COMIDA É O QUE NÃO FALTA
Vinte e três milhões de brasileiros passam fome. E todos os dias nós jogamos fora no país comida suficiente para nutrir cerca de dezenove milhões deles. Precisamos fazer esse alimento chegar ao estômago de tanta gente, através de uma logística que transporte essas sobras dos restaurantes, feiras e supermercados até quem precise. Também precisaríamos de mudanças nas leis para que aqueles que doem as sobras não sejam acionados caso haja algum incidente de percurso (intoxicação, contaminação, etc.). E acima de tudo precisamos incentivar aqueles que ainda não despertaram para a doação de sobras alimentícias com incentivos fiscais.
Hoje, só cerca de 40% da produção agrícola vira comida no prato de alguém, o resto fica pelo caminho perdida no transporte ou descartada pela aparência, e as sobras são descartadas.
No lixo
De cada cem caixas de produtos agrícolas plantados, só trinta e nove são consumidos por alguém. Precisamos levar essas sessenta caixas de cem que se perdem até a mesa de quem passa fome. Evitando perdas nos caminhões e jogar fora o que ainda serve.
Desperdício: Embora seja possível aproveitar 100% do lixo, só 13% é efetivamente aproveitado, principalmente com a reciclagem de papel, lixo orgânico, vidros, plásticos e metais. Cerca 14% do alimento vai para o lixo. Nada mais nada menos que 39.000 toneladas de comida que poderiam ser reaproveitadas como alimento. Muito disso, porque a Lei puniria caso essa comida chegasse a mesa de quem precisa e ocorresse algum tipo de problema, ai os supermercados e restaurantes preferem descartar esse monte de comida.
Vamos acompanhar esse processo:
• 20% perda no plantio e na colheita.
• 8% perda no transporte e no armazenamento.
• 15% perda na indústria
• 1% perda no varejo
• 17% perda no consumidor
• 39% restante que chega a ser consumido
FONTES:
• Revista Veja. 22 de Dezembro de 1999, p. 200 e 201.
• Revista Veja. 23 de Janeiro de 2002, p.82-93
• Superinteressante. Edição 174, Março de 2002, p. 47-51
• Superinteressante. Edição 187, Abril 2003, p.37
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