalismo os religiosos já fizeram. E depois vem querer falar de ética e de ser contra aborto. Essa justificativa de ser a favor da vida não se sustenta. Basta dizer que não sou a favor de aborto porque meu líder o condena. Simples.

Sabemos que nós é que somos o câncer do planeta, mas nos achamos superiores e escolhidos por um deus que nós mesmo inventamos para justificar nossas crueldades e pedir perdão para esse ser invisível inventado quando for preciso. Isso é muito cômodo. Beira o cinismo.

Prefiro a verdade nua e crua. De que sou um ‘assassino’ que mato outros seres (plantas e outros animais) para me alimentar. A verdade dói, mas é a verdade. Nosso lado animal duela com o "humano" o tempo todo. Temos que aceitar que é assim. Nada é sem custos. E precisamos nos acostumar a arcar com consequências de atos que tomamos individual ou socialmente.

 Esse é o problema fulcral, que nós temos consciência (nem todos, não é?) de que precisamos matar para comer e os demais animais não. Daí eles matam sem culpa e nós (eu pelo menos) não. Já pensei em viver como aqueles monges, mas meu lado onívoro fala mais alto sempre. Porém, os demais atentados contra a vida eu consigo conter, não abortaria jamais e muito menos usaria drogas, a não ser o álcool, que de maneira moderada é saudável individual e socialmente.

O que mais mata nessas questões é a hipocrisia de muitos cristãos e demais religiosos, que abortam e depois dizem que são contra o aborto, é tipo o maconheiro que fica pedindo paz vestido de branco, mas ajuda a sustentar a guerra pelas drogas.

A hipocrisia desses pseudo religiosos beira ao ridículo. O crescei e multiplicai está aí para comprovar. Se cada casal de cristão não tiver pelo menos 15 filhos, é sinal de que pecaram contra a vida.

Legalizar as drogas e o aborto não quer dizer que vai ser oferecido de casa em casa o produto, quem faz isso são as Testemunhas de Jeová com a ‘salvação’. Apenas dará a quem quiser fazer aborto e usar droga uma saída da clandestinidade, e ao Estado números e instrumentos para coibir abusos e tratar os danos.

Tornando lícitas essa coisas, quem quiser fazer aborto ou usar drogas terá feito ou usado às claras, pagando impostos e gerando um número para controle governamental.

A conta é fácil de fazer, mas quem não tem facilidade com matemática e leis de mercado, não vai entender: quer ganhar um lucro exorbitante, basta colocar na clandestinidade qualquer serviço ou produto. Esse produto não será taxado, o lucro será maior do que 100%, não descontará IRPF, o desejo pelo proibido levará milhares até ele, muitos matarão e morrerão por causa dele e muitos mais (cinicamente) condenarão a prática colocando a religião na frente como um escudo.

Por isso que digo que é preciso liberar o aborto e o SUS passar a ter clínicas especializadas para atender as mulheres pobres. Além de cadastro, terá segurança. Não sou a favor do aborto. De forma alguma. Também não sou a favor do estado ou da religião mandar numa questão que é a mulher quem decidirá. Ao estado e a nós, resta apenas confortar a pessoa que precisou fazer, e punir a que faz reiteradas vezes (ficará no cadastro) por pura maldade consigo, que não faz uso de métodos contraceptivos e com o feto.

Do jeito que está só os ricos se dão bem, que usam as drogas na segurança do lar e abortam em clínicas de primeiro mundo. Os pobres, sempre se ferrarão, usando ‘açougueiros’ para abortar e se endividando com traficantes, que não usarão o SPC e nem o SERASA para cobranças de dívidas.


E sabe o que é o pior? A maioria contra a legalização do aborto e das drogas é composta de pobres religiosos ou não.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

A CRIMÉIA E A TERCEIRA GUERRA MUNDIAL

O medo de uma terceira guerra mundial é totalmente infundado. Ninguém a quer, tudo não passa de um jogo de cena no teatro da geopolítica mundial. Explicarei o porquê.


Para começo de conversa, o povo da Criméia se sente russo, se acha russo, fala e age como russo. Além do mais, depende dos russos, portanto, só nesse sentido a Criméia é Rússia. Mas ela teve a chance de independer e preferiu pertencer a Ucrânia e não a Rússia.

