sábado, 29 de junho de 2013

WELFARE STATE OR AMERICAN WAY OF LIFE???

NÃO QUERO O AMERICAN WAY OF LIFE, QUERO UM WELFARE STATE DE VERDADE!


Sempre achei muito pertinente o vídeo Ilha das Flores. Conheci esse documentário/protesto na época de faculdade e me identifiquei bastante com a ideologia por trás da produção dele. O que me fez pensar em como deveríamos agir para que o capitalismo não esmagasse tantos cidadão brasileiros.


Mas a questão é sempre muito mais complicada do que parece. Vendo de maneira apressada acharemos que essa realidade vem sendo debelada e que a miserabilidade absoluta no Brasil vem caindo. De fato as políticas de bolsas assistencialistas vêm retirando pessoas da fome desde o governo PSDBista na pessoa do intelectualóide FHC e continuo com o governo PTista dos pseudos esquerdistas Lula e Dilma Russef.


Hoje há muito menos pobreza no país, pois um contingente enorme consome coisas que eram impensáveis há cerda de 20 anos. Porém, isso impacta sobre os recursos naturais. Necessitamos de uma política de desenvolvimento social e verde.


A falta dessa política social e verde de verdade agrava essa situação. O partido que se diz verde é nulo no nosso país e o modelo de consumo aqui é baseado no ‘american way of life’, o que nos levará a exaurir os recursos naturais e se for disseminado em escala planetária precisaríamos de 3 a 4 planetas para sustentar tal modelo de consumo.


Sinceramente não vejo saída em um curto período de tempo. Reciclar seria ótima solução, mas em pesquisas que faço com catadores, estes dizem que não há incentivos e que alguns itens que antes eram como ouro (latinhas) hoje estão em baixa. 


Para acabar com a fome poderia ser reaproveitado sobras de restaurantes e supermercados, mas isso poderia acarretar em casos de intoxicações alimentares e levaria a processos. No final, quem queria fazer o bem pode até se complicar.


A política canguru vem transformando futuras mãos de obra em zumbis, que só se unem quando há boatos de acabar a bolsa. Todavia há cursos disponíveis gratuitamente e nenhum deles sequer cogita fazer.




Como disse antes, a solução pode ser até factível, mas não com o pensamento imperante no momento.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

O MANIFESTO DE UM MANIFESTANTE

Acabei de recusar um convite para a manifestação de hoje, pois como disse acho que já passou dos limites da democracia. Mas como sempre digo aos meus alunos é preciso ler para criticar, então fui ler as chamadas, a proposta, da manifestação.


Tinha um defendendo de que o fim dos partidos não era o fim da democracia, pois havia a possibilidade da democracia direta. Deu vontade de rir. Sabem por que? Primeiro, por que fiquei pensando na impossibilidade da colocação disso em prática. Como? Com plebiscitos a cada decisão? Imagina o custo para o país! Seriam centenas de plebiscitos a cada ano. Pela internet? Esse povo não aceita resultado de urna eletrônica, vai acreditar em votação pela internet? Ou pelo facebook, será que tem algum insano pensando nisso com seriedade? 


O segundo motivo, e que essa classe média sempre chamou o Hugo Chaves de ditador, justamente, por causa dos plebiscitos, agora apóia? O governo não estava errado ao permitir a ditadura venezuelana no mercosul? É ou não para rir? Como disse acima, este movimento já se perdeu. É o protesto pelo protesto, como uma piada antiga " hay gobierno, soy contra".


Além disso, tenho refletido sobre esse ódio todo. Acho que essas pessoas elegeram o governo como bode expiatório de suas frustrações. A sociedade consumista cria necessidades que, mesmo empregados, a maioria das pessoas não conseguem ter acesso. Talvez venha daí uma explicação para os ataques as lojas e os saques. 


