INTRODUÇÃO
Um país fadado às conquistas
Os Estados Unidos da América parecem ter nascido para dominar, “determinísticamente” falando, foram beneficiados por um “começo” bastante proveitoso. Colonizados de maneira diferente dos demais países americanos, tiveram como “pais” os puritanos da Inglaterra com seu idealismo de dominação pelo exemplo ( e olha que a própria Inglaterra já era, nesta época, a nação hegemônica). Os puritanos tinham o objetivo de impor ao mundo sua cultura e antes de mais nada precisavam fortalecer suas colônias e produzir uma estrutura (daí o exemplarismo) na qual o exemplo de seus atos e sua pujança influenciaria as outras nações e como nenhuma outra seria dotada de um território amplo e abençoado e de uma língua dominante e de pais tão poderosos.
E de fato quando as treze colônias se libertaram das “garras” poderosas da “rainha, o que o mundo viu foi o surgimento de uma propaganda forte, e quando foi instituído um governo presidencialista e democrático sob a égide da religião (uma nação de Deus), todos viram que ali nascia a nação que brevemente dominaria todas as outras.
De lá pra cá, todos sabem o que se sucedeu e ocorre, os Estados Unidos da América são os “donos do mundo”, imperam impondo suas crenças, sua cultura, suas roupas, seu cinema, sua arte, etc. Seja pela propaganda excelente que fazem de si (na qual são mestres) seja pela força (Sadhan que o diga) eles são competentes na arte de dominar e fazer guerra (parodiando Sun Tzu).
1- Por quê dominam? A hegemonia cultural e ideológica a força da propaganda
Os aspectos dessa hegemonia está basicamente relacionada ao “american way of life”, ou seja, a maioria dos países além de nutrir um temor piedoso pelo gigante do Norte/Ocidental, tem também uma admiração ingênua pelo que esta nação produz em termos de moda e arte.
Até a década de 1920, o panorama artístico e a moda eram ditados pela Europa (o próprio Rio de Janeiro se orgulhava de se auto intitular a Paris dos trópicos e Uberlândia, até pouco tempo atrás, se dizia a Manchester brasileira), a Indústria Cinematográfica foi surpreendida com a ascensão das produções norte-americanas, hoje de cada cem filmes produzidos no mundo cerca de 98 são produtos holliwoodianos. A força do dinheiro (lógico que provindo do trabalho árduo de uma nação determinada pelo exemplarismo) fez com que se tornasse impossível competir com a indústria cinematográfica norte-americana. No rastro da “telona” vieram os costumes do povo yanque, fomentados pelas suas fortes e competitivas indústrias nacionais, desde beber Coca-cola, fumar Marllboro, usar jeans, até o uso de motocicletas Harley Davison, etc. os atores e atrizes dos Estados e Unidos ou estrangeiros que trabalham em Holliwood faziam a cabeça de toda uma geração e de outras que vieram a suceder.
Os vestidos das Ritas, Sophias, etc. bem como os ternos bem cortados dos Clark, Arrows, Rocks, etc. e até mesmo o estilo bad-boy de Marlon Blando e James Dean, fizeram também levar a bancarrota os estúdios europeus. Hoje, para finalizar, a dominação cultural e ideológica temos os estúdios da Fox, Warner Bross, Sony, etc. que dominam nas telonas (cinema) e nas telinhas (tvs por cabo e via satélite) e mesmo com a ascensão das produções cinematográficas e televisivas asiáticas e européias (como os animês japoneses, o cinema iraniano, chinês e as excelentes fitas européias que valorizam a arte dramática em seus aspectos mais humanos em detrimento do show business), que não fazem cinema milionários, os Estados Unidos continuam a anos-luz a frente dos concorrentes em termos financeiros e ideológicos (propaganda).
2- A força do dinheiro: A hegemonia econômica
Pode-se resumir em uma seguinte constatação: 30 % do Produto Interno Bruto (PIB) mundial está concentrado neste país. São cerca de 11 trilhões de dólares de PIB, o que já equivaleria a todo o PIB do restante das Américas ou ainda da África que mesmo juntos não perfazem essa quantia. Pode se incorporar a esta conta o PIB dos países da Ásia pobre (retirados os Tigres, o Japão e a China) e quiçá de vários outros países espalhados pelo mundo.
