domingo, 20 de julho de 2008

Explosão Demográfica do fim do Século XX e início do Século XXI

De fato, apesar do alarmismo, os Ecomalthusianistas têm razão, há um acentuado aumento na quantidade de pessoas que utilizam os recursos naturais do planeta, sendo assim fica a alarmante mensagem de uma escassez destes recursos e do conseqüente aumento das turbulências sociais decorrente disto; como a violência e a falta do mínimo necessário para a sobrevivência das massas que se agigantam.

Na África, apesar de sub povoada, já há indícios dessa escassez, pelo fator colonizadores, que deixou a triste herança quando retirou o nativo da sua antiga ocupação e lhe deram outras atribuições com as quais jamais se familiarizou, também pelo fator desenvolvimento humano, pois lá não houve interesse em se investir no capital humano e sim na exaustão dos recursos oferecidos pelo continente,devido a ambição desmedida do colonizador e de sua máquina de captar riquezas.

De maneira bem pessimista, de acordo com as teorias de Robert Malthus, a virada de século e de milênio promete grandes contratempos em relação ao descompasso alimento x população mundial.

Porém, é sabido que apesar de já termos bem mais pessoas no mundo do que o aceitável pela ecodinâmica, a natureza tem comportado bem a todos e as medidas desesperadas que foram propostas por Malthus jamais foram tomadas de maneira oficial pelos governos e organizações, a não ser de maneira oficiosa como ocorre na China e alguns outros países asiáticos, que se vêem as voltas com o problema da superpopulação e a falta de espaços suficientemente férteis para produzir comida para tanta gente.

O planeta parece adaptar-se as condições impostas pelo ser humano, pois mesmo em face dos problemas ambientais que causa tanta gente no mundo, consumindo até o máximo os recursos; vemos a natureza se reciclar e ter produções de bens necessários para a quantidade de seres que a utilizam, devemos também observar que esse equilíbrio pode ser efeito da diminuição de populações de outros animais (segundo teorias de alguns cientistas a quantidade de matéria é sempre a mesma no Universo), o que favorece a ocupação humana e aumenta a demanda de comida necessária ao seu consumo.

Vendo por essa ótica parece cruel sacrificar outras espécies em prol da nossa, e é cruel essa lógica, mas do ponto de vista evolutivo é aceito, pois foi assim com a sucessão dinossauros/mamíferos, ou seja: um ser se extingue para que o outro floresça. E tem sido assim, o homem tem ocupado lugares que pertenciam à outras populações de animais e convertendo selvas em agrovilas para manter a sua sobrevida no planeta.

Sabemos que todo espaço se esgota e certamente o nosso planeta se esgotará por completo em breve, mas já há condições de se povoar planetas próximos em cerca de cem anos e de se produzir alimentos nessas colônias, mas seria bem menos danoso para o ecos-sistema terrestre, e menos invasivo aos domínios celestiais que o ser humano deixasse de crescer tanto, como um câncer (metástase) e controlasse melhor o seu crescimento no planeta, em conformidade com a teoria de Malthus, deixando de se proteger contra a evolução, ou seja os governos deixassem de bancar as populações carentes, sendo assim elas deixariam de crescer, pois é evidentemente elas as que tem mais crescido ajudando a exaurir os recursos financeiros e o próprio ecossistema do planeta.

Não deve ser muito difícil equilibrar o contingente de pessoas na face da Terra, bastaria os governos dos países mais populosos utilizarem dos mesmos recursos que lançam mão quando em épocas de eleições, a mídia e a propaganda, pois com elas seria fácil conscientizar as pessoas; a terem menos filhos e assim todos teríamos mais o que comer e beber no futuro próximo, mostrar que de nada adianta ter muita mão de obra, e pouco trabalho e salário, ter família grande para manter a passagem de seu DNA para futuras gerações se estas estão fadadas a nem mesmo vir a existir.

Parece complicado, e é, pois não há nenhum ganho político em fazer o povo raciocinar de modo que através deste raciocínio venha a requerer algo que lhe falte, não existe maneira de diminuir o crescimento demográfico sem diminuir a massa de manobra, dando melhores oportunidades de vida (educação, saúde, etc...) o que acarretará numa população mais esclarecida e perigosamente questionadora.

Jamais veremos movimentação no intuito de esclarecer o povo do prejuízo que a superpopulação traz para o planeta e para o próprio ser humano, simplesmente por não haver em nenhuma parte do globo algum governante que pretenda ter seus critérios contestados, as próprias Igrejas (de todas as nomenclaturas) foram, outrora, opositoras de quaisquer atos externos que viessem a controlar a taxa de natalidade no mundo, mas estas mesmas Igrejas foram condescendente com a tentativa e até mesmo com o extermínio de povos e com as guerras que fizeram à seu modo esse mesmo controle externo da população, pela mortandade.

Devemos ter consciência de que o maior culpado de todas as mazelas sociais que a superpopulação traz é o próprio homem, que vem crescendo muito e atropelando a própria evolução, criando inclusive, “sub-raças humanas esquálidas”, devido ao nanismo imposto pela fome e pela seca, como os sertanejos nordestinos ‘homens-Gabirus-ratos’, ou os come-dores de insetos na China, ou os africanos de vários países miseráveis, que ainda convivem com a AIDS, que é “aliada” do controle populacional e mesmo povos alijados das benesses da União Européia como Curdos, Chechenos e Albaneses que passam por período de miséria e mutações genéticas que advirão com a fome e armas químicas usadas nas guerras, a mesma ciência apregoada pelos neomalthusianistas como a salvação, literalmente, da lavoura que viria para aumentar as provisões através de pesquisas.

Existe uma solução para tudo isso e não é tão fantasiosa, não é uma quimera social, basta cada um fazer a sua parte. Professores, médicos, agentes de saúde, igrejas, assistentes sociais, etc... começarem a partir de já a se engajarem nesta tarefa de convencer o cidadão comum a fazer uma prole menos numerosa nos lugares onde o drama é mais evidente, como na Ásia (China, na Índia, Paquistão, etc...) e na África (não por causa da população, lá não é bem esse o caso) pois se depender apenas das organizações e do governo a batalha certamente não será vencida, e continuaremos a ver, mesmo no Brasil onde tudo o que se planta floresce, pessoas sendo tratadas de maneira indigna até mesmo para os animais irracionais menos desenvolvidos, que estão sendo melhores tratados do que muita gente.

Chegamos a conclusão de que ambas as teorias, Malthusianismo e Neomalthusianismo, tem suas razões, e seria interessante um meio termos entre as duas correntes, parecendo um pouco com o Ecomalthusianismo. De fato os meios de produção de alimentos, tratamento de água e produção de energia vêm se aprimorando o que permite certa margem a mais para a acomodação da população que cresce a cada dia, mas mesmo com todo avanço da ciência, o planeta não comportaria um número muito expressivo de pessoas, o que acarretaria em prejuízo ao ecossistema e conseqüentemente para o homem.

Juntando-se as três correntes de pensamento da Demografia, poderíamos obter uma forma de equacionar esse problema, produzindo mais e controlando com rigor o crescimento da população nas áreas de risco de explosão; convencendo as igrejas a aceitarem os avanços da humanidade na contensão da população (contraceptivos) e uso de meios menos naturais para produzir alimentos (transgenia), fazendo a produção e a informação chegarem a quem de fato precisa, não da forma como acontece onde quase todos os avanços científicos (veja o caso da Internet, do DNA e dos transgênicos) só beneficiam uma pequena parcela da humanidade.

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