Nessa sociedade consumista e hedonista que nós vivemos, é preciso ter, senão você não é ninguém. Por isso acredito que os gastos com o financiamento das obras da copa serviram de catalisador. É como se as pessoas pensassem "o governo gastou todo esse dinheiro, e eu não vou poder assistir no estádio, pois não terei condições de comprar os ingressos muito caros". Daí somam-se o carro, o celular ultramoderno, a roupa de grife, os locais mais caros, enfim "tudo aquilo que eu tenho que ter, mas não consigo".


De quem é a culpa? Do governo do PT "que dá bolsa família para os que não querem trabalhar", "que vai dar bolsa pra presidiário" e outras alegações que a gente conhece bem. Como se o dinheiro colocado nos programas sociais fosse para o bolso deles, se estes não existissem.


Tem também todo a ladainha sobre os impostos. Os empresários foram eficazes em criar a falácia de que o Brasil é o pais que mais cobra impostos no mundo. Recentemente saiu um comparativo no jornal que mostra que a nossa média de impostos é compatível com os países que possuem economia do tamanho da nossa. Nem muito mais nem muito menos. Só quem lucrará com uma grande redução dos impostos serão os empresários. O preço dos planos de saúde não vai baixar, mas o povo não terá mais o hospital público, sem os impostos. Nisso poucos pensam.


Esses que estão com raiva não querem diálogo, nem debate, muito menos mudanças no Brasil. Querem apenas sacrificar um bode expiatório para acalmarem a sua raiva e frustração. Eu também queria um S4, uma Ferrari, e assistir os jogos da Copa do Mundo no Maracanã, mas não vou sair quebrando as coisas por que não posso ter.


Por tudo isso, decidi não mais me manifestar, acho que o Brasil está melhor, se levamos em conta a conjuntura crise mundial, ou compararmos com os anos FHC. Quem sou eu para não querer mudanças? Logo eu que sempre fui e continuarei a ser uma progressista. Mas como se sabe, uma revolução acontece para criar um tempo novo, ou para recuperar um tempo passado. Não sei, sinceramente, qual dos dois será o resultado desta. 


Quanto ao meu salário, sim, acompanhou a inflação. Mesmo assim não consigo ter tudo que gostaria. O nome disso é capitalismo, e não foi inventado pelo atual governo, mas é defendido por muitos dos que estão nas ruas...







Tarcila Monte

terça-feira, 18 de junho de 2013

O COMÉRCIO DE RUA (E DEMAIS SERVIÇOS INFORMAIS) E A DIALÉTICA DA ORDEM E DESORDEM


Não é de hoje que nos deparamos com o embate entre o Poder Público e Poderes Paralelos na Cidade do Rio de Janeiro, principalmente nas áreas mais periféricas, que estão, mais notadamente, órfãs da ação limitadora e mediadora do território exercida pelas entidades governamentais nas três esferas do poder institucionalizado. 

O comércio de rua, bem como demais serviços alternativos, transformam a urbe de modo radical se apossando de uma série de serviços que nos é devido pelo estado. Tendo em vista que o fator emprego / desemprego, pode gerar o caos urbano e fragmentar o espaço, através da luta pelo território, qualquer que seja, desde o mais amplo possível, como o da estrutura viária (motoboys, Kombeiros e Vanseiros) ao mais restrito, como nacos de calçadas das vias públicas e de largos e praças dos bairros da cidade.

Justifico a opção pela região de Bangu, pois é neste contexto onde estamos inseridos, que se pode notar de maneira bastante clara a diversidade de serviços e comércios informais que polulam. Também resolvi falar de outras atividades, como: o transporte alternativo; os scooter-táxis; os guardadores de carros; as micro-lojas (lojinhas de R$ 1,99) e as ‘biroscas’. Quanto a isso observemos o que dizia o Geógrafo Milton santos acerca da ocupação e dominação de territórios por grupos, na ausência ou conivência do estado:

“O reconhecimento mais profundo de como se dão as relações entre frações da sociedade e frações do território poderá ajudar na formulação de novas proposições quanto a estrutura e ao funcionamento do Estado.”

