terça-feira, 1 de março de 2011

UM PADRE CHAMADO MIGUEL, UM BAIRRO CHAMADO PADRE MIGUEL (4ª PARTE)

4 - O MIGUELENSE

4.1. Alegria da Zona Oeste

Quem vive em Padre Miguel é, apesar de tudo, razoavelmente feliz, digo por experiência própria, não mudaria do bairro de livre e espontânea vontade, aqui: estudamos; trabalhamos; conhecemos nossos pares; formamos família; adquirimos boas casas; e temos o comércio local que não é tão pujante, mas o suficiente para não se precisar ir muito longe.

Convido qualquer um a dar um passeio pelas nossas ruas principais em um final de semana, com certeza o que mais veremos será gente. Um verdadeiro formigueiro humano, as pizzarias lotadas com gente de família, os restaurantes onde o forte é o frango assado (Frango Chic), as sorveterias com os adolescentes paquerando e as crianças se lambuzando com os diversos sabores da nossa vetusta Kibom.

Para quem gosta de beber, lógico que com moderação, e sem dirigir depois, aconselho dar uma passada pelos bares do Figueiredo Camargo, desde o Calçadão até as proximidades do estádio Moça Bonita, um vasto corredor alcoólico, com todo tipo de bar e freqüentadores, desde ambientes bastante familiares, até os mal freqüentados, onde muitos perdem a noção da quantidade de álcool ingerida e o resultado é conhecido.

Dizem que quem não gosta de samba bom sujeito não é, mas apesar de morarmos no bairro onde o ponto forte turístico e econômico, mesmo que sazonal é o samba, ainda encontramos pessoas aqui que resiste ao apelo do baticumbum, o escritor que vos escreve é um deles, apesar de viver no meio do samba sou ferrenho defensor da música erudita e apreciador de rock progressivo, mas mesmo assim faço questão de ouvir os sambas-enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel, que também não é unanimidade na região, há muito portelense, mangueirense e salgueirense aqui.

A quadra da mocidade fica logo de frente da estação ferroviária do bairro, colada na Vila Vintém, mas o visitante pode vir tranqüilo, a segurança é garantida, o povo miguelense sabe como cativar o turista. Em dia de ensaios e escolhas de samba-enredo, a quadra fica entupida e a quantidade de carros importados nos arredores é imensa, fazendo a festa dos guardadores, que cobram de cinco a quinze reais para guardar um carrão daqueles que aqui só vemos na televisão.

4.1.2. O Lazer e as Agremiações Carnavalescas

Aqui em Padre Miguel, contamos com duas agremiações carnavalescas, em se tratando de um bairro de pequena área (pouco mais de cinco quilômetros quadrados), a quantidade de Escolas de Samba e de Blocos que existem aqui neste local é exagerada, por isso dizemos que Padre Miguel é capital do samba da Zona Oeste, quiçá do Estado do Rio de Janeiro. achei de bastante relevância as informações contidas no site do Atlético de Padre Miguel, poderia escrever com minhas próprias palavras, ou até mais, mas o teor sintético das informações do site já bastam para o leitor se informar bem do modo de vida do miguelense, a saber: regado à samba e cerveja, por isso achei de bom tamanho a informação e resolvi transcrevê-la a seguir:

Mocidade Independente de Padre Miguel

A Zona Oeste conta com uma das maiores agremiações do Carnaval Carioca - a Mocidade Independente de Padre Miguel. A Mocidade Independente foi fundada em 10 de novembro de 1955.

O primeiro título, como grande escola, foi em 1979, com o enredo "Descobrimento do Brasil", samba de autoria de Toco e Djalma Cril. Depois em 1985, com o enredo "Ziriguidum 2001, Carnaval nas Estrelas", samba de Gibi, Arsênio e Tiãozinho.

Em 1990, com o enredo "Vira, Virou, a Mocidade chegou", samba de Tiãozinho,Toco e Jorginho Medeiros. Em 1991, com o enredo "Chuê, chuá as águas vão rolar", samba de Toco, Tiãozinho e Jorginho Medeiros. Em 1996, com o enredo "Criador e Criatura", samba de Dico da Viola, Beto Corrêa, Jorginho Medeiros e Jefinho.

Quadra de ensaios: Rua Coronel Tamarindo, 38 - Padre Miguel
Cores: verde e branco
Site: www.mocidadeindependente.com.br

Unidos de Padre Miguel

A Unidos de Padre Miguel foi fundada em 12 de novembro de 1957. O início da escola foi esfuziante, pois logo em seu primeiro desfile na Praça Onze em 1959, sagrou-se campeã e adquiriu o direito de se apresentar entre as grandes em 1960.

