quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

A CRISE NOSSA DE CADA DIA: COMO OS PAÍSES REAGIRÃO A CRISE DE CRÉDITOS MUNDIAL? 2

OS PAÍSES CENTRAIS DO CAPITALISMO (ESTADOS UNIDOS, JAPÃO E A ZONA DO EURO)

Os principais países na geoeconomia foram os criadores da crise atual (na verdade de todas as crises), pois foi nesses países que a ciranda do crédito podre começou há alguns anos. Quando havia dinheiro real na praça, a festa rolava solta, porém, quando colocaram dinheiro virtual, aí o sistema quebrou, pois bastou não haver dinheiro para pagar uma dívida creditada que logo todos queriam pegar de volta seus dólares e assim, através de um efeito dominó, todos os dólares reais foram requisitados e os virtuais também, porém estes...

Os países centrais são: Estados Unidos, Japão e Alemanha (principal país da zona do euro). Há alguns coadjuvantes de respeito nessa equação, a Grã-Bretanha e a França, mas sem muito poder de barganha real. Em uma análise mais pormenorizada, notaremos que as cartas são dadas pelos três primeiros. Por isso falaremos mais sobre eles.

ESTADOS UNIDOS

Podemos depositar na conta deles os prejuízos causados por essa crise. Foram eles quem começou a ciranda, também serão eles que terão as maiores perdas em termos quantitativos, uma vez que qualitativamente a sua economia pujante absorverá com relativa facilidade os golpes. Com um produto interno bruto (PIB) de cerca de treze trilhões de dólares, os EUA são responsáveis por quase um terço do PIB mundial. Portanto, se eles perdem, todos perdem com ele, inclusive e principalmente o Brasil.

A maior dificuldade que eles terão para superar a crise será em relação à desconfiança do próprio povo norte-americano, mas se for feita uma boa propaganda para o consumo, e eles fazem isso muito bem, aliando-se a isso uma farta distribuição de crédito bom (não o podre) e dinheiro indireto. Também seria de todo proveitoso azeitar a máquina econômica com redução de impostos e fomento aos pequenos e médios empresários (são eles que mais distribuem renda e empregam) e a implementação de uma política menos restritivas aos produtos agrícolas de países menos favorecidos, o que baratearia alguns produtos e incentivaria o consumo.

Também seria bom que a competitividade da sua indústria fosse fomentada, uma vez que a defasagem em relação aos europeus e asiáticos é visível. Principalmente nas indústrias automotivas, já que seu parque obsoleto vem perdendo a corrida, sem trocadilho, dos carros, em qualidade e preços, bem como na acessibilidade a certos mercados.

As demais indústrias americanas estão levando de goleada das demais, em quase todos os setores da economia, principalmente quando duelam com japoneses, coreanos e alemães. Sua base energética também é das piores em desempenho e no custo-benefício, além de ecologicamente degradante.

Seu maior trunfo se encontra nos serviços, principalmente nos quaternários, onde comandam com eficiência todos os processos da globalização, o principal deles, a internet, é basicamente uma invenção e latifúndio norte-americano. Na prática, reside aí a salvação da lavoura (da economia melhor dizendo) americana. Basta que voltem a fazer o que sempre fizeram de melhor, propaganda do seu sistema perfeito e o convite ao seu lema: consuma hoje, pois amanhã pode não ter mais!

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