Por que não uma república da Criméia? Tornar-se a região da Criméia em um país independente e o povo decidindo de que lado fica seria só mais um retalho na colcha de retalhos que é a Europa e em especial os países da CEI. 


O medo infundado é o de permitirem que a Rússia tenha uma saída pro mar, mas se a Rússia quiser sufocar boa parte da Europa bastaria cortar o suprimento de gás. Mas aí, até ela se sufocaria. A melhor solução seria tornar a Criméia independente. Falar nisso, Criméia parece nome de prima feia. Quanto ao Putin, ele é o menos pior pra Rússia não se esfacelar.

 A Crimeia proclamou sua independência em 5 de Maio de 1992, mas concordou mais tarde permanecer parte integrante da Ucrânia como uma República autônoma. Bastaria se proclamar independente...


Por trás de toda a celeuma se encontra o verdadeiro motivo da contenda que é o gás exportado pela Rússia para a União Europeia e que precisa contar a chantagem da Ucrânia, pois os principais gasodutos passam pelo seu território.


Não pensem que a intenção dos Estados Unidos é genuína, que eles querem a democratização e a paz no local. Longe disso, o interesse da grande águia do norte é fincar suas garras num naco de dependência dos europeus por combustíveis para enfrentar seu rigoroso inverno. 


A razão é só econômica, pois os americanos descobriram uma imensa jazida de gás de xisto em seu território e que querem enviar pra Europa. Mas isso será pra um futuro distante, mas o alicerce já está sendo colocado hoje. O Tio Sam nunca joga pra perder. 

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

AULAS DE I A IV – GEOGRAFIA MÓDULO III – AS INDÚSTRIAS

AS INDÚSTRIAS

Tópicos:

- A origem das indústrias;
- A primeira Revolução Industrial;
- A segunda Revolução Industrial;
- A industrialização no Brasil;
- As indústrias no século XXI.

INDÚSTRIAS
A atividade industrial é à base do desenvolvimento econômico mundial desde o século XVIII. As indústrias foram os primeiros estabelecimentos a empregar trabalhadores assalariados em grande número e na atualidade são responsáveis pela automação cada vez maior do processo produtivo em substituição a força da mão de obra.












sábado, 29 de junho de 2013

WELFARE STATE OR AMERICAN WAY OF LIFE???

NÃO QUERO O AMERICAN WAY OF LIFE, QUERO UM WELFARE STATE DE VERDADE!


Sempre achei muito pertinente o vídeo Ilha das Flores. Conheci esse documentário/protesto na época de faculdade e me identifiquei bastante com a ideologia por trás da produção dele. O que me fez pensar em como deveríamos agir para que o capitalismo não esmagasse tantos cidadão brasileiros.


Mas a questão é sempre muito mais complicada do que parece. Vendo de maneira apressada acharemos que essa realidade vem sendo debelada e que a miserabilidade absoluta no Brasil vem caindo. De fato as políticas de bolsas assistencialistas vêm retirando pessoas da fome desde o governo PSDBista na pessoa do intelectualóide FHC e continuo com o governo PTista dos pseudos esquerdistas Lula e Dilma Russef.


Hoje há muito menos pobreza no país, pois um contingente enorme consome coisas que eram impensáveis há cerda de 20 anos. Porém, isso impacta sobre os recursos naturais. Necessitamos de uma política de desenvolvimento social e verde.


A falta dessa política social e verde de verdade agrava essa situação. O partido que se diz verde é nulo no nosso país e o modelo de consumo aqui é baseado no ‘american way of life’, o que nos levará a exaurir os recursos naturais e se for disseminado em escala planetária precisaríamos de 3 a 4 planetas para sustentar tal modelo de consumo.


Sinceramente não vejo saída em um curto período de tempo. Reciclar seria ótima solução, mas em pesquisas que faço com catadores, estes dizem que não há incentivos e que alguns itens que antes eram como ouro (latinhas) hoje estão em baixa. 


Para acabar com a fome poderia ser reaproveitado sobras de restaurantes e supermercados, mas isso poderia acarretar em casos de intoxicações alimentares e levaria a processos. No final, quem queria fazer o bem pode até se complicar.