No entanto, devido à falta de experiência, foi rebaixada em 1961. Voltou a desfilar entre as grandes em 1964, 1971 e 1972. A escola vem passando por sérias dificuldades financeiras, e esta situação vem se refletindo em suas classificações.

Hoje, a escola está no Grupo de Acesso D.

Quadra de ensaios: Rua Mesquita, 8 - Padre Miguel,Cores da Escola: vermelho e branco

4.2. A Densidade Demográfica do Bairro

Andando pelas ruas do bairro a qualquer hora do dia, uma coisa é certa de se encontrar, pessoas, seja muito cedo, de manhã, ao acordar com as galinhas, vê-se logo um grupo de idosos, ou jogando dama, ou baralho, ou bebendo (o maior consumo de bebida alcoólica per capta durante um bom tempo era aqui no bairro), ou simplesmente (e bom) caminhando pela ciclovia saudavelmente. A tardinha, são as crianças brincando, o ir e vir de estudantes das várias escolas do local, as donas de casas colocando a fofoca em dia depois do almoço pronto (não necessariamente, pois a fofoca no bairro é primordial e de extrema importância para a socialização dos novos moradores), os desempregados (que são muitos!), que vão e vem atrás do que fazer e até mesmo os viciados e traficantes do bairro que se encontram às claras para negociar, sem medo de ser feliz. À noite é muito comum às pessoas amontoarem-se com suas cadeirinhas no portão, mesmo com toda a violência tão propalada pelo bairro, os casais de namorados no portão, alguns comedidos outros com bastante despudor. Essa gente faz questão de se mostrar, de estar presente, esfregando na cara de todos o seu prazer de ser miguelense, apesar da decadência da região.

Isso é muito visível e se deve, sobretudo ao fato de termos um enorme contingente populacional, numa área relativamente diminuta. Com um comércio movimentado, apesar de minúsculo, onde predominam os informais e a camelotagem em relação a grandes redes.

Padre Miguel tem a maior densidade demográfica da microrregião da Grande Bangu e uma das maiores da Zona Oeste e do Município do Rio de Janeiro (são cerca de doze mil habitantes por quilômetro quadrado). Sua área construída se aproxima do índice de cem por cento, predominam na paisagem os prédios, com blocos de três andares (IAPI/Caixa D'água), quatro andares (INPS) e cinco andares (D. Jaime Câmara).

Mesmo as casas baixas, são na sua maioria sobradadas e muitas com construções que aproveitam todo o terreno, é bastante comum no local que os filhos casem e construam no mesmo terreno da casa dos pais, não por apego e amor incondicional aos velhos, mas pela dureza desses tempos, onde um mero terreno de duzentos metros quadrados custa cerca de quinze mil reais, mesmo numa área tão desvalorizada como aqui.

4.3. Aspectos da Dinâmica do Trabalho em Padre Miguel

Em se tratando do emprego direto, há uma carência muito grande no local, não temos aqui nenhuma indústria significativa, o comércio está em decadência, como o dos demais bairros da região, houve até a tentativa de um mini-shopping center, no espaço onde antes funcionava o Supermercado Maracanã, que tal qual o supermercado faliu e hoje há uma casa de show no local, não se sabe até quando, pois o local parece amaldiçoado, uma vez que todo investimento ali acaba se perdendo. Há um outro mini-shopping center em direção ao sul do bairro (na direção do maciço da Pedra Branca), entre outras micro-empresas e comércios e serviços de pequeno porte (como os do Calçadão e das avenidas de maior movimento), mas mesmo esses investimentos são muito pouco para abrigar a mão-de-obra local, o que faz com que grande contingente trabalhador se desloque pela manhã em direção ao Centro da cidade ou em direção oeste (Centro de Bangu, Campo Grande e Santa Cruz) para seus empregos formais.

Na realidade, o desemprego é alto na região, como em todo Brasil, é verdade, mas a agravante é que, apesar de o crescimento da cidade está se dando em direção a Zona Oeste, os novos pólos industriais são distante demais do nosso bairro (Brahma próximo do Viaduto dos Cabritos em Campo Grande, Manguariba, Santa Cruz, etc...). A atração para o eco-turismo, também está distante do bairro, as áreas de mata original dos maciços da Pedra Branca e do Gericinó, estão dentro dos limites de outros bairros ou municípios.