(Milton Santos. In Território e sociedade, entrevista com Milton Santos)


“Milton Santos afirma não ser possivel conceber uma determinada formação sócio-econômica sem se recorrer ao espaço. (...) Conjunto de ações espacialmente localizadas que impactam diretamente sobre o espaço, alterando-o no todo ou em parte ou preservando-o em suas formas e interações espaciais.”

(Roberto Lobato Corrêa – in.“Espaço, Um Conceito Chave da Geografia”) 

Como não há incentivo das esferas de poder (federal, estadual e municipal) para modificar a realidade ‘canibal’ do momento (desemprego ou subemprego formal), muitos moradores destas comunidades que há bem pouco tempo faziam parte dos quadros de diversas empresas públicas recentemente privatizadas pela sanha neo-liberal (que devorou as entranhas da máquina do governo e jogou na sarjeta do mercado de trabalho uma infinidade de pais de família) foram obrigador a irem para a informalidade.

Hoje a maioria desses demitidos trabalha em pequenos comércios espalhados pela comunidade, ou como camelôs, ou vanseiros, ou estão subempregados, causando uma competição desenfreada por pontos como ocorre no Ponto Chique de Padre Miguel, no calçadão de Bangu, Centro de Realengo e nas demais áreas comerciais dos sub-bairros de Bangu e Realengo, o que também gera certa forma de violência, a visual, pois são aproveitados quaisquer espaços viáveis – como a varanda da casa, a garagem, a fachada do apartamento, os intervalos entre apartamentos, entre outros – para construção de biroscas, mini bazares, lojas de bijuterias, carroças de Hot Dog, de X-tudos, e as micro-lojas, conhecidas no bairro como lojinhas de R$ 1,99 (pelo fato de a maioria de seus produtos virem de Taiwan ou da China, e custarem sempre nesta faixa de preço) que fazem enfeiar ainda mais a paisagem outrora singela de bairro periférico, porém não tão miserável e espoliado como vem se tornando ultimamente. 

Não se vê nenhum órgão Público no local, para disciplinar essa esta ocupação desordenada, nem para fiscalizar a procedência das mercadorias ou para testar a qualidade dos produtos alimentícios vendidos (fast foods), a Vigilância Sanitária fiscaliza apenas os estabelecimentos que recolhem o ICMS, desprezando os interesses do consumidor.

Quando precisamos passar pelo buraco do Faim em Bangu, ou pelo buraco do Viana em Padre Miguel, ou então pela passarela da estação ferroviária de Bangu é que percebemos como o desemprego está alto. A quantidade de camelôs (DESORDEM) é enorme e não tem repressão da Guarda Municipal (ORDEM) que dê jeito, pois tiram os camelôs daqui e eles esperam a poeira baixar e logo retornam, trazendo os produtos de procedência ignorada (nem tanto, pois sabemos a rota de entrada e saída deles). Nem os Camelódromos conseguiram dar resultado prático, no sentido de ordenar este tipo de comércio, pois é sabido, que quando houver relação formal, a camelotagem perderá o sentido e acabará, portanto o Camelódromo é um projeto natimorto. 

Isso sem falar dos vanseiros, kombeiros e topiqueiros, e outros ‘eiros’ que disputam de maneira acirrada e feroz o território (ponto enquanto o local fixo de espera de passageiros e linha, quando em circulação). Onde este embate é melhor percebido, no largo em frente ao buraco do Faim e da pracinha em frente ao Supermercado Prezunic em Padre Miguel, disputas que por vezes acabam em agressão física, isso tudo para ter direito a usar um trajeto, que pode ser do Largo do Faim até a Central, ou mesmo o do transporte cabritinho, que é aquele que leva o morador para dentro da favela, onde os ônibus regulares não entram, por imposição da guerra pelo poder do tráfico de drogas na região, que eclodiu após a prisão do líder do tráfico local.

A Prefeitura tenta fazer uma espécie de concessão à este modelo transporte (como na Cidade do México), mas dificilmente dará resultado, pois ferirá muitos interesses escusos escondidos.