A política canguru vem transformando futuras mãos de obra em zumbis, que só se unem quando há boatos de acabar a bolsa. Todavia há cursos disponíveis gratuitamente e nenhum deles sequer cogita fazer.




Como disse antes, a solução pode ser até factível, mas não com o pensamento imperante no momento.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

O MANIFESTO DE UM MANIFESTANTE

Acabei de recusar um convite para a manifestação de hoje, pois como disse acho que já passou dos limites da democracia. Mas como sempre digo aos meus alunos é preciso ler para criticar, então fui ler as chamadas, a proposta, da manifestação.


Tinha um defendendo de que o fim dos partidos não era o fim da democracia, pois havia a possibilidade da democracia direta. Deu vontade de rir. Sabem por que? Primeiro, por que fiquei pensando na impossibilidade da colocação disso em prática. Como? Com plebiscitos a cada decisão? Imagina o custo para o país! Seriam centenas de plebiscitos a cada ano. Pela internet? Esse povo não aceita resultado de urna eletrônica, vai acreditar em votação pela internet? Ou pelo facebook, será que tem algum insano pensando nisso com seriedade? 


O segundo motivo, e que essa classe média sempre chamou o Hugo Chaves de ditador, justamente, por causa dos plebiscitos, agora apóia? O governo não estava errado ao permitir a ditadura venezuelana no mercosul? É ou não para rir? Como disse acima, este movimento já se perdeu. É o protesto pelo protesto, como uma piada antiga " hay gobierno, soy contra".


Além disso, tenho refletido sobre esse ódio todo. Acho que essas pessoas elegeram o governo como bode expiatório de suas frustrações. A sociedade consumista cria necessidades que, mesmo empregados, a maioria das pessoas não conseguem ter acesso. Talvez venha daí uma explicação para os ataques as lojas e os saques. 


Nessa sociedade consumista e hedonista que nós vivemos, é preciso ter, senão você não é ninguém. Por isso acredito que os gastos com o financiamento das obras da copa serviram de catalisador. É como se as pessoas pensassem "o governo gastou todo esse dinheiro, e eu não vou poder assistir no estádio, pois não terei condições de comprar os ingressos muito caros". Daí somam-se o carro, o celular ultramoderno, a roupa de grife, os locais mais caros, enfim "tudo aquilo que eu tenho que ter, mas não consigo".


De quem é a culpa? Do governo do PT "que dá bolsa família para os que não querem trabalhar", "que vai dar bolsa pra presidiário" e outras alegações que a gente conhece bem. Como se o dinheiro colocado nos programas sociais fosse para o bolso deles, se estes não existissem.


Tem também todo a ladainha sobre os impostos. Os empresários foram eficazes em criar a falácia de que o Brasil é o pais que mais cobra impostos no mundo. Recentemente saiu um comparativo no jornal que mostra que a nossa média de impostos é compatível com os países que possuem economia do tamanho da nossa. Nem muito mais nem muito menos. Só quem lucrará com uma grande redução dos impostos serão os empresários. O preço dos planos de saúde não vai baixar, mas o povo não terá mais o hospital público, sem os impostos. Nisso poucos pensam.


Esses que estão com raiva não querem diálogo, nem debate, muito menos mudanças no Brasil. Querem apenas sacrificar um bode expiatório para acalmarem a sua raiva e frustração. Eu também queria um S4, uma Ferrari, e assistir os jogos da Copa do Mundo no Maracanã, mas não vou sair quebrando as coisas por que não posso ter.


Por tudo isso, decidi não mais me manifestar, acho que o Brasil está melhor, se levamos em conta a conjuntura crise mundial, ou compararmos com os anos FHC. Quem sou eu para não querer mudanças? Logo eu que sempre fui e continuarei a ser uma progressista. Mas como se sabe, uma revolução acontece para criar um tempo novo, ou para recuperar um tempo passado. Não sei, sinceramente, qual dos dois será o resultado desta. 


Quanto ao meu salário, sim, acompanhou a inflação. Mesmo assim não consigo ter tudo que gostaria. O nome disso é capitalismo, e não foi inventado pelo atual governo, mas é defendido por muitos dos que estão nas ruas...







