OS PROPRIETÁRIOS FUNDIÁRIOS
Os proprietários fundiários, os que detêm a posse de terra, se utilizam dessas terras, que foram ‘herdadas’ do costume colonial, o de fazer barganha com o Estado recebendo terras (sesmarias) e vendendo terras quando as mesmas depreciam-se. Também se aliam ao Estado quando a desocupação de seus territórios (do Estado) está sendo priorizada.
Quando de posse novamente destes territórios eles simplesmente os utilizam para tirar proveito do descomunal déficit habitacional (de moradias) no país em que se inserem, e como na maioria das vezes o Estado usa dos meios menos danosos Para com esses seus ‘parceiros’ imobiliários, fazendo com que sempre quem pague a conta é a sociedade como um todo (utilizando recursos do FGTS para financiamentos de modo a repartir a conta do déficit habitacional e do seu seqüestro para com os proprietários fundiários, com a sociedade).
Sempre quem acaba pagando a conta desse negócio é quem menos tem para colocar na mesa de negociação desta ‘balança’ de poder. Vemos, assim, se perpetuar um mecanismo de exclusão que visa sempre afastar as ‘castas dos párias urbanos’ as mais pobres da sociedade produtora e que menos faz uso dos benefícios que a organização urbana traz. Tal qual existe na Índia, aqui também temos uma clara divisão de classes. Mas nesta divisão com certeza os proprietários fundiários se encontrariam no topo social.
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