Porém até o transporte de vans e kombis (cabritinho) vem sendo substituído nas favelas pelo scooter-táxis, onde motonetas de baixa cilindrada são usadas para buscar os moradores no sopé do morro, ou no ponto dos ônibus distantes da favela, onde o moto-taxista já leva, inclusive, um capacete reserva para seu freguês, que na maioria das vezes já agenda esta busca com antecedência numa espécie de central, onde tem sempre um líder que o instrui a dizer ao passageiro e a polícia, em caso de blitz, que o passageiro é conhecido e pediu carona (Fonte: M. um menor de 16 anos da favela Morro do Sandá, que ‘dá carona’ para moradores que ficam na ‘pista’, como ele mesmo diz – junho de 2012), hoje já há uma organização maior e os serviços de mototaxistas já está mais às claras funcionando até mesmo uniformizado numa espécie de cooperativa. 

Há também na região (sabemos que em toda grande e média cidade), outro fenômeno sociológico bastante visível, o dos guardadores de carros nos logradouros e praças. Também são fruto dessa Globalização (totalitária e autoritária a nós imposta) da economia e do Neo-liberalismo – via desestatização, privatizações e demissões – que faz com que um enorme contingente de mão-de-obra desqualificada seja largada à própria sorte, e pelo simples instinto de sobrevivência, logo se abre um ‘leque’ de opções de atividades que possam dar o lucro necessário para a subsistência deste cidadão que fora ‘penabundeado’ e de seus familiares. 

Notei na região uma disputa feroz pelos locais mais atraentes desta atividade de ‘tomador de conta automotivo’, mais precisamente nas seguintes localidades: rua Cônego de Vasconcelos, por causa do Calçadão de Bangu; rua Sul América, pelos serviços formais oferecidos; rua Figueiredo Camargo; ruas no entorno do Estádio Proletário Guilherme da Silveira, em dia de jogos e recentemente no entorno da novíssima quadra da Mocidade Independente de Padre Miguel, em dias de ensaios e escolha de samba de enredo; entre outros locais menos disputados, porém bastante rentáveis. 

Aqui também o Poder Público não consegue estabelecer a ordem, foi tentado o estacionamento com ticket da prefeitura e não houve respaldo, nem dos guardadores, nem da sociedade local, que parece preferir o serviço underground. Mas há certa repressão, eventual, poderíamos dizer até sazonal, em época de eleição, quando há a necessidade de mostrar serviço, mesmo assim os guardas municipais e a própria Polícia Militar, não consegue fazer seu pael a contento, devido a corrupção, pagamento de propinas e avisos prévios das incursões virtuais do Poder Público no local (Fonte: Guardadores do entorno do calçadão de Bangu e da Fábrica que virou Shopping Center– maio de 2012). 

É certo que todo tipo de irregularidade deve ser punida, ainda mais por que não recolhem os impostos necessários a manutenção do próprio estado, além de desorganizarem ainda mais o já caótico cenário urbano carioca, e em se tratando de desordem urbana e caos social, a atuação dos informais se evidencia mais ainda.

