sábado, 2 de abril de 2011

O ESTRANHO SURTO DEMOCRÁTICO NO ORIENTE MÉDIO E NORTE DA ÁFRICA

Quem acredita nesse estranho surto democrático que está ocorrendo na parte mais radical e retrógrada do Mundo? Ora, se os dirigentes que lá estão há pelo menos quatro décadas em média não se convenceram da vontade da população de viver sob a égide democrata, como nós que estamos a quilômetros de distância poderíamos estar plenamente de acordo que o que eles querem é o direito de votar em eleições e comandar plebiscitariamente os rumos da nação? Seria um pouco pretensioso, não acham?



Quando paramos pra pensar e digerir essa sopa de letrinhas internacional, nos fazemos duas perguntas chaves, mas simples de responder. Eu começaria pela seguinte: Por que demorou tanto pra acontecer esse surto democrata? Explico: Ora, demorou porque a população, principalmente a classe média/alta local não está nem aí pra quem anda governando o país, pois seu poder de compra está garantido e a massa imensa de pobres está devidamente controlada na base da truculência.



Então, restaria a outra pergunta chave de fácil resolução. A segunda seria a seguinte: Se não foi a burguesia que fez essa ‘revolução’ no Oriente Médio (sempre é a burguesia que revoluciona, nunca duvide disso!), de onde partiu essa iniciativa? Explico: O estopim dessa aparente Revolução dos Cravos, ou Primavera de Praga não partiu do povo, pois o povo naquela área não tem noção de democracia.



Eles vivem na base da doutrina islâmica que é absolutamente contra a democracia que consideram coisa do grande satã, que pra ele são os Estados Unidos da America. Sendo assim, certamente um outro grupo, tão ditatorial e retrógrado quanto o outro estabelecido, está de olho no posto de quem governa. E também devemos lembrar que sem o interesse das grandes potencias mundiais nada aconteceria na face do Planeta.



Os grupos que estão ‘fazendo a revolução’ nada têm de democrático, pelo contrário estão apenas querendo um certa sucessão no poder autoritário. Aliado a isso temos os interesses dos Estados Unidos e da União Européia em colocar no poder alguém que se alinhe com seus interesses de seguranças e financeiros. Não interessa aos dois pólos de poder mundial que continue o terrorismo, coisa que estes estados que estão sofrendo com o ‘surto’ demonstram ser favoráveis ou pusilânimes. Some-se a isso o fator petróleo, que pode ser importante para reduzir os custos deste para os Estados Unidos e diminuir a dependência européia do petróleo e gás russo e teremos o final dessa equação.



Simples assim, a grande causa desse surto democrático islâmico é na verdade mais do mesmo. Como já ocorreu aqui nas Américas pobres, na Ásia sem auto-estima e em alguns países da África, é mais um processo de tornar as nações em questão alinhadas aos interesses hegemônicos de sempre.

Ou seja, nada de novo sob o Sol.

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