O mundo volta ao modelo econômico do passado recente
O Estado como o motor, monitorador, controlador e o observador da economia. Parece que essa é a próxima lei da economia, pois como tudo indica que os princípios keynesianos serão ressuscitados para, mais uma vez, salvar o capitalismo. Digo mais uma vez porque em 1929, aconteceu a maior crise econômica pela qual o mundo já passou.
Na década seguinte a tão famosa crise de 29, o presidente norte americano Teodhore Roosevelt lançou mão dos princípios propostos por John Maynard Keynes para alavancar o desenvolvimento e a recuperação da economia estadunidense nas bases do estado de bem-estar-social, onde o governo é o grande provedor de financiamentos e fomentador do desenvolvimento.
Outra face desta prática é a total ‘observação’ do governo dos movimentos do mercado, este passa a ser controlado pela iniciativa pública até que possa caminhar com suas próprias pernas sem cair de novo. Sabemos que a curto prazo os resultados aparecem, porém o perigo de deixar o Estado super poderoso é iminente e preocupa no longo prazo, porque o Estado não é muito competente em lidar com questões dos lucros e da alocação dos recursos obtidos pelas empresas, além de ser pouco democrático.
Mas, o que estamos vendo agora é a volta ao estadismo, o presidente dos Estados Unidos Barack Obama já dá mostra de ter lido a cartilha de Keynes e já está praticando o intervencionismo estatal na economia colocando vultosas quantias nas empresas e bancos. Na Europa, que nunca deixou de ser keynesiana em algum sentido, também estamos acompanhando uma volta aos estados fortes e interventores.
Por aqui, o governo brasileiro está dando demonstrações de que já há muito tempo Keynes era referência para o Brasil em termos de desenvolvimento e fomento econômico. Getulio Vargas e Juscelino Kubtischeck fizeram o país crescer muito usando de princípios keynesianos, foi o Estado e não a iniciativa privada que fomentava a construção e a implementação de infra-estrutura portuária e estradas, ampliação de ferrovias e construção de habitações. Depois foram as empresas criadas pelo governo ou encampadas por este.
Mas com o passar do tempo notou-se que as práticas keynesianas passaram a atrapalhar o desenvolvimento do mercado interno desses países e conseqüentemente afetar as importações e dificultar as exportações. Muito mais pelo teor autoritário de alguns governantes que se utilizaram da deturpação da Cartilha Keynes para aumentar seu carisma e manter em alta o populismo.
Reparamos hoje em dia que em época de eleições todos os governates são seduzidos pela idéia de se tornar keynesiano e sair fazendo obras e mais obras para dar uma falsa noção aos futuros eleitores de que devem ser mantidos no poder ad-infinitum, pois só assim teríamos completadas todas as obras do governo que se finda. Lula não é diferente, tenta com o PAC (Programa de Aceleração do Desenvolvimento) emplacar sua sucessora, uma vez que ele não pode se re-eleger de novo. E, convenhamos, não existe nada mais keynesiano do que o PAC.
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