domingo, 28 de dezembro de 2008

A CRISE NOSSA DE CADA DIA: COMO OS PAÍSES REAGIRÃO A CRISE DE CRÉDITOS MUNDIAL?

CHINA

Grande potência da atualidade e motor do mundo, a China demonstra-se como a mais vulnerável de todas as nações perante a crise mundial da economia. Apesar de sua pujança, esse país não é auto-suficiente, o que tornará muito difícil uma recuperação plena do tsunami econômico e social que a crise lhe causará.

A explicação é bem simples: a China é dependente de capitais externos e seu consumo interno é ridículo se comparado individualmente. A grande zona de capitalismo chinês se resume aos locais litorâneos, as chamadas zonas de economia especiais (ZEEs) que são na maioria das vezes enclaves capitalistas de ponta, ou seja, conglomerados de indústrias dos países centrais do capitalismo e algumas poucas empresas chinesas originais (algo original na China moderna é quase que inconcebível).

Após a crise a grande maioria das empresas encravadas nas ZEEs passará a se retrair temendo perder dinheiro e também por ter de prestar socorro aos seus países de origem. Sendo assim, não investirão pesadamente no ambiente externo, o que afetará profundamente o crescimento da China. Esse é um dos problemas de se ater à investimentos externos para crescer.

A má distribuição dos recursos econômicos pelo seu território também agravará os efeitos da crise na China. Em alguns lugares a miséria é tremendamente cruel, outros é a natureza que impõe humilhantes derrotas à empáfia chinesa de se arvorar o direito de se considerar o motor do mundo atual. Existem desertos frios e quentes que minam os recursos econômicos chineses. Desertos dificilmente são contornados pela ação humana o que causa a dependência chinesa a diversas commodities, tanto energéticas como alimentícias.

A base energética chinesa é atrasada e extremamente poluente, se por um lado o carvão e o petróleo movem o dragão econômico chinês, o preço que cobra no presente e principalmente cobrará no futuro é muito alto e impagável. Doenças relacionadas ao aparelho respiratório consumirão bilhões de dólares do governo. Imagine que um em cada três chineses sofra com algum tipo de reação alérgica crônica devido ao estado atmosférico do país que é péssimo, na China são pelo menos um bilhão e trezentos milhões de habitantes, faça as contas e verá o impacto que isso causará no sistema de saúde, resquício da época comunista, com todos os problemas herdados.

Além de poluidora artificialmente, a China também o é naturalmente. Seus desertos emitem poeira para a atmosfera o que tem efeito parecido com a CO2. O vento se encarrega do transporte dessas partículas até os pulmões de crianças e idosos, principais vítimas das reações alérgicas.

Outra praga chinesa é o tabagismo, essa doença tem atingido boa parte da população. Mulheres e jovens são os mais suscetíveis nos dias de hoje. Doenças alérgicas são agravadas na presença do tabaco. Além do mais o chinês moderno tem morrido mais de câncer em geral, problemas cardíacos e pulmonares do que seus ancestrais, problemas que vieram a reboque dos ganhos econômicos.

Em relação a geopolítica, a China ainda tem dívidas com regiões conquistadas no porrete, como é o caso do Tibet. Apesar de uma recente reaproximação China e Japão serão eternamente inimigos, o passivo do passado é grande demais para se resolver com apertos de mão burocráticos. Outros países de somenos importância também figuram entre os desafetos chineses, como a Índia (que é potência econômica e nuclear) por disputas territoriais, a Mongólia (inimiga histórica apenas) e os Estados Unidos, que apesar de ser inimigo no campo das idéias (por isso ser de pouca importância) é parceiro econômico.

Muito se diz que a China dominará o mundo daqui a duas décadas, mais isso é pouco provável. O próprio chinês jamais teve a prepotência de querer dominar todo o planeta. Durante as dinastias que tiveram o poder nas mãos, ela (a China) teve condições de comandar o mundo, mas se contentou com um naco dele. A auto-segregação chinesa é uma característica indelével da personalidade dessa nação. Haja vista a sua atitude de se esconder durante a crise, com ações como esta a China mostra que não seria uma líder mundial, a sua pretensão é somente enriquecer com recursos captados.

Socialmente a China é caótica, apesar de não ser amplamente difundida (o governo não deixa noticiar), a população chinesa é composta de miseráveis aos borbotões, analfabetos aos montes, pobres na absoluta maioria, classe média (alguns poucos felizardos) e uma elite dominante resquício do PCC (não do primeiro comando da capital, e sim do partido comunista chinês). As instituições não são modernas e confiáveis, se precisar eles rasgam contratos e usam como papel higiênico quando lhes convier. A pena de morte acontece a torto e a direito, na maioria das vezes por discordância política. A cultura é algo restrito aos nichos, apesar de as TVs mundiais mostrarem como se fosse institucionalizada.

Esses problemas analisados aqui já são o bastante para se ter uma idéia do que esperar da China nesse momento de crise, ainda existem mais problemas que não caberiam nesse artigo. Em síntese o que espero da China é que ela faça o seu feijão com arroz de sempre, a saber: se fechar para que não se contamine com o que há fora de suas quatro paredes. Porém, já é tarde, uma vez que se abriu ao capital externo ela se contaminou com tudo o que há de vil no capitalismo, pois não se pode apenas ter as benesses do capital sem dar sua cota de sacrifício.

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