SAÚDE
Na campanha para a prefeitura, Paes prometeu a abertura de UPAs, porém não vai adiantar de muita coisa se elas estiverem funcionando como agora. Na verdade as primeiras UPAs foram feitas com o propósito de eleger o representante do Cabral na prefeitura. Como o intento já foi conseguido, acho difícil de funcionar como na promessa.
Assim que tomou posse o prefeito foi visitar alguns hospitais, com o propósito de expor as falhas da administração passada, porém quem forçar a mente e chegar até dezesseis anos atrás lembrará que a mesma atitude foi tomada pelo prefeito eleito daquela época. O então prefeitinho, logo que assumiu visitou hospitais e depois nunca mais deu às caras.
Quando o ‘outro’, que atende por título de nobreza, assumiu fez igualzinho. E também, em menos de dois anos já estava tudo bagunçado de novo. Ou seja, só ir pressionar no dia da posse não adianta. Tem que fiscalizar direito, e a melhor maneira de fazer isso é com ouvidorias que funcionem de verdade e uso da internet para monitoração.
Sou funcionário público e sei que é muito difícil acabar com alguns costumes que existem no funcionalismo, o pior deles é a burocracia. Lido com pessoas da época em que eram laçados na rua pra virar estatutário, o que torna essas pessoas relutantes em mudar, pois não fizeram concurso para ingressar e na maioria das vezes elas têm padrinho político.
Tenho certeza que daqui a vinte ou trinta anos, quando esse quadro ‘da antiga’ se aposentar as coisas fluírão melhor e teremos um funcionalismo público mais ágil e comprometido com a modernidade e os interesses da população. Vejo também, infelizmente, ingressarem pessoas nos serviços públicos com a intenção de se encostar até a aposentadoria, o que é, deveras, muito triste. Pois como o nome diz, funcionário público deveria funcionar para o público (o povo).
Digo isso porque quando esse tipo de atitude é na área burocrática o dano é menor, por exemplo, quando um papel não sai na hora e a pessoa espera vinte anos o mal está feito, mas não mata ninguém (às vezes mata), mas quando é um médico ou enfermeiro que não quer trabalhar aí é assassinato. O mesmo vale para a área da educação, onde se o professor se furtar de fazer o seu dever, será vítima da marginalidade que ele mesmo estará criando ou deixando que se crie (lógico que para alguns que querem ser bandido não adianta professor nem família).
Outro factóide é a contratação de professores e pessoal para a área da saúde. Contratação de professores, funcionários, médicos e enfermeiros nos moldes de hoje só atende os peixinhos de determinados políticos locais. Quem não tem padrinho, mesmo se for ótimo no que faz ficará a ver navios. Digo isso por experiência própria, antes de prestar concurso e chegar aos quadros da prefeitura e do governo do estado, tentei esses contratos sacanas e sempre ouvia as mesmas respostas: só entra se for indicado pelo fulano ou pelo sicrano (políticos do partido vigente no governo).
Aqui vão algumas dicas pra melhorar o sistema de saúde: a principal de todas é o uso da televisão e da internet para orientar a população; depois seria prevenir indo de casa em casa (se as testemunhas de Jeová conseguem, porque o governo não conseguiria), mas não com os contratados politicamente, ou de concurso fraudulentos como o que aconteceu recentemente, mas capacitando pessoas da comunidade para serem monitores de saúde pública; a terceira e não menos importante seria a revitalização dos postinhos que passariam a funcionar vinte e quatro horas por dia com equipamentos para atender problemas simples os mais complicados seriam encaminhados para os hospitais; criação ou especialização de alguns dos hospitais existentes em hospitais de guerra para atender feridos por bala e demais violência urbana o que deixaria menos sobrecarregados os atuais hospitais da rede; e, por último, a criação de uma linha direta e gratuita entre o governo e o povo nos moldes do disque denúncia para reclamações e sugestões.
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