domingo, 10 de agosto de 2008

AGRICULTURA E CAPITALISMO 2

A relação entre a Industrialização da agricultura e a Produção voltada para as características da natureza.

A agricultura capitalista tenta reverter os quadros naturais que encontra: onde há charcos utiliza-se a drenagem dos pântanos; onde há solo ressequido, há a irrigação; onde o PH do solo é ácido ou básico, há a utilização de cal ou outras substâncias para correção entre outras formas de adaptação do meio ao seu modo de produção, pois é sabido que a terra não pode ser copiada, ou reproduzida como os bens das indústrias capitalistas, o que já inviabiliza muito do ganho desse sistema.

Em contrapartida há modos de se associar o uso da terra para ganho de capital sem que se agrida por demais o solo e o meio, com a implantação de uma agricultura mista, de uma parte destinada a subsistência e a outra para o plantation de exportação.

Repare o que nos propõe Felizberto Cardoso de Camargo do Instituto Agronômico do Norte: Em vez das agrovilas, deveríamos incentivar a agricultura tropical, de acordo com a nossa natureza, na Amazônia, por exemplo, se plantaria arroz, feijão, milho e sisal nos alagados como feito nos deltas do Ganges e do Amarelo, rios asiáticos; na transição entre o alagado e o seco, plantaríamos as trepadeiras como o guaraná e frutos regionais; entre essa faixa e a floresta, o cacau e outras frutas regionais de inter-floresta e por fim no começo da floresta colocaríamos espécies de vida longa como o coqueiro e outras das quais se retiram diversos tipos de madeiras, logicamente com extração controlada.

Poderíamos adaptar essa visão ecológico-desenvolvimentista do professor, para as demais regiões do Brasil e teríamos culturas segundo as possibilidades de cada região e não tentando domar a natureza que é, deveras, indomável, haja vista os estragos que ela nos proporciona quando revida os nossos ataques freqüentes.

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