TIGRES ASIÁTICOS E NOVOS TIGRES ASIÁTICOS
Taiwan, Coréia do Sul, Malásia, Cingapura e Hong Kong (hoje fazendo parte da China), formavam os tigres asiáticos. Tigres porque seu poder de inserção no mercado externo através da exportação de bens industrializados era de tal forma agressiva que esses países se pareciam com verdadeiras feras da economia mundial. Tailândia, Vietnã, Miammar (ex-Birmânia) e Indonésia são os novos tigres asiáticos. Países que seguiram o exemplo dos tigres e passaram a voltar seu projeto desenvolvimentista para o exterior, através de exportações e mão-de-obra barata (na verdade semi-escrava).
Apesar de serem países pequenos territorialmente, os tigres até a década de 2000 e a partir daí junto com os novos tigres cresciam vertiginosamente. Seu PIB era de fazer inveja as baleias da economia. Sua renda per-capita chegou a suplantar a de muitos países desenvolvidos. Porém a maioria deles convivia com caos social e ditaduras civis ou militares. Fato este que acabava por atravancar o desenvolvimento pleno desses países.
Os países que completaram o ciclo de se desenvolver política, econômica e socialmente foram a Coréia do Sul e Cingapura (apesar do governo ditatorial), Hong Kong como dito voltou ao status de província chinesa e apesar de fazer parte da ZEE, passou a ficar sob a sombra da ditadura do PCC. Taiwan vive uma ditadura de direita, nos moldes de Cingapura e ainda convive com as ameaças de retomada do poder pela China continental.
A crise atual na economia fará estragos terríveis nesses países. Devido às suas economias serem baseadas em agressivas exportações e com os países consumidores de seus produtos enterrados até o pescoço no lamaçal que se tornou a economia capitalista, é fácil prevê os transtornos pelos quais eles passarão. A começar pelos problemas sociais que eclodirão quando as fontes das reservas acumuladas das exportações secarem.
A Coréia do Sul terá menos problemas, pois conta com um parque industrial bastante moderno e diversificado. Além disso, conta com uma população bem educada e socialmente bastante estável. Esses dois fatores já seriam o suficiente para uma transição pós-crise muito tranqüila. Mas, o exemplo de fatos pretéritos mostra que não é tão simples assim transpor uma crise econômica, como fora demonstrado na década de trinta pelos norte-americanos.
Outro país que pode transpor com poucos problemas é Cingapura, devido a ser rota obrigatória dos produtos para o Ocidente. Também por se tratar de um povo bastante obstinado e perseverante. Além do mais como há um radicalismo de direita não será possível um levante popular ou coisa que o valha.
A Malásia também deverá passar pela crise com poucos percalços, uma vez que, a exemplo de Cingapura, vive uma situação de ditadura direitista consolidada, apesar de parecerem democráticas aos olhos do mundo, devido a convivência pacífica entre várias etnias e religiões. Esse detalhe é importante, porque não havendo muitas opiniões contrárias o governo fica livre para exercer o poder e intervir na economia, ao contrário de países pluripartidaristas.
Aos novos tigres sobrará um pesado fardo, pois esses países estão começando seus projetos de desenvolvimento e serão engolfados pela crise em pleno momento em que deslanchariam. O Vietnã, por exemplo, terá seu crescimento exponencial estancado e a maioria dos novos tigres ainda nem deram seus primeiros passos, sendo assim surpreendida pela crise enquanto ainda engatinhava rumo ao desenvolvimento.
Lanço minhas fichas na Coréia do Sul de hoje e futuramente reunificada como a grande alavanca dessa região, em parceria com o Japão (após a resolução de rivalidades ancestrais) e com os Estados Unidos (amizade essa para impedir a reunificação com a Coréia do Norte nos moldes comunista). Ela poderá ser o pilar de uma nova economia regional, amparada no Iene (moeda japonesa). Japão e Coréia unificada se tornarão complementares e rivalizarão com a China pela hegemonia do mercado asiático e na liderança do processo de retomada econômica.
Um comentário:
Merci d'avoir un blog interessant
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