Tarcila Monte

terça-feira, 18 de junho de 2013

O COMÉRCIO DE RUA (E DEMAIS SERVIÇOS INFORMAIS) E A DIALÉTICA DA ORDEM E DESORDEM


Não é de hoje que nos deparamos com o embate entre o Poder Público e Poderes Paralelos na Cidade do Rio de Janeiro, principalmente nas áreas mais periféricas, que estão, mais notadamente, órfãs da ação limitadora e mediadora do território exercida pelas entidades governamentais nas três esferas do poder institucionalizado. 

O comércio de rua, bem como demais serviços alternativos, transformam a urbe de modo radical se apossando de uma série de serviços que nos é devido pelo estado. Tendo em vista que o fator emprego / desemprego, pode gerar o caos urbano e fragmentar o espaço, através da luta pelo território, qualquer que seja, desde o mais amplo possível, como o da estrutura viária (motoboys, Kombeiros e Vanseiros) ao mais restrito, como nacos de calçadas das vias públicas e de largos e praças dos bairros da cidade.

Justifico a opção pela região de Bangu, pois é neste contexto onde estamos inseridos, que se pode notar de maneira bastante clara a diversidade de serviços e comércios informais que polulam. Também resolvi falar de outras atividades, como: o transporte alternativo; os scooter-táxis; os guardadores de carros; as micro-lojas (lojinhas de R$ 1,99) e as ‘biroscas’. Quanto a isso observemos o que dizia o Geógrafo Milton santos acerca da ocupação e dominação de territórios por grupos, na ausência ou conivência do estado:

“O reconhecimento mais profundo de como se dão as relações entre frações da sociedade e frações do território poderá ajudar na formulação de novas proposições quanto a estrutura e ao funcionamento do Estado.”

(Milton Santos. In Território e sociedade, entrevista com Milton Santos)


“Milton Santos afirma não ser possivel conceber uma determinada formação sócio-econômica sem se recorrer ao espaço. (...) Conjunto de ações espacialmente localizadas que impactam diretamente sobre o espaço, alterando-o no todo ou em parte ou preservando-o em suas formas e interações espaciais.”

(Roberto Lobato Corrêa – in.“Espaço, Um Conceito Chave da Geografia”) 

Como não há incentivo das esferas de poder (federal, estadual e municipal) para modificar a realidade ‘canibal’ do momento (desemprego ou subemprego formal), muitos moradores destas comunidades que há bem pouco tempo faziam parte dos quadros de diversas empresas públicas recentemente privatizadas pela sanha neo-liberal (que devorou as entranhas da máquina do governo e jogou na sarjeta do mercado de trabalho uma infinidade de pais de família) foram obrigador a irem para a informalidade.

Hoje a maioria desses demitidos trabalha em pequenos comércios espalhados pela comunidade, ou como camelôs, ou vanseiros, ou estão subempregados, causando uma competição desenfreada por pontos como ocorre no Ponto Chique de Padre Miguel, no calçadão de Bangu, Centro de Realengo e nas demais áreas comerciais dos sub-bairros de Bangu e Realengo, o que também gera certa forma de violência, a visual, pois são aproveitados quaisquer espaços viáveis – como a varanda da casa, a garagem, a fachada do apartamento, os intervalos entre apartamentos, entre outros – para construção de biroscas, mini bazares, lojas de bijuterias, carroças de Hot Dog, de X-tudos, e as micro-lojas, conhecidas no bairro como lojinhas de R$ 1,99 (pelo fato de a maioria de seus produtos virem de Taiwan ou da China, e custarem sempre nesta faixa de preço) que fazem enfeiar ainda mais a paisagem outrora singela de bairro periférico, porém não tão miserável e espoliado como vem se tornando ultimamente. 

Não se vê nenhum órgão Público no local, para disciplinar essa esta ocupação desordenada, nem para fiscalizar a procedência das mercadorias ou para testar a qualidade dos produtos alimentícios vendidos (fast foods), a Vigilância Sanitária fiscaliza apenas os estabelecimentos que recolhem o ICMS, desprezando os interesses do consumidor.