SIMULADÃO 2013 - NOTAS - TURMA 3001

ALUNO Aval. 1
AILTON CRUZ MOTA 7,5
ALANDERSON JOSE TAVARES DE OLIVEIRA 7,5
ALEXANDRE GOMES DA SILVA 5,5
ANA PAULA DE MENDONÇA GAMA DE JESUS 7,5
ARIELLEN DE OLIVEIRA GONZAGA 6
CAMILA DO NASCIMENTO COUTINHO 6,5
CAMILLA FLORIPES GUIMARÃES PINTO 6
CARLOS CARDOSO DOS SANTOS JUNIOR 6
CHARLES BERNARDO BATISTA MANOEL 6,5
DAVIDSON ALBERTO MORAIS DA CUNHA 6,5
DENIS DA SILVA CRUZ 7,5
EDILENE DE OLIVEIRA FRANCISCO 6
EDSON LUCAS DE LIMA PEREIRA 8,5
ELIENE FERREIRA DA SILVA
ERICA CRISTINA MARTINS DE SOUZA 7
FABIO JUNIOR COSTA GUIMARÃES 5
FLAVIA DOS SANTOS BREVES 5
GILBERTO PEREIRA DA SILVA 6,5
GILCEIA PROENÇA 7
GILDERSON DE LIMA 8,5
GRAZIELLE SILVA RAPOSO 8,5
IAGO SOUZA FRANCO DE OLIVEIRA
JAIME JOSÉ RODRIGUES 8
JAQUELINE CRISTINA DINIZ MADEIRA DA SILVA
JOSE BALBINO SANTOS DE SOUZA 5
JOYCE DE MENEZES DA SILVA 8
LEANDRO REIS PEREIRA 7,5
MARCIA TATIANA QUINTANILHA SOARES 6,5
MARIA GABRIELLA SILVA RAPOSO 5
MICHELE MORAIS 6,5
MONICA SANTOS CORREIA 7,5
MONICA YASMIN ACIOLI RAMOS 5,5
MONIQUE ALVES DA SILVA 5
NATHALIA DE OLIVEIRA NASCIMENTO 7,5
PAULO HENRIQUE GOMES MOURA 6
RICARDO CARDOSO DE OLIVEIRA 5

SERÁ QUE O GIGANTE ACORDOU?

O ESTRANHO SURTO DE MANIFESTAÇÕES REVOLUCIONÁRIAS NOS GRANDES CENTROS NACIONAIS






Qualquer que seja a manifestação, os interesses de um grupo privilegiado estará por detrás. Desde as ocorridas na Ásia, África do Norte e Oriente Médio, como na Europa do leste e do sul, assim como as no Brasil. Os movimentos que estão por trás delas tem forte viés político. Essas páginas do movimento contra a corrupção, bueiro aberto e contra a grande mídia, são pseudos anárquicos, mas seu líder tem CPF e está doido pra conseguir um CNPJ. No fundo, os jovens de hoje, como os de 68 e demais, são massa de manobra na mão de um grupo político que ora se encontra alijado do poder.


A ideologia dos jovens de hoje é vazia, mas a paciência tem limite. Não é como a nossa dos anos 60 (que não vivi), 70 e 80. Mas as ferramentas estão aí e são inúmeras. Hoje podemos marcar uma revolução na internet e colocar mais de 100 mil pessoas pra protestar. Só que a miopia política não dá a essas pessoas o embasamento. Ou seja, estão protestando por protestar e no fim descamba pro vandalismo, pois não há um líder positivo pra evitar isso. A figura do líder é essencial pro movimento. Mesmo nos assimétricos e horizontais.


 Esse movimento é, também, passageiro, e tem que ter muito jogo de cintura pra dobrá-lo e dar o que lhe é devido, sabemos que a situação da inflação, da corrupção e dos desmandos já passou dos limites toleráveis. Há interesse de esquerda radical nele sim. Mas isso é muito positivo. Mostra que ainda temos uma esquerda retornando (muito acanhada ainda) e que muitos dos jovens pensam ainda (a maconha e demais drogas ainda não dissolveu seus cérebros). 

O que vejo de muito bom é que eles já têm idade de votar e o próximo passo será a anulação de votos em massa. Isso enviará uma mensagem clara de que algo tem que mudar no sistema eleitoral. A corrupção sempre houve nesse país, hoje as coisas só estão mais claras. Os militares eram corruptos, os civis são iguais. O nosso problema é que enquanto na Austrália se aplicam 90% das verbas e 10% é roubado, aqui é o contrário. Mas isso vai mudar, não digo que irá acabar, mas diminuirá com a supervisão social. Queria que dessem uma chance aos jovens, menos os da UNE.