Não contamos aqui com organismos que poderiam melhorar a dicotomia entre emprego e mão-de-obra, como Associação Comercial (como a ACIRB, por exemplo, que zela pelos interesses do comércio de Bangu), nem temos aqui quem cuide da cultura ou da memória coletiva do bairro como fazem alguns Centros Culturais (Como o José Mauro de Vasconcelos, onde se guarda a memória do bairro de Bangu), mesmos os artistas que nasceram, moram ou moraram aqui fazem pouco do local, muitos nem ao menos divulgam sua origem, como se fossem perder o brilho por isso.

Para a maioria dos desempregados do local, resta o subemprego sem carteira assinada, os serviços ambulantes, segurança patrimonial informal (toma-se conta de carros, lojas, condomínios, etc...), o transporte alternativo irregular (kombi, van e as moto-táxi na estação de Padre Miguel), o mercado informal (como os inúmeros botecos, lava à jatos, e lojinhas que não recolhem impostos) e a camelotagem (SILVEIRA, 2002). É difícil andar pelas ruas de Padre Miguel e não se deparar com qualquer um desses serviços, os mais visíveis são os camelôs, mas os lavadores e tomadores de conta automotivos estão disseminados por toda parte chegando a haver concorrência entre os preços e serviços dos prestadores.

O que poderia gerar bastante renda e emprego no local seria explorar a tendência turística e de lazer do único ícone de grande projeção do bairro a Mocidade Independente de Padre Miguel, por exemplo: com os preparativos para o badalado Carnaval, que atrai muito turista para cá, vindo pessoas de vários locais nas épocas de disputa de samba-enredo e ensaios para o Carnaval; o trabalho artesanal de fantasias poderia ser descentralizado e empregar mais pessoas; a confecção de suvenires como lembrança da Escola de Samba; a profissionalização da quadra, fazendo-a funcionar como uma espécie boite, apta para receber outros eventos relacionados ao Carnaval, com a geração de vários empregos, como engenheiros de som, caboman, cinegrafista, seguranças, barman, DJs, MCs, dançarinas, etc...

Mas na verdade não é bem assim que funcionam as coisas por aqui e temos poucas pessoas com boas idéias por aqui, e estas tem idéia, mas não tem dinheiro, e quem tem algum dinheiro aqui não gosta de se arriscar, além de não ter muitas idéias, o que nos faz sentir saudade do ‘Doutor’ Castor e seus vários empreendimentos que davam vida ao bairro (mesmo com toda propaganda negativa que o jogo do bicho trazia).

4.4. Aspectos da Moradia em Padre Miguel

Resta para boa parte da população ativa do bairro usá-lo como dormitório, saindo ainda com a lua a iluminar e voltar com a 'mesma' lua a lhe seguir, para descansar, uma vez que a moradia em outros bairros, mesmo que da Zona Oeste é bem mais cara do que a média daqui, mesmo depois do advento do Shopping Bangu que valorizou a área. Por exemplo, um apartamento de três quartos e sala de aproximadamente cem metros quadrados do IAPI custa em média cerca de setenta e cinco mil reais para compra e algo em torno de duzentos a quinhentos e cinqüenta reais para aluguel, ninharias se comparados aos cento e noventa e cinco mil reais que cobram por uma casa ou apartamento equivalente de dois ou três quartos em Bangu, Jabour e Campo Grande, ou aluguel de, em média, quatrocentos a novecentos e cinqüenta reais mensais nestes mesmos locais. Sem falar que as facilidades de comércio são muito parecidas nos três bairros.

São tidas como áreas mais nobres do bairro os locais ‘mais seguros’, com amplos logradouros (ruas largas são questão estratégica para entrada da polícia e de bombeiros para prestar socorro), onde não falte luz e água freqüentemente, com telefones em quase todas as residências e telefones públicos (orelhões) que funcionem e não sejam depredados em sinal de respeito e ojeriza aos vândalos, e de maior acessibilidade ao comércio, à saúde, à educação, à condução, ao lazer e como contrapartida ao sossego, uma vez que a proximidade do fuzuê é deletéria para o bem estar e qualidade de vida do morador. Por este prisma passam a ter mais valor aquelas ruas que estão a meio termo, nem muito perto da agitação, mas também não podem estar muito isoladas.

