quarta-feira, 30 de março de 2011

O verão já se foi, mas as chuvas de março e abril estão chegando

O que um governo sério faria em uma cidade como a do Rio de Janeiro em épocas em que sabemos de cor e salteado que as chuvas faziam, fazem e farão vítimas? A princípio, se faria o que já vem sendo feito há alguns anos, o mapeamento das principais áreas de risco em potencial e as mais massivamente habitadas e com esse estudo se planejaria a construção de moradias dignas e a remoção dessas populações para áreas secas e seguras.



De modo algum sou contra o dispendioso gasto feito pelo governo na construção da moderna central de monitoramento remoto e na aquisição dos supercomputadores Tupãs pelo INPE. Toda ferramenta nessa hora será útil. Precisamos muito de estar atentos aos menores sinais das catástrofes. Mas, além de poder assisti-las de camarote num espetacular telão, para quê mais servirá tudo isso?



O governo Lula deu passos largos em direção a tornar a vida das populações menos favorecidas dignas e seguras nos sentidos elementares da questão. Foram as obras do PAC uma das mais bem sucedidas atitudes, pois a meu ver deram boas casas para as famílias necessitadas e não as tiraram de seu meio, onde estão seus laços de convivência e seu possíveis empregos.





Um governo que fosse ainda um pouco mais além, faria isto acima exposto mais uma vez e daria o salto quântico, demolindo as favelas encravadas e em seu lugar replantaria as espécies nativas. Além disso, também seria construído ali um observatório simples para monitoramento, o que daria a exata noção do quanto se desmata e do quanto se refloresta naquele local determinado.





Sugiro ao prefeito e ao governador que não deixe pra tomar depois das tragédias essas medidas tão importantes. É impossível que não haja verbas para isso num país que receberá uma Copa do Mundo e numa cidade que recebeu um Pré-Olímpico e receberá uma Olimpíadas. O preço das vidas que se pode salvar é muito importante politicamente, digo politicamente pois é só desse modo que enxergam a população.



Só para efeito de comparação vamos pegar fatos recentes e que ainda estão em nossas memórias de modo que fica nítido o contraste entre maneiras de agir aos desafios da natureza, as enchentes na cidade do Rio de Janeiro foram há um ano atrás e ainda há resquícios da tragédia, enquanto isso na área afetada pelas enxurradas na Região Serrana há cerca de três meses, ainda há o caos total. Ou seja, nada se fez de prático por aqui.







Já do outro lado do planeta, o povo japonês em uma semana já começava a reagir e o seu governo a agir desobstruindo estradas e resgatando humanos vivos ou mortos após um terremoto de pouco mais de nove pontos na escala Richter no Japão, arrasou totalmente as áreas circunvizinhas ao epicentro, com requinte de crueldade da natureza, pois além desse ainda sobreveio sobre aquela região um maremoto que diminuiu ainda mais as chances de sobrevivência da população local.





Não espero que nosso povo se torne cópia do japonês, seria muita pretensão nossa, pois o segundo lida com desafios impensáveis para nós. Mas, bem que nossos governantes poderiam aprender como agir com os deles.

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