Essa manifestação que vem sendo arquitetada e orquestrada por movimentos de protesto nas redes sociais é um retrato do povo brasileiro. O povo aqui é mais lento e tolerante, demora mais pra tomar uma atitude. Dessa vez essa atitude veio em boa hora, atrasada, mas em muito boa hora. Só há que se ter cuidado com as adesões de última hora. Vai ter muito pai pra esse filho bonito.



No Rio de Janeiro, São Paulo e alguns outros estados houve quebra-quebra e vandalismo barato. Isso demonstra que ainda não estamos afinados com manifestações. 

Já no Distrito Federal não teve baderna e nem depredação significativa, aconteceu uma ocupação pacífica do espaço, o que mostra que o problema foi mais de falta de educação e civilidade do que político partidário apenas. Ainda mais que em Brasília acontece sempre manifestações pontuais, o que educou a população nessa maneira de protestar e mostrar insatisfação.

 Esses que fizeram arruaças no Rio de Janeiro são os mesmos mijões dos Carnavais, os que avacalham na Parada do Orgulho Gay, os que brigam nos blocos de rua e que no Viradão Carioca fizeram um monte de porcarias, próprias de quem não tem educação. Brasília pela primeira vez na vida está servindo de parâmetro. É um exemplo de como se deve manifestar.

terça-feira, 11 de junho de 2013

RESUMO DE Geografia Urbana – A GEOGRAFIA DAS CIDADES

A Geografia Urbana é o ramo da Geografia que tem como objeto de estudo a cidade e seu processo de produção urbana: sua reprodução, como as pessoas se aglomeram sob as lógicas sociais, produzindo tecidos urbanos. A sucessão dos tempos faz com que diversas lógicas sobrepostas estejam em um mesmo espaço.

 

CONCEITO DE CIDADE


Uma cidade é uma área urbana, designa uma área de urbanização contígua ou uma única municipalidade. Não há um padrão mundial que defina uma cidade. A ONU considera cidade uma área urbana com mais de 20 mil habitantes.

TIPOS DE CIDADES

As cidades podem ser classificadas:

Quanto ao sítio: sítio urbano refere-se ao local no qual está a cidade, leva-se em consideração a questão topográfica, como: uma planície, um planalto, uma montanha, etc.

Quanto à situação: situação urbana corresponde à posição que ocupa a cidade em relação aos fatores geográficos, como: cidades fluviais, marítimas, entre o litoral e o interior, etc.

Quanto à função: função corresponde à atividade principal desenvolvida na cidade, como: cidades industriais, comerciais, turísticas, portuárias, etc.

Quanto à origem: podem ser planejada ou espontânea, como: Brasília, cidade planejada e Belém, cidade espontânea.

URBANIZAÇÃO

A urbanização é a transferência de pessoas do meio rural para o urbano. Sua outra face é a metropolização. Existem diferenças fundamentais no processo de urbanização de países desenvolvidos e subdesenvolvidos. 

Em 1900 existiam no mundo dezesseis cidades com população superior a um milhão de habitantes e só Pequim e Calcutá no Terceiro Mundo, em 1950 havia vinte com população superior a 2,5 milhões de habitantes e só Xangai, Buenos Aires, Calcutá, Bombaim, Cidade do México e Rio de Janeiro no Terceiro Mundo, em 2000, das 26 com mais de 10 milhões de habitantes, vinte são do Terceiro Mundo, a maior delas é a Cidade do México, com 32 milhões de habitantes, São Paulo é a segunda, com 26 milhões de habitantes.

URBANIZAÇÃO EM Países capitalistas desenvolvidos

Urbanização lenta e mais antiga (devido às Revoluções Industriais) que possibilitou ao espaço urbano se estruturar, formando rede urbana densa e interligada; índices elevados de urbanização, estabilização entre 80 e 90%.

URBANIZAÇÃO EM Países capitalistas subdesenvolvidos
      
Urbanização recente, após a 2ª Guerra, acelerada e direcionada em para um número reduzido de cidades, gerando “macrocefalia urbana", rede urbana rarefeita e incompleta.

