segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

ANÁLISE, CRÍTICA E SUGESTÕES ÀS PROPOSTAS URBANÍSTICAS, SECURITÁRIAS, SANITÁRIAS E EDUCACIONAIS DA NOVA PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO

O MEIO AMBIENTE AGRADECE, PREFEITO!

Acertadamente, o prefeito Eduardo Paes tenta fazer o que já era para ter sido feito há muito tempo. Com a implantação, de verdade, dos ecolimites ele tenta evitar duas mazelas que acometem a cidade do Rio de Janeiro: que as favelas cariocas cheguem ainda mais longe morro acima, e que isso ocorra colocando as últimas ‘gotas’ de florestas abaixo.

É de se elogiar o empenho demonstrado pelo seu secretariado envolvido na empreitada, todos os entes que foram acionados disseram presente. A secretaria de ordem urbana e a de meio-ambiente trabalham em conjunto e tudo indica que haverá também outras medidas além de somente murar o limite entre a favela já consolidada e a mata.

O monitoramente deverá ser on-line e em tempo real, só não está definido quem o fará, mas só o fato de alguém estar de olho no que ocorre já é algo louvável. Muito disso se deve ao exemplo dado por Carlos Minck, excelente quadro do governo Cabral, que fora ‘capturado’ pelo governo Lula para o Ministério do Meio Ambiente em substituição à não menos competente Marina Silva. Minck, assim que assumiu, tomou atitudes impactantes, muitas de marcketing, que visavam à conscientização popular, como colocar a disposição imagens das queimadas na Amazônia (uma coisa é você ver números da queimada, outra é ver em tempo real a coisa acontecendo).

Atitudes como essas fazem com que o povo comece a levar a sério algumas das proposições dos políticos. A implantação de ecolimites de verdade e não de mentirinha que havia antes é algo que já causará grande impacto, pois será visível um muro, como o de uma Berlim às avessas, separando o que pode do que não pode. Faço apenas uma ressalva: as imagens on-line deveriam ser abertas para que qualquer um na sociedade pudesse tomar conta desses limites e denunciar qualquer quebra de segurança.

Mas a preservação das nossas matas que restam passa pela educação, temos que dar subsídios aos futuros cidadãos cariocas para que possam ajudar na preservação da nossa floresta. Alguns fatores fariam com que a floresta fosse um bem desejável, como por exemplo, o arrefecimento do clima do seu entorno. Em um local tropical, onde as temperaturas beiram os quarenta graus e o clima de monção-brasileiro faz com que as chuvas carreiem o que há nas encostas desflorestadas, cuidar da saúde das nossas matas deixa de ser formalidade para ser questão estratégica de segurança e de amor a vida.

Na maioria das vezes eu desço o pau nos políticos, e o prefeito mal assumiu e já tasquei a lenha no pobre, mas agora dou o braço a torcer: nós e o meio-ambiente agradecemos, prefeito!

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