domingo, 27 de julho de 2008

Quem é o inimigo? Quem é você?

Polícia, para quem precisa... Quem precisa?

Uma unificação entre as polícias civil e militar seria em teoria muito bem vinda. Mas na prática torna-se dificílimo essa união, o ideal não seria necessariamente unindo polícias apenas, há de se ter mais entrosamento entre os três poderes (Judiciário, Legislativo e Executivo) nas três esferas de poder. Pois bem, o policial não perde mais tempo em prender, porque sabe que o judiciário vai soltar o meliante, isso inibe qualquer tentativa de moralização no país. Torna-se mais fácil assassinar ou arrancar algo do suposto criminoso, do que perder tempo levando-o à Corte, pois será, fatalmente, devolvido à rua e se tornará um problema no futuro para o policial que o prendera e para seus familiares, pois sabemos que a maioria dos policiais brasileiros, mora perto do local de trabalho, do nicho do crime organizado, a saber, nas proximidades das favelas, que deveria adentrar para combater o narcotráfico e outros delitos.

Também ouvimos falar em unificação das polícias, ora unificar policiais corruptos só irá aumentar a força desse poder paralelo, sabemos que o mau exemplo vem dos maiores, são eles que recebem a maior quantia do suborno e que dividem a bolada segundo o seu interesse, são eles que escolhem o policial do esquema, aquele que se nega é logo posto como ‘bucha de canhão’ numa enrascada ou incriminado, todos já sabemos disso tudo, só o Estado é que não quer ver, e ficam com o ‘papo furado’ de unificação, rearmamento e gastança de recursos públicos em um monte de bugigangas imprestáveis, como aqueles mini-helicópteros com câmaras para filmar bandidos que no final só servem de alvo móvel para testar a pontaria dos meliantes.

E por falar em polícia...

Não nos espantamos mais quando sabemos do envolvimento de policiais corruptos ou corruptores (corrupção passiva e ativa) em casos de crimes comuns e hediondos que acontecem nos grandes centros urbanos brasileiros, apesar disso continuamos a confiar nas nossas polícias federal, civil, rodoviária e militar para resolverem os casos mais intrincados.

Esse paradoxo parece estranho, mais é simples de explicar, a população não é tola e sabe que não é a maioria da polícia que se corrompe e se bandeia para o lado esquerdo da Lei. Na verdade conhecemos policiais militares e civis que moram em favelas e vivem de maneira extremamente honesta, apesar do risco. Muitos deles têm, na verdade, que se esconder e sair de casa sem farda para o trabalho, pois a paisana eles evitam que sejam reconhecidos pelos bandidos e que seus familiares sofram as represálias.

Na verdade quem polui a polícia é o próprio poder público, que paga um salário ridículo aos seus profissionais da segurança, aliás, também paga-se muito pouco aos professores nesse país, o que fecha um ciclo malicioso, a saber: nós não educamos e sem educação aumenta a criminalidade, por isso se prende mais. Ganhamos mal, por isso nos corrompemos. Ninguém nos fiscaliza, por isso a facilidade de fraudarmos. Sendo assim os que deveriam dar o exemplo são os que deixam mais a desejar, haja vista os casos em que militares de altas patentes são flagrados em situações bastante comprometedoras, como: no caso de policiais que dão apoio tático aos bandidos com o consentimento de seus superiores, vendem armas apreendidas de outras facções para os rivais, recebem o ‘arrego’ e depois dividem o produto da extorsão com seus superiores mediatos e imediatos como bem sabemos que acontece nas maiores centrais urbanas.

Outros agentes da Lei, por exemplos, são os que fazem a segurança de bicheiros e novamente com o aval dos ‘cabeças’ da corporação; ainda outros que são donos de caça níqueis; os que dominam os transportes alternativos. Há também os muitos que comandam o tráfico e outros que fazem a formação de grupos paramilitares conhecidos como milícias ‘polícia mineira’ nas periferias, comandando as comunidades com mãos de ferro e igual crueldade que costumamos associar aos narcotraficantes; isso entre tantos outros exemplos de desvio de conduta daqueles que são pagos (mal) pelo Estado para a nossa proteção.

Concluindo

Por agir como um animal acuado e raivoso a polícia se tornou uma escola de violência, é lá que muitos aprendem, pela convivência e proximidade com o crime, as artimanhas necessárias para perpetuarem um poder paralelo, que aparentemente não pode ser combatido, pois nem ao menos é abertamente discutido com a sociedade.

APENAS PARA ILUSTRAR:









Um comentário:

Unknown disse...

oi!!!prof carlos adorei sua ideia como sempre vc sempre se superando
100000000000000 bjos

MSN

Indicador de Status
Powered By Blogger

ESTATÍSTICA