quinta-feira, 9 de outubro de 2008

A CRISE NA ECONOMIA SERIA UMA VOLTA AO KEYNESIANISMO?

O mundo poderá voltar aos modelos econômicos do passado e sepultar o neo-liberalismo

Quando vemos os telejornais notamos que há um pavor generalizado entre os países que são o esteio do capitalismo, imaginamos de imediato que logo-logo o Brasil será a bola da vez desse tsunami financeiro. Ai vem um tecnocrata qualquer do governo (geralmente um político travestido de técnico) e diz que o país está sólido e as instituições brasileiras são seguras.

Isso me lembra um velho ditado que dizia: Sabe quando um político está mentindo? Quando ele abre a boca! Pois bem, tem gente que acredita que não seremos atingidos, ou que se atingidos seremos pouco abalados. Isso é de uma ingenuidade sem tamanho. Apesar de minha formação ser em Geografia, o pouco que vi de economia durante o curso me diz que nosso país está atrelado às grandes potências, principalmente aos Estados Unidos o pivô da crise.

Como em 1929, quando deixamos de investir em produção e combate a pobreza mundial (o que inseriria pessoas no mercado consumidor), para investir em especulação e em dinheiro virtual, num mundo falso, até o dinheiro era fake, resultado: quebradeira generalizada, a começar com o mercado imobiliário que vive de dinheiro no futuro do pretérito (crédito inacreditável), depois os setores bancários e de seguros que vivem do dinheiro no pretérito perfeito e no presente (o nosso que está lá guardado a contragosto) e no futuro do presente (como está na mão deles eles não perdem, mas se você bobear roubam).

Por fim essa crise vai quebrar países, principalmente os que vivem de exportação como é o nosso caso, pois quem compra da gente vai meter o pé no freio, depois os que importam para sobreviver e não são abastados como o Japão e a China, porque o dólar tende a aumentar por ser um refúgio confiável em época de crise apesar de valer menos do que o euro e a libra.

É por isso que fico com a pulga atrás da orelha quando ouço dizerem que o Brasil está blindado contra essa crise, se nos países do centro do capitalismo estão numa espécie de volta ao keynesianismo (o estado intervindo nas leis do mercado e comprando as dívidas de bancos e empresas falidas). Se eles que são o seio do capital e geradores das diretrizes estão em polvorosa, é hora de colocarmos as barbas de molho, lembram do confisco da poupança? Pois bem, está me parecendo que vem chumbo dos grossos por aí, acho que de ponto cinqüenta.

Para terminar: isso parece marketing de Deus... os países do cerne do capitalismo sempre nos ditaram ordens de estado mínimo (estado sem intervir na economia) a cuidar da Amazônia... e eles mostram claramente que: em casa de ferreiro espeto de pau! Agora eles rasgaram a própria cartilha do consenso de Washington e estão voltando aos poucos ao Welfare States...



Quem sobreviver verá!

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