Se mesmo somados os PIBs dos 9 países imediatamente abaixo dos EUA, os americanos venceriam, apertado, mas venceriam. Para sintetizar esta questão de PIB: se retirássemos EUA, Japão, Alemanha, França, Inglaterra, Itália e China, praticamente esvaziaríamos o cofre da produção econômica mundial.
A moeda que é base das trocas internacionais é o Dólar americano, apesar da concorrência do Euro e do Yene. Os fundos de pensão dos EUA são os mantenedores de muitas economias emergentes (principalmente as de países em via de desenvolvimento como o Brasil) espalhadas pelo mundo. As empresas norte-americanas são a mola propulsora da economia mundial (altomóvel, fast food, bens de consumo e serviços) apesar de estarem sob forte aproximação das empresas japonesas e alemães que seguem concorrendo arduamente, “cabeça a cabeça”, neste jogo geopolítico.
Apesar de não terem inventado o capitalismo, é nos Estados Unidos onde esta prática está mais disseminada, coesa e aperfeiçoada. Os EUA são o país que melhor propagandeiam a lei de mercado e que melhor impõem as regras do jogo do capital pelo mundo a fora.
3- Os fins que justificam os meios. A hegemonia militar e o uso da força
Após se tornarem a principal nação do planeta, os EUA, através de políticas de intervenção nos assuntos internos de outros países passaram a dominar de maneira ideológica e mesmo física (ocupando países da América Central e Caribe) com a utilização das forças militares, em especial de seu poderoso exército. Por possuir a melhor e mais bem preparada força armada do mundo (sem paralelo, mesmo a OTAN se torna ínfima se comparada ao poderio bélico ianque) os Estados Unidos passaram a usar de força bruta para garantir sua posição hegemônica, seu acesso aos meios econômicos (reservas de petróleo, matérias primas, etc.), mesmo que estes se encontrem em territórios de outras nações, aí o discurso democrático e exemplarista se dilui, como recentemente ocorreu no Iraque, sob a justificativa descabida de defender o mundo de armas de destruição em massa que estariam sendo produzidas pelo governo iraquiano e de autodefesa contra o terrorismo, supostamente financiado por este país.
O poderio bélico americano ficou claro nas duas guerras do Golfo Pérsico e do Afeganistão, também ficou evidente a truculência e a incompetência em administrar o pós guerra. Os EUA são plenamente capazes de atingir qualquer nação no Globo, caso do Afeganistão, a qualquer momento. Além do mais os ianques possuem um sem número de satélites em órbita direcionados para seus principais opositores e aviões espiões invadindo territórios alheios. Recentemente um avião de espionagem dos EUA caiu em território chinês ao colidir com um caça daquele país, matando um piloto da Força Aérea Chinesa. Logicamente que o avião americano estava espionando a linha de frente (militar, ideológica e econômica) chinesa. Os satélites americanos adquirem imagens de quase todo o planeta e as vezes ajudam a guiar ataques remotos contra seus adversários (na chamada guerra cirúrgica).
Os investimentos em armamento e tecnologia militar, bem como em manutenção de tropas e de guerras (grosso modo, os gastos militares) beiram os 25 % do seu PIB, o que é bem visto pela população do país. Não é de se estranhar, pois um país tão poderoso é alvo constante do ódio e da inveja e de tantos outros espalhados pelo planeta. E como a história tem demonstrado, Grécia, Egito, Roma, Inglaterra, etc. já estiveram na posição de hegemonia e não conseguiram sustentabilidade por muito tempo e acabaram ruindo. Com a crescente escalada do terrorismo e a ascensão da China como potência mundial, contando com um exército incontável, é bom e justificável aos olhos da população americana todo esse gasto com a máquina de guerra ianque.
CONCLUSÃO
Manda quem pode, obedece quem tem juízo
Por estarem na posição de fomentadores do desenvolvimento e da cultura mundial, o que também os deixa como o “telhado de vidro” da atualidade, os Estados Unidos da América estão em posição hegemônica confortável, tendo em vista que o futuro da maioria das nações do mundo dependem de seus investimentos e de sua proteção. Por também estarem de posse de um terço do PIB do mundo, tudo leva a crer que esta posição hegemônica dos EUA se manterá por bem mais que um século, pois como já citado anteriormente e parodiando a máxima muçulmana: “se não conquistarem o mundo pela palavra (sua cultura e ideologia de ‘plástico’), conquistarão pela espada! (seu dinheiro e seu incrível poderio bélico)”.
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