Neste sentido são consideradas áreas desvalorizadas do ponto de vista social e ambiental: as casas próximas de estradas movimentadas por causa do barulho, da trepidação e da poluição; as ruas onde ficam localizadas as faculdades e as que abrigam escolas públicas e particulares, por causa do barulho e do vai e vem de alunos, carros, serviços, vendedores e devido, também, as festas e manifestações que usam aparelhagem de som com volume muito alto (muito acima de 80 decibéis); falando em som alto as ruas próximas em até cerca de duzentos metros dos pagodes e dos bailes funk sofrem muito, não só pelo volume do som como pela própria qualidade da música executada.

Locais muito perto das favelas são mal vistos, muitas vezes por preconceito, um exemplo é a Vila Vintém, suas casas têm preços desvalorizados, as casas nas imediações dela sofrem desprestígio, mais por causa do medo e das incursões das forças policiais do que pelo índice de criminalidade. Lugares ermos e escuros, como os próximos do cemitério do Murundu são desprezados por superstição e medo dos mortos (em pleno século XXI, ainda se acha espaço para essas práticas tribais). O lado norte da Avenida Brasil, perto da estrada da Água Branca, nos limites do bairro, também são bastante depreciados, principalmente devido a distância do comércio, apesar de melhor acesso à condução para quase todos os bairros.

A fina flor do bairro passa a ser aquela rua que está próxima do comércio, das escolas, do lazer e do transporte, mas relativamente longe da estrada como as que se situam: entre as avenidas Marechal Marciano, Figueiredo Camargo (conjunto do IAPI), é nestas localidades encontramos bastante comércio e escolas, já entre as Avenidas Santa Cruz e Francisco Real, temos bastantes serviços, escolas, lazer, praça de alimentação (Habib's e Mac Donald) e diversos comércios.

Também são consideradas boas para se morar, devido principalmente a tranqüilidade e a proximidade do lazer e do bairro polarizador de Bangu, as ruas nas proximidades da rua Sul América, indo até o Campo do Bangu e a praça Nova Jales ou como é mais conhecida, de Guilherme da Silveira, por causa do busto do patrono da região. Estas ruas têm a tranqüilidade interiorana e estão perto de quase todo tipo de serviço e lazer, sem o inconveniente de barulho excessivo, nem da violência da periferia, o que se de um lado é bom para o morador que vive na fina flor do bairro, em contrapartida faz com que o preço das casas subam estratosfericamente, chegando a valores proibitivos para os padrões monetários locais.

4.5. As áreas de risco de Padre Miguel

São consideradas áreas de risco os lugares dentro das favelas ou conjuntos habitacionais, como na Vila Vintém e no Sete-Sete, algumas ruas no conjunto Dom Jaime Câmara, onde, segundo a mídia, o crime organizado comanda com mão de ferro.

É comum aparecer na televisão e nos jornais de grande circulação regional e nacional, reportagem que denigrem a imagem do nosso bairro, mas quem mora aqui sabe que não é bem assim, ao contrário do que possa parecer para o 'estrangeiro', aquele que vive em outros bairros de outras Zonas Geográficas do Rio de Janeiro, o acesso a qualquer lugar do bairro é tranqüilo, mesmo na tão famigerada Vila Vintém, é possível entrar e sair sem ser importunado, a não ser que se vá de madrugada, em atitude suspeita, ou com carros totalmente insulfilmados, o que caracterizaria uma invasão de território, ou com roupas estampando letras que aludem ao grupo do narcotráfico inimigo ao que detém o poder no bairro, ou cantando os funks dos 'bondes sinistros', configurando desta maneira uma maneira persuadir a população a se voltar para o lado oposto ao já anteriormente bandeado pela maioria dela, pois apesar de não ter havido aqui eleições diretas para comandante do local, há uma demonstração bastante clara de satisfação dos moradores de favelas do bairro em relação aos seus 'patrões' e a sua ideologia e maneira de trabalhar e tratar a comunidade.

Na maioria das vezes os moradores destes locais mais desfavorecidos dificilmente se contatam com os de outras localidades, mesmo próximas, não por preconceito de qualquer uma das partes, mas pelo fato de ainda termos um conceito atrasado da favela. Hoje os antigos guetos putrefatos, se tornaram bairros quase que formais, com infra-estrutura mínima, que dá condição de moradia razoável com casas de alvenaria e ligação de água, luz e esgoto, mesmo que feitas pelos próprios moradores por 'gatilhos' e depois legalizados pelas concessionárias cedidas pelo Estado ou do próprio (IPEA, 2001), mesmo que carentes estas pessoas têm sua vida bastante independente do que está fora do seu perímetro, têm seus próprios interesses e relacionamentos lá dentro do sub-bairro, o que se torna desnecessário dizer que suas festas, manifestações culturais e políticas e seus problemas são resolvidos no âmbito de suas relações intrínsecas, nas 'entranhas' do próprio lugar (SANTOS, 1996).