Quando precisamos passar pelo buraco do Faim em Bangu, ou pelo buraco do Viana em Padre Miguel, ou então pela passarela da estação ferroviária de Bangu é que percebemos como o desemprego está alto. A quantidade de camelôs (DESORDEM) é enorme e não tem repressão da Guarda Municipal (ORDEM) que dê jeito, pois tiram os camelôs daqui e eles esperam a poeira baixar e logo retornam, trazendo os produtos de procedência ignorada (nem tanto, pois sabemos a rota de entrada e saída deles). Nem os Camelódromos conseguiram dar resultado prático, no sentido de ordenar este tipo de comércio, pois é sabido, que quando houver relação formal, a camelotagem perderá o sentido e acabará, portanto o Camelódromo é um projeto natimorto. 

Isso sem falar dos vanseiros, kombeiros e topiqueiros, e outros ‘eiros’ que disputam de maneira acirrada e feroz o território (ponto enquanto o local fixo de espera de passageiros e linha, quando em circulação). Onde este embate é melhor percebido, no largo em frente ao buraco do Faim e da pracinha em frente ao Supermercado Prezunic em Padre Miguel, disputas que por vezes acabam em agressão física, isso tudo para ter direito a usar um trajeto, que pode ser do Largo do Faim até a Central, ou mesmo o do transporte cabritinho, que é aquele que leva o morador para dentro da favela, onde os ônibus regulares não entram, por imposição da guerra pelo poder do tráfico de drogas na região, que eclodiu após a prisão do líder do tráfico local.

A Prefeitura tenta fazer uma espécie de concessão à este modelo transporte (como na Cidade do México), mas dificilmente dará resultado, pois ferirá muitos interesses escusos escondidos.

Porém até o transporte de vans e kombis (cabritinho) vem sendo substituído nas favelas pelo scooter-táxis, onde motonetas de baixa cilindrada são usadas para buscar os moradores no sopé do morro, ou no ponto dos ônibus distantes da favela, onde o moto-taxista já leva, inclusive, um capacete reserva para seu freguês, que na maioria das vezes já agenda esta busca com antecedência numa espécie de central, onde tem sempre um líder que o instrui a dizer ao passageiro e a polícia, em caso de blitz, que o passageiro é conhecido e pediu carona (Fonte: M. um menor de 16 anos da favela Morro do Sandá, que ‘dá carona’ para moradores que ficam na ‘pista’, como ele mesmo diz – junho de 2012), hoje já há uma organização maior e os serviços de mototaxistas já está mais às claras funcionando até mesmo uniformizado numa espécie de cooperativa. 

Há também na região (sabemos que em toda grande e média cidade), outro fenômeno sociológico bastante visível, o dos guardadores de carros nos logradouros e praças. Também são fruto dessa Globalização (totalitária e autoritária a nós imposta) da economia e do Neo-liberalismo – via desestatização, privatizações e demissões – que faz com que um enorme contingente de mão-de-obra desqualificada seja largada à própria sorte, e pelo simples instinto de sobrevivência, logo se abre um ‘leque’ de opções de atividades que possam dar o lucro necessário para a subsistência deste cidadão que fora ‘penabundeado’ e de seus familiares. 

Notei na região uma disputa feroz pelos locais mais atraentes desta atividade de ‘tomador de conta automotivo’, mais precisamente nas seguintes localidades: rua Cônego de Vasconcelos, por causa do Calçadão de Bangu; rua Sul América, pelos serviços formais oferecidos; rua Figueiredo Camargo; ruas no entorno do Estádio Proletário Guilherme da Silveira, em dia de jogos e recentemente no entorno da novíssima quadra da Mocidade Independente de Padre Miguel, em dias de ensaios e escolha de samba de enredo; entre outros locais menos disputados, porém bastante rentáveis. 

Aqui também o Poder Público não consegue estabelecer a ordem, foi tentado o estacionamento com ticket da prefeitura e não houve respaldo, nem dos guardadores, nem da sociedade local, que parece preferir o serviço underground. Mas há certa repressão, eventual, poderíamos dizer até sazonal, em época de eleição, quando há a necessidade de mostrar serviço, mesmo assim os guardas municipais e a própria Polícia Militar, não consegue fazer seu pael a contento, devido a corrupção, pagamento de propinas e avisos prévios das incursões virtuais do Poder Público no local (Fonte: Guardadores do entorno do calçadão de Bangu e da Fábrica que virou Shopping Center– maio de 2012). 

