O Superpovoamento das Cidades
Sem dúvida um dos maiores problemas para as grandes cidades e também para o planeta em si é a superpopulação. Isso porque a maioria das grandes cidades e muitas das que estão se metropolizando já estão no limite de agüentar o impacto que a sua população crescente causa. Esse aumento desenfreado da população fez com que as prefeituras tirassem da cartola um jeitinho bem brasileiro de evitar o colapso, o rodízio.
No caso de São Paulo, o rodízio virou o assunto do momento, e esse não é o rodízio das churrascarias e pizzarias. É rodízio de carro, rodízio de água, rodízio de rebeliões nos presídios, e por ai vai. No caso do rodízio de carros, automóvel com determinadas placas não podem circular em certos dias; no caso do rodízio de água, algumas ruas têm seu abastecimento cortado em determinados dias e às vezes bairros sim bairro não tem água. O rodízio de penitenciárias tem os mesmos motivos dos outros, a saber: excesso de população.
Devido ao excesso de pessoa, São Paulo poluiu seu ‘principal’ meio de fornecimento de água, o rio Tietê, e por isso tem que retirar água de adutores próximos, de rios de municípios vizinhos e isso acaba encarecendo ainda mais o processo. Na verdade, a população já está sendo taxada indiretamente por esse processo, é até justo que haja uma cobrança direta, pois a população é uma das maiores poluidoras dos rios, devido a falta de educação e de consciência ecológica e mobilização social para cobrar dos governos atitudes, como foi feito em Londres com o rio Tamisa.
Recife também raciona sua água, também encarece os serviços para compensar o desperdício e a falta de consciência de sua população. O caos é ainda maior porque no Nordeste o clientelismo é muito forte, o que dificulta uma tomada de posição dos governantes locais.
Sem dúvida o impacto da superpopulação é algo a se considerar em relação ao futuro das cidades, pois a cada dia fica mais difícil a situação dos cidadãos. Uma saída seria a inversão de uma tendência mundial, a de tornar o êxodo rural em êxodo urbano, ou seja, o caminho contrário, distribuirmos a população das cidades grandes pelas cidades médias, cidades pequenas e pelo interior, numa espécie de retorno ao mundo rural.
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