ÍNDICE
1 – INTRODUÇÃO
2 – O ECOTURISMO AFETANDO A NATUREZA E A COMUNIDADE
3 – PROBLEMAS CAUSADOS PELO ECOTURISMO
4 – O ECOTURISMO VIA CAÇA AMADORA NO RIO GRANDE DO SUL
5 – CONCLUSÃO
6 – BIBLIOGRAFIA
1 – INTRODUÇÃO
O Ecoturismo é uma das áreas do turismo que tem mais atraído visitantes no mundo todo, e em especial no Brasil. Locais até bem pouco tempo atrás de poucos atrativos se tornaram verdadeiros paraísos para turistas que querem desfrutar do convívio com a natureza de maneira segura e prazerosa.
Alguns locais passaram a ser assediados e por isso houve o inevitável impacto ambiental, pois é sabido que até as pegadas humanas podem danificar microssistemas onde se encontram várias espécies de insetos e decompositores.
Muitos países têm adotado políticas que limitam a visitação e alguns países criaram verdadeiros oásis ecológicos para proteger suas áreas de fauna e flora exuberantes, como por exemplo a Costa Rica e o Canadá, que dispõem de leis e reservas ambientais bem geridas.
2 – O ECOTURISMO AFETANDO A NATUREZA E A COMUNIDADE
2.1. Aspectos Ecológicos do Ecoturismo
Há ainda muitas dúvidas em relação ao tema, muitos criticam o fato de o ecoturismo promover o estresse e a devastação de áreas verdes, mas há os que acham que pelo contrário, o ecoturismo desenvolve uma espécie de biofilia, favorecendo o instinto de preservação em vez da pugna entre sociedade e natureza, quando o homem tenta a todo esforço dobrar a natureza indômita. Mas de certo é que só tempo dirá se as conseqüências do impacto serão danosas ou se os danos serão absorvidos pela capacidade da natureza em se regenerar por si.
2.2. Aspectos Estéticos do Ecoturismo
Sem dúvida há o enfeiamento dos locais explorados, de certo é muito mais aprazível aos olhos a natureza em seu estado “puro” do que modificado pela mão humana para beneficiar aos exploradores. Essa poluição visual provém do fato de se construir infra estrutura para abrigar o visitante, como hotéis e pousadas.
Por outro lado há a preservação de locais que fatalmente seriam usados para fins antrópicos como a agricultura e habitação. Também o empresário que tira o seu lucro da natureza terá o cuidado de não danificar o aspecto visual, sob pena de perder visitantes e o lucro que move a indústria do ecoturismo.
2.3. Aspectos Econômicos do Ecoturismo
A edacidade do empresariado é o maior problema, os agentes do turísmo ecológico visam o lucro rápido e esta voracidade é prejudicial para o meio pela compra de terras e construção de estrutura hoteleira, esta glutonaria acaba por inviabilizar o próprio lucro da atividade à longo prazo. A tomada de áreas utilizadas por pescadores, caiçaras, agricultores de subsistência, entre outros que usam local, também gera um certo problema, pois envolve indenização por uso capião, que quase sempre deixam de ser pagas. Também a sazonalidade acaba por fazer de algumas áreas menos apropriadas ao lucro, desestimulando o investimento.
Outra causa de impacto econômico é a magnificação de um local onde há o ecoturismo estabelecido em detrimento de áreas menos interessantes ao seu redor, causando um efeito centrípeto de migração, ocupação desordenada dos arredores próximos, o que à longo prazo acarretaria a devastação dessa área e o abandono dos arredores mais distantes.
Por outro lado, manter lugares preservados através da conscientização ecológica pela educação ambiental – para que o visitante volte sempre – retornaria em dividendos para o empresário e para a sociedade local. O pagamento de taxas de visitação, licenças para caça e pesca, etc... garantem renda para a preservação do ambiente e para o sustento de comunidades locais. Há também a geração de renda e empregos ligados a atividade turística de um modo geral, como: agências de turismo, hotelaria, etc... para profissionais como: recepcionistas, camareiras, guias, etc...
2.4. Aspectos Sociais do Ecoturismo
Sem dúvida o impacto do ecoturismo nas comunidades locais é sensível, principalmente do ponto de vista das melhorias a serem implementadas, como infra-estrutura, notabilidade do lugar, quebra do isolamento, inter-relacionamento entre culturas díspares, etc.
O principal fator social negativo relacionado ao turismo ecológico é a fissão na relação harmônica entre a comunidade local e a natureza. Há uma certa contaminação cultural pela imposição do modo de vida do visitante que se sobrepõe ao do nativo. Casos em que há o contato dos nativos com doenças e produtos deletérios do homem urbano. Também muitas comunidades são extintas ou expropriadas de suas terras pelo empresário, e passam a engrossar as estatísticas do desemprego e da violência no país. Muitas vezes a poluição deixada por ecoturistas acaba por danificar o meio de sobrevivência do cidadão ribeirinho, pescador, caiçara ou extrativista.
3 – PROBLEMAS CAUSADOS PELO ECOTURISMO
3.1. Problemáticas do Ecoturismo: A Imissão de Espécies Não Nativas
Um dos principais problemas ocasionados por qualquer atividade que tenha contato com a natureza é imissão de espécies não nativas, como insetos e ratos, que são atraídas pelo lixo deixado pelo visitante ou explorador e passa a competir com os nativos, com o privilégio de não ter predador natural para o controle ecológico.
3.2. Problemáticas do Ecoturismo: Estresse do Meio Ambiente
A falta de organização das visitas também é um fator de estresse para o meio, a mata tem ciclos que são alterados pelo número excessivo de pessoas, verdadeiro bulício que acaba por contaminar a área e espantar espécies nativas, quando não as extingue de uma vez.