Nesse grupo, bastante heterogêneo, destacamos:

 Industrializados: recente e rápida industrialização; rapidíssimo processo de urbanização; falta de planejamento urbano e setores secundário e terciário precários, onde o Brasil se inclui. Problemas: favelas, subemprego, mendicância, criminalidade etc.

Não-industrializados: predomínio das atividades primárias, baixos índices de urbanização.
           
URBANIZAÇÃO EM Países SOCialistas

Pouco urbanizados, devido à planificação da economia, que tem influência na distribuição da população.
  
regiões e aglomerações URBANAS - 'mini-dicionário' urbano

São várias modalidades de aglomerações e termos cada vez mais comuns:

Rede urbana: formada pelo sistema de cidades, interligadas pelos sistemas de transportes e comunicações, onde fluem pessoas, mercadorias, informações, etc.

Metrópole: cidade principal ou cidade-mãe, a que possui os melhores equipamentos urbanos do país (metrópole nacional), ou de uma grande região do país (metrópole regional).

Hierarquia urbana: influência que exercem as cidades maiores sobre as cidades menores (metrópole nacional, metrópole regional, centro sub-metropolitano, capital regional e centros locais).

Conurbação: encontro ou junção entre duas ou mais cidades em virtude do crescimento horizontal, originando regiões metropolitanas.

Região metropolitana: conjunto de municípios conurbados a uma metrópole, com infra-estrutura e serviços em comum.

Megalópole: conurbação entre duas ou mais metrópoles ou regiões metropolitanas, encontram-se nos países desenvolvidos como: Boswash, nordeste dos EUA; SanSan, costa oeste dos EUA; Chippits, grandes lagos nos EUA; Tokaido, Japão; e a megalópole européia, áreas de vários países. No Brasil temos a megalópole Rio-São Paulo.

Megacidade: centro urbano com mais de dez milhões de habitantes.

Tecnopolo: cidade onde se desenvolvem pesquisas de ponta. Exemplos: o Vale do Silício na costa oeste dos EUA; Tsukuba, cidade japonesa, dentre outras. No Brasil, temos alguns tecnopolos localizados em especial no estado de São Paulo, como Campinas (UNICAMP), São Carlos (UFSCAR), e a própria capital (USP, etc.).

Cidade global: cidades que polarizam o país (elo entre o país e o mundo), possuindo o melhor equipamento urbano, concentrando as sedes das instituições mundiais, como: bolsas de valores, corporações bancárias, industriais, de comércio exterior, de serviços financeiros e agências públicas internacionais. Estão mais associadas ao mercado mundial do que a economia nacional.

Desmetropolização: diminuição dos fluxos migratórios em direção às metrópoles, se deve à desconcentração produtiva (empresas e indústrias, saindo dos grandes centros para cidades médias ou pequenas).

Verticalização: crescimento urbano que se manifesta através da proliferação de edifícios, demonstra valorização do solo urbano, quanto mais verticalizado, mais valorizado.

Especulação imobiliária: ato de deixar espaços urbanos desocupados a espera de valorização, gerando falta de moradias em locais bem localizados, e surgimento de favelas no derredor.

Condomínios de luxo: áreas fechadas, protegidas e bem estruturadas para a elite, frutos e reflexos da segregação social e econômica das cidades.

Favelas: áreas sem infra-estrutura e com problemas como o tráfico de drogas, parte da população é pobre e desempregada.

Problemas DAs Cidades

As cidades afetam o equilíbrio ecológico, social e econômico, drenando riquezas, acumuladas por uma minoria de privilegiados, gerando tensões e explosões de violência. 

Problemas Socioeconômicos: são: crimes, , o alcoolismo e o tráfico e consumo de drogas, pobreza e atritos entre diferentes grupos étnicos. Mais policiamento e cumprimento de leis poderia reduzir a criminalidade, mas é preciso debelar a pobreza e a desigualdade (com educação, emprego e moradia).

