ÍNDICE:
1- A SAVANA;
2- O CERRADO (A SAVANA-BRASILEIRA);
3- CARACTERÍSTICAS;
4- ORIGEM DO CERRADO;
5- APROVEITAMENTO ECONÔMICO;
1- A SAVANA
A denominação savana é originária da Venezuela, onde foi utilizada pelo naturalista espanhol Oviedo y Valdez para defìnir os lhanos arbolados que revestem as extensas áreas estacionais venezuelanas. Todavia, foi Tansley, ecólogo inglês, quem reintroduziu o termo no vocabulário americano na década de 30.
Essa formação (xeromorfa) revestindo solos lixiviados é encontrada nas regiões de clima tropical (estacional) mais seco, cujo período de chuvas só ocorre no verão.
Ela é formada por plantas rasteiras, intercaladas por vegetação arbustiva de pequeno porte, pobre em folhas e flores. De acordo com a estação (seca ou chuvosa), a savana muda de aspecto, possuindo mais folhagens na estação das chuvas.
A savana é uma formação vegetal típica da África; ocorre também na Venezuela (vale do rio Orinoco), onde é chamada de lhanos, na Índia onde recebe o nome de jângral e no Brasil, onde recebe o nome de cerrados.
2- O CERRADO (A SAVANA-BRASILEIRA)
No Brasil, o cerrado é típico da Região Centro-Oeste, mas ocorre também em estados das regiões Sudeste e Nordeste. O cerrado ocupando originariamente quase 25% do território brasileilro, é a segunda formação ve-getal mais extensa do país; no entanto, vem tendo sua participação diminuída gradativamente.
Típico de áreas de clima tropical com duas estações bem marcadas, verão chuvoso e inverno seco, o cerrado ocorre em quase todo o Brasil Central, a região Centro-Oeste e arredores, como o sul do Pará e do Maranhão, o interior de Tocantins, o oeste da Bahia e de Minas Gerais e o norte de São Paulo.
3- CARACTERÍSTICAS
Nos cerrados predominam o solo pobre e predominantemente arenoso e profundo que facilita a infiltração das águas das chuvas, longa estação seca, produzindo árvores baixas (2 a 3 metros de altura) de aspecto seco, com galhos retorcidos, tronco de casca grossa (cortiça), geralmente caducifólias, folhas duras e raízes profundas, capazes de extrair água do subsolo (até 20 metros), durante o período de seca.
Essas árvores podem estar isoladas ou agrupadas sobre um "tapete" contínuo de gramíneas como o capim-flecha e o barba-de-bode, que servem de alimento para o gado. Entre as suas espécies vegetais, destacam-se o pequizeiro (de fruto comestível e usado em licor), a lixeira, pau-santo, pau-de-tucano, pau-terra, copaíba, jatobá, sucupira, angico, peroba e o ipê.
Originalmente, o cerrado ocupava uma área de quase 2 milhões de quilômetros quadrados. Hoje, com o desenvolvimento da agricultura e a intensificação do povoamento do Centro-Oeste, essa área reduziu-se a menos da metade.
4- ORIGEM DO CERRADO
Sua origem é ainda desconhecida. Para alguns, ele é produto do clima com alternância entre as estações úmida e seca durante o ano. Para outros, sua origem está ligada ao solo extremamente ácido e pobre. Além disso, certos tipos de cerrado resultam da própria ação humana, através de sucessivas queimadas realizadas em um mesmo local. É provável que o cerrado, também denominado savana-do-Brasil, seja na verdade resultado da ação de todos es-ses fatores ao mesmo tempo.
5- APROVEITAMENTO ECONÔMICO
O aproveitamento econômico do domínio do cerrado faz-se através da pecuária e da agricultura comercial mecanizada (cultivo de soja), que vem destruindo a vegetação natural.
A região dos cerrados vem se transformando numa grande produtora agrícola de soja, arroz e trigo. Isso se deve à aplicação de corretivos e técnicas agrícolas para a melhoria do solo que originalmente não é muito favorável. ao desenvolvimento da agricultura.
Na região dos cerrados a extração vegetal se dá com a retirada de árvores como o ipê, para o aproveitamento de sua madeira e de arbustos como o angico e barbatimão de onde se extrai o tanino, de suas cascas, para ser utilizado no curtume de couro.
A região dos cerrados se constitui na maior área de pasto natural do Brasil e o Centro Oeste é uma das regiões que mais cresceram nos últimos anos o que atrai o interesse de brasileiros de outras regiões.
Esse mesmo crescimento tem posto em risco esse santuário da natureza que é o sertão brasileiro, o ecoturísmo, a mineração, a especulação imobiliária e as queimadas para “preparar” o solo para a agricultura têm transformado o já árido sertão em verdadeiro deserto, mesmo com os esforços de preservação com parques ecológicos e reservas naturais (ver reportagens ao final).
BIBLIOGRAFIA:
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JOEL, CLOVES, SÉRGIO. O Sudeste, Ed.Companhia Editora Nacional;
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SOUZA, Joanita. Ainda Brincando, Ed.E.B. S/A;
VESENTINI, José Willian; VLACH, Vânia. Geografia Crítica, Ed.Ática;
Atlas Escolar de Botânica; Ed. FAE;
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Enciclopédia Larrousse Cultural; Ed. Nova Cultural;
Revista Ciência Hoje; Ed. SBPC;
Revista CREA-RJ; Ed. CREA;
Revista Época; Ed.Globo;
Revista Ecologia e Desenvolvimento; Ed. ETM;
Revista Gallilleu; Ed.Globo;
Revista Superinteressante; Ed. Abril;
Revista Veja; Ed. Abril.
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