sexta-feira, 27 de março de 2009

COMO MELHORAR O ENSINO NO BRASIL SEM GASTAR MAIS POR ISSO?

Por uma Educação Tecnológica Para a Inclusão Digital

É fato que vivemos em um mundo quase que completamente conectado. Excetuando-se alguns rincões na África e na Ásia, quase todo lugar do planeta está acessível ao toque de um teclado, seja ele de um computador ou de um telefone móvel.

Também é fato que as nossas crianças, em quase sua totalidade, são muito melhores do que nós, balzaqueanos ou quarentões, em se tratando de novidades na área da informática. Além do mais eles já nasceram conectados, fato este que pode ser percebido por algumas comparações simples com gerações anteriores a que surge.

No começo do século XX, os recém natos não abriam os olhos antes de completar uma semana, em média. Alguns antes disso, outros depois. E, além disso, só começavam a falar com dois ou três anos e seu vocabulário era praticamente monossilábico. Em meados do século XX, as crianças na maioria ainda nasciam de olhos fechados, salvo raras exceções. Novamente o vocabulário era mono ou dissilábico.

No final do século XX, a partir da década de 1980, começaram a surgir as crianças que podem ser consideradas Ser humano 2.0. Criancinhas que nascem com os olhos abertos e fixos nos rostos de mães e enfermeiras. Muitos desses seres espetaculares nascem rindo. Também pudera, nasceram no melhor dos mundos. Onde apesar de todos os entraves, a qualidade de vida e a expectativa de vida são muitíssimo superiores aos da nossa geração de baby-boomers.

Agora, iniciando-se o século XXI, temos a geração que sonhamos, e até fizemos filmes com ela, como 2001 uma odisséia no espaço. São crianças 2.1. ou seja, aquelas que além das características das recém nascidas do final do século passado, tem outras tantas vantagens comparativas. Como exemplo disso temos bebês que são articulados e que surpreendem os pais e funcionários das creches com suas artimanhas.

Como ensinar essa novíssima leva de seres humanos evoluídos? O que ensinar para eles, se é que podemos dizer que ensinaremos algo? Quais as necessidades que essas pessoas superiores terão? Como fazer com que eles se norteiem no novo mundo? Como fazer algo por eles se ainda estamos atrelados a um passado recente? Como ensinar algo para eles se nós somos apenas seres humanos 2.0 ou 1.0?

Explico: mesmo com a nossa defasagem em relação às tecnologias existentes e as que estão por vir (pois a informática e as telecomunicações evoluem de maneira sem precedente na história humana), temos condições de nos colocarmos disponíveis para as questões que eles levantarão, mesmo que com algumas dificuldades.

Para tanto teremos em primeiro lugar, que nos atualizarmos em alguns setores que não dominamos plenamente. Quem com mais de trinta anos de idade não se enrola com o novíssimo MP11, ou com aquela câmera fotográfica ou de vídeo com tantos megapixels quanto nossas idades? Por esse motivo, para não passar vergonha perante os experts infantis, devemos nos atualizar.

Ensiná-los a pensar essa tecnologia é o que podemos fazer de melhor, porque viemos da ultima geração que pensa sem ‘muletas’, a saber: aquela geração que não teve que usar calculadoras e computadores para fazer as contas. Não usávamos Excel para corrigir as nossas contas e nem o Word para corrigir nossos textos. Isso porque éramos pensadores.

Fazê-los entender para quê devem usar toda a tecnologia disponível para o bem comum, sem a utilização deletéria que presenciamos hoje. Essa geração 2.1 será a que vai levar a humanidade a um salto qualitativo na evolução. Isso já vem ocorrendo em países asiáticos, por que não fazê-lo também por aqui?

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