sábado, 6 de junho de 2009

A SÍNDROME DA INVISIBILIDADE 2

O PERIGO DE FICAR DEBAIXO DE HUGO CHAVES E AO LADO DE EVO MORALES, RAFAEL CORREA E FERNANDO LUGGO

O pior tipo de político é aquele que quer manter-se ad-infinitum no poder, não é a toa que o presidente Lula descartou um terceiro mandato, apesar do apelo popular. Ele, em verdade, não quer repetir os erros que seus vizinhos mambembes da América do Sul estão a cometer.



Um suicídio político, podemos até dizer, é o que querem aqueles que se tornam uma espécie de imperadorzinho permitido por constituições viciadas. Como é o caso da Venezuela, que aprova qualquer devaneio de Hugo Chaves. Essa espécie de ditador de extrema esquerda, moldado nos formatos dos pré-comunistas e parecido com um kzar deteriorado. Digo isso porque Chaves tenta copiar Stalin e Fidel Castro nos mínimos detalhes.

O pior de tudo é que esse grotesco e asqueroso imitador dos modelos retrógrados de ditadores comunistas anda fazendo escola aqui na América do Sul, vide o que ocorreu nos seguintes países: Equador, Bolívia e Paraguai. Todos colocaram no poder figuras que teriam ideologicamente muito em comum com o monstrengo venezuelano, porém, mais comedimento nos seus modus operandis, sendo um pouco menos ditatoriais em seus países e bastante menos atrevidos fora deles. São: Rafael Correa, Evo Morales e Fernando Luggo, respectivamente.



Agora, o que isso influencia no nosso dia-a-dia aqui no Brasil? Influencia tanto que é inconcebível não ficar pasmo com o que Hugo Chaves faz em seu país em termos de liberdades individuais e de imprensa, e também seria imoral se sujeitar aos desmandos que esse crápula tenta impor ao resto da América. Como a sua teoria do Bolivarianismo, o que é uma tremenda balela sem proporções.



Seus súditos na América, como o boliviano Morales, influenciado por Chaves e seu bolivarianismo, expulsou a Petrobras de seu território, nacionalizou a estrutura brasileira que estavam em seu solo e subsolo, depois tentou nos chantagear com o fornecimento de gás, mais tarde, porém, recuou, e hoje em dia mendiga pelos nossos dólares e dos argentinos, para manter o seu país com o mínimo de estabilidade, uma vez que o equilíbrio interno da Bolívia necessita de dólares vindos dos seus vizinhos.



O seu parceiro bolivariano do sul, o Paraguai, elegeu um fantoche de Chaves, uma figura surreal, como os dois líderes que o influenciaram (Chaves e Morales), esse ex-bispo, que se especializou na paternidade. Diz que o contrato de Itaipu é danoso ao Paraguai. Lembro-me que na década de setenta quase acontece uma guerra entre Brasil e Argentina por causa da instalação da usina hidrelétrica na tríplice fronteira. E todos os custos e passivos ficaram com o Brasil praticamente. Ou seja, o Paraguai ficou com os bônus, e o Brasil com os ônus.

Será uma questão de tempo, em breve o Paraguai pedirá arrego e se contentará com uns trocadinhos a mais, e não com os preços escorchantes que quer pela energia que sobra devido a falta de indústrias de seu mirrado país. A chantagem elétrica de Luggo se compara a chantagem atômica de Kim Jong Il e Mohamoud Armadinejah, só que menos pomposa, o porquê você já sabe: Luggo é paraguaio. Tão falsas como os blefes dos atômicos, são as fanfarronices do nosso vizinho.



De todos os projetos de ditadores da América, o único que tem realmente alguma razão quando reclama é o equatoriano Correa, esse sim, demonstra um potencial racional, haja vista a questão das construtoras brasileiras que estavam em solo equatoriano e não deram conta do recado, a saber: deixaram falhas estruturais na construção de uma usina no Equador. Correa fez certinho o dever de casa, expulsou a construtora brasileira, entrou com processo nos tribunais internacionais, deu calote no BNDES, quebrou um contrato (realmente danoso, devido a incompetência da empresa tupiniquim) e se manteve aberto a conversa com o governo brasileiro para que este reparasse a bagunça que fizera.





Em momento algum se mostrou falastrão como os outros, o que é um perigo. Numa plaga tão carente de políticos de bom tom, um que é apenas razoável, pode parecer um salvador do Equador, ou então, quem sabe, mais um Libertador das Américas. Só o tempo dirá o que será.

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