Problemas ao meio ambiente: cidades criam seus próprios microclimas, por causa materiais, como: concreto, asfalto e cimento, que absorvem a energia solar, aquecendo a cidade em relação a região rural (ilhas de calor) e lixo e carros poluem o solo e a atmosfera. Leis antipoluição, linhas de metrô e melhorias no transporte público, e destinação adequada para o lixo, seriam soluções.


CONDOMÍNIOS X FAVELAS

A LÓGICA DA SEGREGAÇÃO EM CONDOMÍNIOS


O grande erro dos arquitetos e urbanistas que seguiram a lógica do meio do século passado de construção de bairros fechados com todos os serviços, foi querer achar que com muros físicos ou ideológicos poderiam separar o que é na verdade inseparável, as pessoas. 

Como diz na musica de Caetano, gente quer brilhar. E não dá pra 'brilhar' isoladamente, a estrela precisa de combustível e o combustível social são as interações entre as pessoas de classes diferentes.





A estratificação social existe e existirá sempre, mesmo em sociedades não-capitalistas. 


Sempre haverá 'pessoas e pessoas', mas poderemos conviver com a diversidade.



Exemplo claro é a Barra da Tijuca, onde há ricos e emergentes, porém os serviços que fazem como que os condomínios funcionem a contento são tocados por pessoas de classes sociais desfavorecidas.





E o próprio combate a violência passa mais pela aceitação mútua das 'desigualdades' econômicas e da implementação da 'igualdade' de direitos. 

Isso tudo fica claro na letra da música do O Rappa.

MIGRAÇÕES

AS MIGRAÇÕES NO BRASIL


Pouco comentado, mas importantíssimo para entender a 'diáspora' nordestina, foi a grande seca do final século 19, que praticamente deu origem as emigrações nordestinas, desta feita indo para o Norte, para trabalhar durante o ciclo da borracha.

 As Regiões Norte e Nordeste são, principalmente, zonas de repulsa em relação ao contingente populacional, o Sul mais recebe do que expulsa e o Sudeste é a que tanto recebe como envia migrantes. 


Tem que atentar para o tipo de imigração que direcionada ao Sudeste e a emigração deste para outras regiões, sempre relativa a maior capacitação de seus habitantes ou fugindo dos problemas da urbanização terceiro-mundista. 

Outro grande polo migratório é o Nordeste, recebendo imigrantes devido ao crescimento econômico recente e enviando mão de obra pro Sudeste na migração clássica.


Bem, quase toda emigração é por fator repulsor mesmo. Do Nordeste a saída é por causa do clima. Mas o Nordeste é a também a região que vem crescendo e atraindo devido a novos postos de trabalho mais qualificados. 


O Sudeste atrai pelos empregos gerados na construção civil e petróleo e derivados, além do setor de serviços ser sempre forte e polarizador, a indústria, como em todo o Brasil, vem decaindo. A emigração ocorre devido a busca de regiões onde há melhor qualidade de vida e novos empregos nas áreas mais qualificadas, nas de tecnologia e nas de ensino superior. 

O Centro Oeste assim como o Paraná no Sul é o celeiro agrícola e com a mecanização passou a ser repulsivo para a mão de obra menos qualificada, e é atrativo para trabalhadores de nível universitário e técnico nas áreas agrônomas. 


O Sul ainda atrai pela qualidade de vida, apesar do impacto da migração de paulistas e argentinos já estar reduzindo a diferença de cidades médias sulistas em comparação com cidades pequenas e enriquecidas do Sudeste, do Centro Oeste e do Nordeste (Como Lucas do Rio Verde que ainda mantém um ar de interior apesar do crescimento acelerado). 

Do Sul também sai um bom contingente populacional para desbravar áreas agrícolas no Norte e Centro Oeste e mão de obra qualificada para o Sudeste e Nordeste. 


O Norte atrai pelas novas fronteiras agrícolas, que impactam ambientalmente na Amazônia, e pelos projetos de governo. A causa de repulsão é praticamente a mesma de outras áreas no Brasil.

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