quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A CRISE NOSSA DE CADA DIA

COMO EU HAVIA DITO: A CRISE VAI BATER FORTE NO BRASIL, AO CONTRÁRIO DO QUE AFIRMAVAM OS TECNOCRATAS DE PLANTÃO E OS ECONOMISTAS DE SEMPRE...



A crise na economia mundial tem mostrado que mais uma vez as pessoas não sabem o que estão dizendo e fazendo. Os governantes, mundo afora diziam que o mercado se auto-regularia e que o liberalismo econômico seria a cura de todos os males. Isso só valeu para os bancos, as mega-empresas transnacionais e para os fundos de pensão dos velhinhos da Califórnia e de Tóquio que faturaram alto e agora ficaram órfãos.

Para a maioria dos seres humanos comuns, como eu e você, o melhor possível seria um capitalismo misto, um pouco keynesiano, bastante social e pouco liberal. Eu explico: do keynesianismo temos o estado de bem estar social, que com alguns consertos ficaria ideal para épocas de crises. Não deveríamos incorrer nos mesmos erros do passado para não se criar uma sociedade descansada, pra não dizer malandra, onde é mais fácil sugar o estado de que produzir...
As correções passariam pelo aprimoramento dos gastos públicos e pela supervisão dos mesmos via internet.

Do capitalismo social, ou sociocapitalismo, pegaríamos a divisão de parcelas dos lucros, as vantagens como redução de carga horária, e até mesmo de salários em alguns casos, para que haja emprego para a maioria. Também não sou a favor de manter as leis trabalhistas como hoje, elas mais atrapalham do que ajudam, porém há que se ter cuidado na elaboração de uma nova lei mais moderna.

O liberalismo de Adam Smith ainda hoje é bem vindo, o fato de que o governo mais atrapalha do que ajuda a economia é verdadeira, porém tem que haver controle para as coisas não virarem a roda da fortuna às avessas, no mal sentido da palavra. Mas o mercado deve dar conta dos movimentos primordiais e o governo junto com a sociedade regular e impedir abusos.

A proteção keynesiana, aliada aos ganhos do capitalismo social e o mercado liberado e supervisionado sem intervenção direta e com controle comedido, fariam com que a economia e a sociedade estivessem sempre livres de crises. Mas existe uma coisa chamada elemento humano, e onde há humanos...



Lembrem-se, poupem e comprem com moderação... só assim sairemos da crise.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

A CRISE NA ECONOMIA SERIA UMA VOLTA AO KEYNESIANISMO?

O mundo poderá voltar aos modelos econômicos do passado e sepultar o neo-liberalismo

Quando vemos os telejornais notamos que há um pavor generalizado entre os países que são o esteio do capitalismo, imaginamos de imediato que logo-logo o Brasil será a bola da vez desse tsunami financeiro. Ai vem um tecnocrata qualquer do governo (geralmente um político travestido de técnico) e diz que o país está sólido e as instituições brasileiras são seguras.

Isso me lembra um velho ditado que dizia: Sabe quando um político está mentindo? Quando ele abre a boca! Pois bem, tem gente que acredita que não seremos atingidos, ou que se atingidos seremos pouco abalados. Isso é de uma ingenuidade sem tamanho. Apesar de minha formação ser em Geografia, o pouco que vi de economia durante o curso me diz que nosso país está atrelado às grandes potências, principalmente aos Estados Unidos o pivô da crise.

Como em 1929, quando deixamos de investir em produção e combate a pobreza mundial (o que inseriria pessoas no mercado consumidor), para investir em especulação e em dinheiro virtual, num mundo falso, até o dinheiro era fake, resultado: quebradeira generalizada, a começar com o mercado imobiliário que vive de dinheiro no futuro do pretérito (crédito inacreditável), depois os setores bancários e de seguros que vivem do dinheiro no pretérito perfeito e no presente (o nosso que está lá guardado a contragosto) e no futuro do presente (como está na mão deles eles não perdem, mas se você bobear roubam).

Por fim essa crise vai quebrar países, principalmente os que vivem de exportação como é o nosso caso, pois quem compra da gente vai meter o pé no freio, depois os que importam para sobreviver e não são abastados como o Japão e a China, porque o dólar tende a aumentar por ser um refúgio confiável em época de crise apesar de valer menos do que o euro e a libra.

É por isso que fico com a pulga atrás da orelha quando ouço dizerem que o Brasil está blindado contra essa crise, se nos países do centro do capitalismo estão numa espécie de volta ao keynesianismo (o estado intervindo nas leis do mercado e comprando as dívidas de bancos e empresas falidas). Se eles que são o seio do capital e geradores das diretrizes estão em polvorosa, é hora de colocarmos as barbas de molho, lembram do confisco da poupança? Pois bem, está me parecendo que vem chumbo dos grossos por aí, acho que de ponto cinqüenta.

Para terminar: isso parece marketing de Deus... os países do cerne do capitalismo sempre nos ditaram ordens de estado mínimo (estado sem intervir na economia) a cuidar da Amazônia... e eles mostram claramente que: em casa de ferreiro espeto de pau! Agora eles rasgaram a própria cartilha do consenso de Washington e estão voltando aos poucos ao Welfare States...



Quem sobreviver verá!

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