3.3. Problemáticas do Ecoturismo: A Natureza como Terreiro
As religiões afro-descendentes também têm papel fundamental em produzir problemas para o ambiente, elas usam a natureza – cachoeiras, montanhas, cerros, etc... – como seara para suas práticas religiosas, impactando o local.
3.4. Problemáticas do Ecoturismo: Roubo de Espécies
Outro problema comum e bastante danoso para o meio é o abigeato, animais silvestres são retirados do seu hábitat para serem vendidos nas cidades, ou mesmo como souvenir, para avivar a lembrança do passeio ecológico. Também se dá o mesmo com espécies da fauna e da geologia da região de ecoturismo, muitas plantas, seixos, conchas, e outros materiais são retirados para serem levados como lembrança para o turista, muitas vezes estimulados pelos empresários.
4 – O ECOTURISMO VIA CAÇA AMADORA NO RIO GRANDE DO SUL
4.1. Preservar Áreas Verdes da Ganância do Homem
No Brasil há um esforço em se transformar áreas verdes em parques e reservas, outros locais que apresentam bastante atrativos são loteados e explorados por empresários para o ecoturismo, gerando empregos e divisas para o lugar
Em países como a Argentina, o Uruguai e o Chile, nossos vizinhos, o ecoturismo e a caça são bastante desenvolvidos e o nível de preservação ecológica destes países é dos melhores do mundo segundo entidades como o Greenpeace. Ao lado de países da europa e do Canadá e Estados Unidos que também liberam a pesca, nossos vizinhos e o estado do Rio Grande do Sul, aprimoraram leis e policiamento ecológicos, bem como a conscientização de empresários e usuários em relação à preservação do ambiente para futuras empreitadas.
4.2. Agricultura, Indústria e Pecuária: Perigos ao Meio Ambiente
O estado brasileiro do Rio Grande do Sul, localizado na Região Sul do Brasil, deu passo importante na preservação de áreas de seu meio ambiente, que estavam ameaçadas devido a ampliação das fronteira agrícolas, isso se deu quando foi liberada, naquele estado, a caça amadora, visando coibir a caça predatória.
Hoje em dia é sabido que o maior perigo implementado pelo homem ao meio ambiente é a ampliação das fronteiras agrícolas. Na Amazônia, por exemplo, há o desmatamento de vastas áreas verdes, por queimada, para o plantio comercial de espécies vegetais que não se sabe nem se serão bem sucedidas. No Centro-Oeste, o cerrado já está praticamente ameaçado de extinção devido ao plantio de soja. No Sul do país há a azáfama dos agricultores em expandir o território agrícola, com a agricultura de subsistência e comercial, bem como da pecuária.
4.3. Preservar Para Caçar
No Brasil os empresários e caçadores compram terras de grande extensão para promover a caça amadora. A caça amadora, por incrível que possa parecer, preserva mais a natureza do que a depreda, o interesse do caçador é apenas o de abater uma determinada espécie, mesmo assim há um controle de espécies que estão ameaçadas. Foi instituído no estado vários organismos para preservar (institutos de proteção à fauna), patrulhar (polícia ambiental: federal, estadual e municipal) e pesquisar (Universidades, etc...) o ambiente.
5 – CONCLUSÃO
5.1. Ecoturismo e Ecodesenvolvimento São Viáveis
A viabilidade do Ecoturismo se deve em boa parte às políticas de proteção ambiental, uma vez que a ausência delas permite abusos e alterações no tênue equilíbrio ecológico das áreas visitáveis. O ecoturismo é bastante benéfico em termos econômicos, pois garante o emprego direto e indireto e o sustento de muitas famílias, bem como o lucro do empresariado.
É possível o desenvolvimento de áreas atrasadas através do ecoturismo, para tal é preciso que haja a conscientização dos agentes que atuam no contexto. Muito ainda falta para fazer em termos de preservação e exploração ‘positiva’ do meio. Mesmo sabendo que qualquer atividade impacta o ambiente, é natural que as áreas de beleza e atração especiais sejam utilizadas para o desenvolvimento de pacotes turísticos que visem o desfrute da natureza de maneira razoável e consciente.
Deve-se ter, também, o cuidado de pela relação equânime entre os atores do processo, para que um não ganhe em demasia em detrimento dos outros, não falamos em ganho financeiro apenas, aí também se inclui o social e a preservação do meio, ambos são a razão de ser do desenvolvimento, de que adiantaria para um país, estado ou município, ser rico economicamente, porém assolado por graves crises sociais e ambientais.
6 – BIBLIOGRAFIA
CIÊNCIA HOJE. Revista periódica mensal. Editora SBPC. RJ. Várias edições;
ECOLOGIA, DIREITO DO CIDADÃO. Vários autores. Editora Banerj. RJ, 1.994;
ECOLOGIA E DESENVOLVIMENTO. Revista periódica mensal. Editora Terceiro Milênio. RJ. Várias edições;
ÉPOCA. Revista periódica semanal. Editora Globo. SP. Várias edições;
FELDMAN, Fábio. Guia de Ecologia. Editora Abril. SP, 1.992;
GALILEU. Revista periódica mensal. Editora Globo. SP. Várias edições;
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ecologia hoje. Editora Ática. SP, 1.995;
INTERNET.http://www.ecof.org.br/;
MAIMON, Dalia. Passaporte verde. Editora QualityMark. SP, 2.000;
MANUAL GLOBAL DE ECOLOGIA. Vários autores. Editora Augustus. SP, 1.996;
SARIEGO, José Carlos. Educação Ambiental. Editora Scipione. SP, 2.000;
SUPERINTERESSANTE. Revista periódica mensal. Editora Abril. SP. Vários edições;
VEJA. Revista periódica semanal. Editora Abril. SP. Várias edições.
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