JAPÃO
O problema do Japão é parecido com o que passam os Estados Unidos o que diz respeito aos créditos, porém o que agravará a saída do Japão dessa ciranda perversa é o fato desse país ser mais poupador do que consumista.
Apesar do povo japonês adorar novidades e consumir bastantes itens de alta tecnologia, é sabido que sempre que sobra algum dinheiro os nipônicos tendem a guardá-lo para o futuro, pensando em gastar em uma viagem ou na aquisição de algo muito que caro que servirá para um tempo distante.
Não há como convencer o japonês que ele tem que consumir, gastando o que lhe sobra já, para tirar o seu país da lama. Essa dificuldade em fazer o japonês gastar é antiga. É um dilema que o governo tem desde a era do pré-Segunda Guerra Mundial.
O Japão também é muito dependente de importação, pois devido o seu território ser insular e escasso em diversos itens de primeira necessidade, principalmente no que tange a fontes de energia. Com as freqüentes altas na cotação do dólar americano, os preços de diversas commodities necessárias aos japoneses dispararam, porém, os preços do petróleo e do minério de ferro despencaram, o que é um alívio importante em sua balança comercial.
Em comum com os EUA, o Japão também é muito forte no setor terciário, o que pode ser o carro chefe da recuperação econômica, tanto interna como externamente os serviços oferecidos por este país são de suma importância na geopolítica local (Ásia) e mundial.
A indústria japonesa terá um baque fortíssimo na produção (devido à dificuldade na importação de matéria prima energética) e nas vendas (com o dólar alto haverá menos compradores), uma vez mais será preciso a intervenção do governo, no fomento ao consumo interno devido ao alto poder aquisitivo dos japoneses e nos incentivos fiscais para baratear o custo da produção industrial para as empresas.
Num primeiro momento, haverá prejuízo para o governo japonês, mas no longo prazo ele recuperará com juros o que investir agora para retirar o país da crise. Com o povo voltando a consumir e guardando menos, as empresas produzirão mais, gerará mais empregos e maior arrecadação de imposto.
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