quarta-feira, 30 de julho de 2008

A GEOPOLÍTICA DA CRISE DOS ALIMENTOS: A MISÉRIA É NOSSA

A MISÉRIA, A NOSSA, É INEXPLICÁVEL...

O Brasil é um dos mais ricos países dentre os países emergentes e subdesenvolvidos, e é o que, na média, têm o maior número de pessoas miseráveis no mundo dentre o conjunto dos países industrializados em desenvolvimento que é formado por Argentina, México, China, África do Sul, Paquistão e Índia, esta última que tem o maior quantitativo absoluto.
Temos um PIB (produto interno bruto) per capta de cerca de cinco mil dólares. Isso torna inexplicável a pobreza extrema de 23 milhões de brasileiros, mas também mostra que o problema pode ser atacado com sucesso se desenvolvidas políticas de inclusão social e combate a pobreza.
Porém o Brasil é um caso único. A miséria espanta em qualquer lugar do mundo, mas no caso do Brasil é moralmente inaceitável porque o país é o que tem o maior potencial agrícola do mundo, dando credibilidade ao ditado que diz: “Aqui se plantando tudo dá.”

O Culpado no Nosso Caso: Modelo Concentrado e Concentrador de Renda e Terras

O Brasil gasta cerca 21% do produto interno bruto na área social, mas os pobres ficam com a menor fatia desse dinheiro. Os 10% mais ricos da população recebem quase a metade dos recursos distribuídos entre aposentadorias milionárias, e essa conta também serve para a distribuição de terras agricultáveis no Brasil, onde a minoria detém quase 95% das terras. Cerca de 60% dos gastos com educação financia as universidades do governo, onde estudam os integrantes do topo da pirâmide, porque a competitividade é trapaceada devido às melhores escolas que os filhos da classe média alta e dos ricos estudam. Só cerca 2% das despesas sociais são destinadas a investimento em saneamento básico.

Vivendo Como Animais

Completamente excluídos das engrenagens de desenvolvimento da sociedade, os miseráveis são reduzidos a uma condição subumana. Seu único horizonte passa a ser a luta feroz pela sobrevivência.

FONTES:

• Revista Veja. 22 de Dezembro de 1999, p. 200 e 201.
• Revista Veja. 23 de Janeiro de 2002, p.82-93
• Superinteressante. Edição 174, Março de 2002, p. 47-51
• Superinteressante. Edição 187, Abril 2003, p.37

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