4.6. Acessibilidade
Para chegar ao Bairro de Padre Miguel de trem é necessário tomar o trem que se dirige ao ramal de Santa Cruz, e descer na estação de Padre Miguel. De ônibus basta embarcar em qualquer um que se destine à Bangu ou à Zona Oeste, atentar sempre para as placas que informam se a condução tomará o trajeto que passa por Realengo e Padre Miguel ou se irá direto pela Avenida Brasil, uma vez que a Avenida Brasil é relativamente distante do centro do bairro.

Quem vier ao bairro de carro, é necessário lembrar que estamos a aproximadamente 50 minutos do centro do Rio de Janeiro, em uma velocidade média de sessenta quilômetros por hora. O melhor itinerário é o seguinte: seguindo-se pela Avenida Brasil no sentido de Santa Cruz, dobrando-se à esquerda em frente ao Motel Bariloche, em seguida pela Estrada da Água Branca para a direita, pegando a rua Guaiacá, saindo nos fundos do Supermercado Prezunic, nos arredores da Vila Vintém e da quadra da Mocidade Independente.

4.6.2. A Dinâmica dos Transportes em Padre Miguel

O meio de transporte mais utilizado Padre Miguel até bem pouco tempo, era o trem, por ser mais em conta do que o ônibus, também porque a maioria dos passageiros entrava nessas estações pela porta dos fundos, ou melhor, pelos buracos paralelos à linha férrea (paralelos mesmo, pois em cada lado havia um rombo no muro com bom diâmetro), mas com a criação da Supervia e a reforma da estação do bairro e a conseqüente colocação de seguranças nas plataformas, hoje em dia não temos mais tanta evasão.

Várias linhas de ônibus transpassam o bairro, indo a quase qualquer lugar do Rio de Janeiro, a maior dificuldade do miguelense em termos de transportes passa a ser apenas no que diz respeito aos preços cobrados e aos atrasos e serviços mal prestados principalmente pelos ônibus que por vezes não param para estudantes e idosos, desrespeitando leis vigentes.

As principais linhas que passam pelo bairro são:

370- Praça 15-Bangu (Viação Campo Grande)
392- Tiradentes-Bangu (Viação Campo Grande)
393- Castelo-Bangu (Viação Campo Grande)
684- Méier-Padre Miguel (Viação Oeste Ocidental)
689- Méier-Campo Grande (Viação Oeste Ocidental)
739- Sulacap-Bangu (Viação Bangu)
741- Barata-Bangu (Viação Bangu)
743- Barata-Bangu (Viação Bangu)
745- Cascadura-Bangu (Viação Andorinha)
746- Cascadura-Bairro Jabour (Viação Andorinha)
756- Senador Camará-Barra da Tijuca (Viação Feital)
777- Madureira-Padre Miguel (Viação Bangu)
784- Marechal Hermes-Vila Kennedy (Viação Oeste Ocidental)
786- Marechal Hermes-Campo Grande (Viação Santa Sofia)
800- Santíssimo-Marechal Hermes (Viação Andorinha)
820- Marechal Hermes-Campo Grande (Viação Oriental)
856- Marechal Hermes-Base Aérea de Santa Cruz (Viação Feital)
875- Sepetiba-Cascadura (Viação Feital)
918- Bonsucesso-Bangu (Viação Jabour)
921- Bangu-Penha (Viação Campo Grande)
923- Jardim Violeta-Penha (Viação Campo Grande)
960- Penha-Senador Camará (Viação Andorinha)
1105- Castelo-Bangu (Viação Campo Grande)
1135- Castelo-Campo Grande (Viação Pégaso)
S-13- Lavradio-Bangu (Viação Campo Grande)
S-27- Marechal Hermes-Urucânia (Viação Santa Sofia)
424D- Alcântara-Campo Grande (Viação Mauá)
541L- Bangu-Nova Iguaçu (Viação N.S. Penha)
Itaguaí-Marechal Hermes (Viação Feital)
Itaguaí-Padre Miguel (Viação Feital)
Itaguaí-Caxias (Viação Mangaratiba)

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