sábado, 3 de janeiro de 2009

A CRISE NOSSA DE CADA DIA: COMO OS PAÍSES REAGIRÃO A CRISE DE CRÉDITOS MUNDIAL?

OS PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS (AMÉRICA LATINA, ÁSIA E ÁFRICA)

Imagine caro leitor, que você mora em um país que enquanto o mundo cresce a 5% ao ano em seu produto interno bruto ele cresça negativamente, ou seja, o PIB encolhe. Lógico que a miséria grassa nesse local. A violência, outra face da moeda miséria, avança de maneira surreal. Então, seja bem vindo à África.

Agora caro leitor, imagine um desses países nos moldes dos acima descritos vivendo num momento como vivemos hoje, em plena crise econômica no cerne do capitalismo mundial. Não precisa ser economista, nem geógrafo... basta que apenas faça contas básica: nada menos nada será sempre igual a nada. É o que ocorrerá com a maioria dos países africanos, ou seja, os poucos que iniciaram uma inserção no capitalismo mundial serão massacrados e mandados de volta ao estado pré-industrial. Muitos desses países já vivem em estados medievais em pleno século XXI, a saber: não têm como piorar.

A Ásia tem um amontoado de países paupérrimos que sofrem das mesmas síndromes dos africanos, e que geralmente convivem com guerras civis e golpes de estado. São tantos, e tão parecidos entre si e com os africanos, que às vezes parece que fazem parte da mesma localidade apesar das idiossincrasias que os diferenciam na aparência física. Apesar de viverem momentos de prosperidade econômica países como a Tailândia convivem com regimes ditatoriais e guerras civis, além de terrorismo.

E a América Latina? Como reagirá à crise? América Latrina para muitos, porque na maioria das vezes é usada como escarradeira pelos ianques, mesmo os países menos dependentes como México, Brasil, Chile, Colômbia, Venezuela e Argentina sofrem com esse vizinho intrometido que apenas nos vê como seu quintal. Não é difícil de entender como os norte-americanos e os demais detentores do poder no capitalismo lidam com os que podem menos, como é o caso dos nanicos: Bolívia, Paraguai, e a maioria dos países caribenhos.

A maioria dos países africanos e latinos americanos classe B tem problemas parecidos e reagirão de maneira igual à crise. São países, geralmente dependentes de commodities, como: plantations, minérios, metais preciosos e alguns poucos exportadores de ‘cérebros’ (isso mesmo, um dos grandes problemas desses países é perder seus intelectuais para o Primeiro Mundo, muito disso devido à regimes ditatoriais que não suportam pensadores e fazedores). Majoritariamente vivem sob a égide de regimes ditatoriais e anti-democráticos. E em suma, estão sempre em guerra, seja civil, seja declaradamente militar, ou em vias de golpismo e o pior de tudo são berços do terrorismo.

Como já afirmado acima, pouco ou quase nada mudará nesses lugares, a crise não afetará os países que já são miseráveis, porque estes não têm mais pra onde cair, apesar do fundo do poço deles ser bem mais fundo do que imaginamos, eles na prática já chegaram lá. Aqueles que estavam ensaiando um vôo e arremeteram antes da crise devido às disputas tribais e setoriais internas e aos golpismos de sempre.

Faço ‘aspas’ para a Bolívia, na América Latina, e para o Vietnã na Ásia. A Bolívia, que terá uma chance ímpar de se aproveitar da crise para tirar o pé da lama, a dependência do gás boliviano fará com que Argentina e Brasil tenha que aceitar um reajuste nas tarifas para manter seus parques industriais em funcionamento pleno, além do mais, ela possui outras commodities interessantes para os países desenvolvidos (não estou me referindo às drogas). O Vietnã tem uma população que quer se libertar da pobreza e um governo, que apesar de autocrático, vem demonstrando empenho nesse intuito.

Na África alguns países sub-saariano podem deslanchar, se não fosse pelo fator político, pois devido às alterações climáticas provocadas pelo aquecimento global, em algumas localidades próximas ao deserto do Saara já é possível cultivar várias espécies de plantas industrializáveis. Se bem aproveitados, esses recursos poderiam tirar da miséria muitos países, mas a politicagem atrapalhará, com absoluta certeza.

Países como: África do Sul e Namíbia (diamantes e ouro), Nigéria e Venezuela (petróleo), México (NAFTA), Argentina, Colômbia e Chile (serviços e algumas commodities) são temas para outra conversa, pois fogem da generalização de simples países subdesenvolvidos e ingressam numa nova categoria estratégia de países com economia e desenvolvimento lentos, porém com grande potencial, que passaremos a chamar de elefantes e baleias da economia moderna.

Espero que tenha podido ajudar na compreensão da crise dos efeitos dela para os países nos próximos seis anos pelo menos.

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