É certo que todo tipo de irregularidade deve ser punida, ainda mais por que não recolhem os impostos necessários a manutenção do próprio estado, além de desorganizarem ainda mais o já caótico cenário urbano carioca, e em se tratando de desordem urbana e caos social, a atuação dos informais se evidencia mais ainda.

SERÁ QUE O GIGANTE ACORDOU?

O ESTRANHO SURTO DE MANIFESTAÇÕES REVOLUCIONÁRIAS NOS GRANDES CENTROS NACIONAIS






Qualquer que seja a manifestação, os interesses de um grupo privilegiado estará por detrás. Desde as ocorridas na Ásia, África do Norte e Oriente Médio, como na Europa do leste e do sul, assim como as no Brasil. Os movimentos que estão por trás delas tem forte viés político. Essas páginas do movimento contra a corrupção, bueiro aberto e contra a grande mídia, são pseudos anárquicos, mas seu líder tem CPF e está doido pra conseguir um CNPJ. No fundo, os jovens de hoje, como os de 68 e demais, são massa de manobra na mão de um grupo político que ora se encontra alijado do poder.


A ideologia dos jovens de hoje é vazia, mas a paciência tem limite. Não é como a nossa dos anos 60 (que não vivi), 70 e 80. Mas as ferramentas estão aí e são inúmeras. Hoje podemos marcar uma revolução na internet e colocar mais de 100 mil pessoas pra protestar. Só que a miopia política não dá a essas pessoas o embasamento. Ou seja, estão protestando por protestar e no fim descamba pro vandalismo, pois não há um líder positivo pra evitar isso. A figura do líder é essencial pro movimento. Mesmo nos assimétricos e horizontais.


 Esse movimento é, também, passageiro, e tem que ter muito jogo de cintura pra dobrá-lo e dar o que lhe é devido, sabemos que a situação da inflação, da corrupção e dos desmandos já passou dos limites toleráveis. Há interesse de esquerda radical nele sim. Mas isso é muito positivo. Mostra que ainda temos uma esquerda retornando (muito acanhada ainda) e que muitos dos jovens pensam ainda (a maconha e demais drogas ainda não dissolveu seus cérebros). 

O que vejo de muito bom é que eles já têm idade de votar e o próximo passo será a anulação de votos em massa. Isso enviará uma mensagem clara de que algo tem que mudar no sistema eleitoral. A corrupção sempre houve nesse país, hoje as coisas só estão mais claras. Os militares eram corruptos, os civis são iguais. O nosso problema é que enquanto na Austrália se aplicam 90% das verbas e 10% é roubado, aqui é o contrário. Mas isso vai mudar, não digo que irá acabar, mas diminuirá com a supervisão social. Queria que dessem uma chance aos jovens, menos os da UNE.


Essa manifestação que vem sendo arquitetada e orquestrada por movimentos de protesto nas redes sociais é um retrato do povo brasileiro. O povo aqui é mais lento e tolerante, demora mais pra tomar uma atitude. Dessa vez essa atitude veio em boa hora, atrasada, mas em muito boa hora. Só há que se ter cuidado com as adesões de última hora. Vai ter muito pai pra esse filho bonito.



No Rio de Janeiro, São Paulo e alguns outros estados houve quebra-quebra e vandalismo barato. Isso demonstra que ainda não estamos afinados com manifestações. 

Já no Distrito Federal não teve baderna e nem depredação significativa, aconteceu uma ocupação pacífica do espaço, o que mostra que o problema foi mais de falta de educação e civilidade do que político partidário apenas. Ainda mais que em Brasília acontece sempre manifestações pontuais, o que educou a população nessa maneira de protestar e mostrar insatisfação.

 Esses que fizeram arruaças no Rio de Janeiro são os mesmos mijões dos Carnavais, os que avacalham na Parada do Orgulho Gay, os que brigam nos blocos de rua e que no Viradão Carioca fizeram um monte de porcarias, próprias de quem não tem educação. Brasília pela primeira vez na vida está servindo de parâmetro. É um exemplo de como se deve manifestar.

MSN

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